sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Por que nossa Igreja não tem “louvorzão”,nem instrumentos, solos, conjuntos e corais?

Por Rev. Josafá Vasconcelos

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Não temos e nem teremos. A questão não é circunstancial, mas, de convicção. Como você já tomou conhecimento, quando falamos do cântico dos Salmos, nossa decisão foi adotar o Princípio Regulador do Culto, conforme nossa Confissão de Fé dispõe, a saber, “... o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo, e é tão limitado pela sua própria vontade limitada pela sua própria vontade revelada, que ele não pode ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens... ou qualquer outro modo não prescrito na Sua Palavra”. E uma vez que o culto neo-testamentário é destituído do elemento cerimonial , sacerdotal representativo, isto é, ninguém canta mais por ninguém, agora todos cantamos, por que, todos somos sacerdotes (I Ped 2:9).

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No V.T, havia um coral de homens, sacerdotes levitas, e muitas outras cerimônias próprias do que Calvino chama de “a infância da Igreja”, mas estas coisas foram abolidas e instituído o culto simples do Novo Testamento. Quando a mulher samaritana questionou o Senhor Jesus sobre a adoração, Ele descartou a continuação do culto local e cerimonial de “Jerusalém” (Jó 4:20,21), daquele momento em diante, estava estabelecido, pelo Senhor da Igreja, uma nova maneira de adorar a Deus, em todo lugar e, “em Espírito e verdade”(Jô 4:23).

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Na carta aos Hebreus, o autor se reporta a esta extraordinária mudança: “Tendo dito acima, sacrifícios, ofertas, holocaustos e oblações não quiseste, nem deles te deleitastes, coisas que se oferecem segundo a Lei, agora disse: eis me aqui para fazer a Tua vontade, tira o primeiro para estabelecer o segundo”(Heb 10:8,9). Sendo assim, toda e qualquer tentativa de se repetir os culto cerimonial da antiga aliança, está em total desagrado com a vontade do Pai. De agora em diante, excluindo a forma cerimonial, visível e representativa, os elementos do culto, tais como: Oração, Leitura das Escrituras, Cântico dos Salmos, Pregação e Administração dos Sacramentos, são os únicos componentes do culto simples que Deus mesmo instituiu para a Sua Igreja na nova dispensação. Portanto, Solos, Corais, Conjuntos, Bandas e Orquestras, tudo isso é estranho ao Culto do Novo Testamento. É muito difícil renunciar tudo isso, e, a não ser que Deus opere por sua graça e poder através da simples instrução de sua Palavra, jamais abandonaremos estas práticas, que não são ordenadas nas Escrituras, antes foram introduzidas pela vontade do homem, e que, “sacralizadas” através do tempo, fazem parte do nosso conceito de culto.

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Particularmente para mim foi especialmente difícil. Filho de regente de coro, amante de quartetos e conjuntos, cantor evangélico com CDs gravados, passei grande parte da minha vida intimamente envolvida com a música na Igreja nos apreciados períodos de louvor!

De repente tudo vai por “água baixo”! Descobri que nada disso está ordenado nas Escrituras para o culto do Novo Testamento. O louvor é eminentemente congregacional! Ah! Como me causou surpresa saber que o “hino” que Jesus cantou ao instituir a Ceia foi um salmo do Hallel. E eu que estava quase certo que poderia ser um dos hinos do nosso hinário!. Foi difícil ter que concordar que os “salmos, hinos e cânticos espirituais” não eram os “salmos, hinos e corinhos” que conhecemos, e sim que o apóstolo Paulo estava utilizando os títulos (inspirados) comuns no livro os Salmos conforme se encontram em nossas Bíblias; e que era uma forma literária hebraica (triádica, sinonímica), repetir com palavras diferentes o mesmo sentido, como em vemos em Ex 34:7 “... que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado”. Mais difícil ainda, foi ter coragem de

aplicar o Princípio Regulador do Culto, conforme os puritanos o aplicavam, e descobrir que não há uma ordem sequer para o uso de instrumentos no N.T. e que estes só foram introduzidos no culto após o século IX e nas sinagogas somente a partir de 1810.

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Por que não há uma só referência no N.T. que apóie o uso dos instrumentos no

culto? Não havia o uso deles abundantemente no culto do VT? Talvez você retruque dizendo: “não há referência no N.T., porque não é necessário, como algo que já teria sido regulado”. Contudo, por se tratar de duas dispensações diferentes quanto à administração, e elementos de natureza cerimonial, e, portanto, temporários que desapareceram no culto do N.T. e pelo fato de o culto ser de exclusiva prerrogativa do Senhor, assim como foi expressamente ordenado o uso de instrumentos no VT, teríamos que esperar ordem expressa, também no culto do N.T.

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Para uma compreensão melhor, é necessário analisarmos um texto do V.T extremamente importante, vejamos:

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“Então o rei Ezequias se levantou de madrugada, e ajuntou os príncipes da cidade e subiu à casa do Senhor. E trouxeram sete novilhos, sete carneiros, sete cordeiros e sete bodes, como oferta pelo pecado a favor do reino, e do santuário e de Judá; e o rei deu ordem aos sacerdotes, filhos de Arão, que os oferecessem sobre o altar do Senhor. Os sacerdotes, pois imolaram os novilhos, e tomando o sangue o espargiram sobre o altar; também imolaram os carneiros, e espargiram o sangue sobre o altar; semelhantemente imolaram os cordeiros, e aspergiram o sangue sobre o altar. Então trouxeram os bodes, como oferta pelo pecado, perante o rei e a congregação, que lhes impuseram as mãos; E os sacerdotes os imolaram, e com o seu sangue fizeram uma oferta pelo pecado, sobre o altar, para fazer expiação por todo o Israel. Porque o rei tinha ordenado que se fizesse aquele holocausto e aquela oferta pelo pecado por todo o Israel. Também dispôs os levitas na casa do Senhor com címbalos, alaúdes e harpas. conforme a ordem de Davi, e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque esta ordem viera do Senhor, por meio de seus profetas. E os levitas estavam em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes com as trombetas. E Ezequias ordenou que se oferecesse o holocausto sobre o altar; e quando começou o holocausto, começou também o canto do Senhor, ao som das trombetas e dos instrumentos de Davi, rei de Israel.

Então toda a congregação adorava, e os cantores cantavam, e os trombeteiros tocavam; tudo isso continuou até se acabar o holocausto. Tendo eles acabado de fazer a oferta, o rei e todos os que estavam com ele se prostraram e adoraram. E o rei Ezequias e os príncipes ordenaram aos levitas que louvassem ao Senhor com as palavras de Davi, e de Asafe, o vidente. “E eles cantaram louvores com alegria, e se inclinaram e adoraram.” (II Cr 9:20-30).

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Analisando esse texto, notamos que, ao que tudo parece, não havia instrumentos no culto, até que foi ordenado pelo Senhor, através de Davi, Gade e o profeta Natã, e acrescenta, “esta ordem veio do Senhor, por meio dos seus profetas”(verso 25). Davi, portanto, introduziu instrumentos no culto do V.T porque recebera uma ordem expressa do Senhor.

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Outra coisa que vemos nesse texto, é que eles foram introduzidos apenas para o período em que o holocausto acontecia:

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“... E QUANDO COMEÇOU O HOLOCAUSTO, começou também o canto do Senhor, ao som das trombetas e dos instrumentos de Davi, rei de Israel. Então toda congregação adorava, e os cantores cantavam, e os trombeteiros tocavam; tudo isso continuou, ATÉ SE ACABAR O HOLOCAUSTO” (Vs. 27e28).

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Podemos então concluir, que os instrumentos, bem como o canto de coral (levítico), estavam ligados, essencialmente, ao aspecto CERIMONIAL do culto, a saber, ao holocausto, que deixou de existir no culto do Novo Testamento.

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Calvino coloca os instrumentos como parte desse aspecto cerimonial do culto, e reputando-os como parte da infância da Igreja. Vejamos o que é dito a seu respeito sobre o assunto:

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“Até aqui, o que se viu é o pensamento de Calvino quanto ao canto, ao que se deve acrescentar ainda, que em seu entendimento não deveria ser exercitado pelos corais e conjuntos de vozes que não incluíssem toda a congregação. Contudo, não se vê muito o ensino de Calvino quanto aos instrumentos musicais, isso, certamente, é por ele não entender que os mesmos são necessários, ou melhor, devidos no culto. Em seu comentário ao Livro dos Salmos ele escreveu que o uso de instrumentos não era algo devido à dispensação do Evangelho. O instrumento consistia numa ajuda ao povo que ainda vivia à sombra do que haveria de vir, mas que hoje o cristão vive em plena maturidade e não precisa desse tipo de auxílio para entoar o cântico ao Senhor. Ele condenava veementemente o uso de instrumentos musicais por parte dos papistas, chamando-os de insensatos. Calvino apenas aprovava o uso das vozes como artifício musical, e que os salmos não ensinavam, ou exigiam o uso dos instrumentos, mas apenas faziam uma espécie de descrição, ou melhor, uma conclamação ao povo segundo o que era costume da época.” ( Moura Lopes Coelho, Ri cardo. Calvino e a Adoração Comunitária).

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O Cântico no culto do Novo Testamento, na Igreja do nosso Senhor Jesus Cristo, deve ser, portanto, à capela, isto é, sem instrumentos, como diz o autor de Hebreus, “Por ele, pois, ofereçamos sempre a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.” (Hb 13:15). As harpas mencionadas no livro do Apocalipse, e mesmo os cânticos, não servem de parâmetro para o nosso culto, pois é parte de uma dispensação futura, cuja experiência será da Igreja triunfante. Por enquanto, somos a Igreja militante e a nossa forma de cultuar deve ser estritamente como o Senhor no-lo ordenou e foi praticado pelos apóstolos enquanto viveram na terra. É digno de nota que o uso de instrumentos na Igreja, só foi registrado nos meados do século IX, isto é quando a igreja já estava degenerada pelas invenções dos papas e concílios. Por ocasião da Reforma, nem tudo foi reformado instantaneamente, os luteranos seguiram um vertente mais liberal e continuaram com os instrumentos, mas Zuínglio e, mais tarde, Calvino e os Puritanos tomaram o rumo mais restrito, do que chamamos hoje Princípio Regulador do Culto, e eliminaram o uso de instrumentos, por não encontrarem um texto sequer no N.T ordenando seu uso. E nós, que recebemos essa herança, fazemos o mesmo.

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Conforme estamos vendo, a adoração na Igreja, até quase um milênio, foi absolutamente simples e bíblica, com cânticos dos Salmos e sem uso de instrumentos. Houve nos primeiros séculos uma tentativa de se agregar ao culto, hinos não inspirados, mas por parte de hereges que queriam impor suas idéias. O nosso irmão Thiago Baía, pesquisando sobre esse assunto diz:

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“Veja o que o historiador Philip Schaff escreveu:

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‘Até onde podemos juntar as nossas fontes, nada, exceto os Salmos e os hinos do NT foram como regra para serem cantados no culto público antes do século IV. Porém, meados do final daquele século, a prática de cantar outros hinos no culto da Igreja tornou-se comum, tanto no Leste quanto no Oeste’.

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Há vários fatores que conspiram em provar que hinos não-inspirados foram pouco cantados no culto público durante os três primeiros séculos da era do Cristianismo. Registros extensos, por exemplo, de pesquisas feitas pelos livros dos cristãos durante os tempos da perseguição, não fazem menção de hinos, ao contrário, as Escrituras Canônicas e especialmente cópias do Saltério são freqüentemente mencionados. Na verdade, durante a igreja pós-apostólica os hereges gnósticos foram os primeiros escritores de hinos não-inspirados cuja teologia rejeitava os Salmos, escreveram hinos para propagarem a doutrina corrupta e inculcar em seus seguidores suas heresias. Preste atenção a que E. E. Ryden relatou:

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‘Logo no começo do segundo século, um professor Gnóstico chamado Bardesanes, nascido em Edessa em 154 d.C., tinha ganhado muitos Cristãos a adotar suas heresias por meio de suas melodias e hinos encantadores’.

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Bardesanes e seu filho Hamonius, na verdade, compuseram um saltério gnóstico contendo 150 hinos. Os Arianos fizeram o mesmo.

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“Meados do século IV o hino tornou-se carro chefe da heresia Ariana”.

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Este problema foi tão grande que uma série de concílios lidaram com a situação. Estes concílios reafirmaram a suficiência dos Salmos inspirados e tentaram prevenir a introdução de hinos não-inspirados dentro do culto da Igreja. O Concílio de Laodicéia em 381 d.C. proibiu o uso eclesiástico dos salmos não inspirados. O Concílio de Calcedônia em 451 d.C. confirmou este decreto. O Concílio de Braga também ordenou que as composições poéticas não poderiam ser usadas no serviço de louvor a Deus. Por último, o concílio de Toledo no século VII reiterou a mesma prescrição”

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Como dissemos, na época da Reforma, os reformadores se dividiram quanto ao Princípio Regulador do Culto. Os Luteranos admitiram fazer o que a Bíblia não proíbe e os Calvinistas, somente o que a Bíblia ordena, por isso Lutero optou pelos hinos e Calvino pelos Salmos e com ele os Puritanos, que introduziram a mesma determinação nos nossos símbolos de Fé.

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No século XVIII, com o “Grande Despertamento”, como foi chamado o grande avivamento que varreu a Inglaterra e Nova Inglaterra, foi que os hinos começaram a ser introduzidos no culto, como nos diz Michel Bushell:

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“Na realidade as Igrejas Reformadas e Anglicanas não começaram a introduzir hinos não-inspirados no culto somente até o século XVIII, quando os hinos de Issac Watts e Charles Wesley ficaram famosos. Mas, no culto Reformado, o cântico congregacional consistia exclusivamente em cantar os salmos, voltamos a dizer, por causa do Princípio Regulador do Culto”.

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Quando no século seguinte, o Evangelho chegou ao Brasil, pelos missionários, o Dr. Kalley, médico escocês presbiteriano, que se casou com Sara Pulton, congregacional, musicista, ambos influenciados pelo avivamento, haviam confeccionado um hinário para a Igreja de língua portuguesa, chamado “Salmos e Hinos Primitivo” contendo 50% de salmos e 50% de hinos. Este equilíbrio foi se desfazendo com significativo prejuízo para os Salmos, nas novas edições, a ponto de se reduzirem a pouquíssimos salmos hoje. O hinário Novo Cântico, de nossa Igreja, seguiu a mesma esteira do Hinário Evangélico, e os salmos que existem, nem são reconhecidos como tais.

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O pior ainda estava por vir. Nos anos 60, nos E.U.A, ocorreu um movimento entre os jovens americanos, mais propriamente no meio dos chamados “hippie”, logo depois do grande evento do século no mundo da música o “Festival de Woodstock”, chamado “Jesus”. O famoso evangelista Billy Grahan escreveu um livro retratando este importante episódio que impactou a América. Foi desse movimento, entre os jovens, que surgiram aquelas canções curtas, com mensagens bíblicas repetitivas, ao rítmo do rock balada, que hoje chamamos de “corinhos”. Eles surgiram de encontros, desses jovens que, no campo ou nas praias, reunidos ao pé de uma fogueira, com um violão, cantavam esses cânticos, ao rítmo de palmas e balanço do corpo, e por isso foi também chamado de movimento “Wave” (Balançar como onda). Foi assim que nos cultos de nossas igrejas, aqui também no Brasil, foram introduzidos os tais corinhos, com pretexto de segurar os jovens nas Igrejas, tornaram-se tão populares, que os líderes se renderam e criaram, dentro da liturgia o momento do culto chamado “louvor”, que passou a ser o elemento principal e de maior duração. Eu mesmo fui protagonista desse triste acontecimento e me lembro bem quando pela primeira vez foi introduzido no culto da Igreja Presbiteriana da Penha os tais “corinhos”. O culto nunca mais foi o mesmo! Deixou de ser exclusivamente para Deus, e passou a ser para nosso entretenimento, depois vieram as bandas , com uma parafernália de

instrumentos, mesas de som com seus múltiplos decibéis e por fim a coreografia e dança litúrgica. Quando vão parar? Não vão parar! Pois eles desprezam os limites que Deus colocou para o Seu culto nas Escrituras. Para eles o culto não pertence a Deus, mas a eles próprios, como o apóstolo Paulo chama de “culto da vontade” (Col 2:23).

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Às duras penas estamos fazendo o caminho de volta. Aqui estamos nós, Igreja Presbiteriana da Herança Reformada, resgatando do culto puro das Escrituras, praticado pelos nossos irmãos da Igreja Primitiva e os reformados da esteira calvinista. Que Deus nos ajude! “Igreja Reformada sempre reformando!”.

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Por Rev. Josafá Vasconcelos

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Rafael Santos

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Homossexualismo: Uma Análise Bíblica

Esta é uma era de crescente aprovação e aceitação do homossexualismo. O homossexualismo é retratado por muitos no governo, na educação pública e em nossas escolas e universidades como apenas um dos muitos modos normais e legítimos de viver. Aqueles que se opõe ao estilo de vida homossexual sob uma base moral e religiosa são normalmente retratados pela elite intelectual, a mídia e a indústria do entretenimento como fanáticos ignorantes que estão cheios de ódio, “homofóbicos,” e por aí vai.

É verdade que muitas pessoas odeiam homossexuais. Alguns até se envolvem em atos de violência contra gays. Mas é preciso lembrar que as pessoas que se envolvem em tais atividades estão pecando contra Deus; eles não estão de todo vivendo de acordo com a lei de Cristo. O verdadeiro cristão ama o homossexual e mostra isto pela forma como o trata, de uma maneira correta, de acordo com a lei de Deus (1 Jo. 5:3). Calúnia, violência, ódio e desprezo nunca deveriam ser atitudes de um cristão contra homossexuais; os cristãos devem proteger os homossexuais de ataques pessoais.

Todavia, enquanto os cristãos devem amar os homossexuais tratando-os corretamente, eles também devem amá-los sendo biblicamente honestos para com eles. A atitude de alguém contra o homossexualismo não deve ser moldada por nossa cultura pagã e variável, mas pela revelação inspirada e infalível de Deus, a Bíblia. A Bíblia oferece esperança ao homossexual porque ela fala a verdade e proclama perdão dos pecados por meio de Jesus Cristo.

A Criação da Ordenança do Casamento

Ao invés de se ter um entendimento próprio da sexualidade humana, é preciso voltar à origem da humanidade. No princípio Deus criou um homem (Adão) e uma mulher (Eva). Deus não criou dois homens (e.g., Adão e Antônio) ou duas mulheres (e.g., Eva e Tereza). Deus criou primeiro Adão do pó da terra; Então criou Eva da costela de Adão. Eva foi criada para ser esposa de Adão. A Bíblia diz que eles estavam nus e contudo não se envergonhavam. A criação de Deus de um homem e uma mulher para serem marido e esposa é o padrão ou paradigma para a sanção de Deus das relações sexuais normais, morais e abençoadas. “A união do matrimônio é ordenada por Deus, e estes preceitos sagrados não devem ser poluídos pela intromissão de uma terceira parte, de qualquer sexo” (F.F. Bruce).

Jesus Cristo citou Gênesis 2:24 como uma prova clara de que a poligamia (ter mais de uma esposa) e o divórcio são condenados por Deus (Mt. 19:5). O apóstolo Paulo, escrevendo sob inspiração do Espírito Santo, disse que há somente uma saída moral e legítima para o caminho deixado por Deus para o sexo – o casamento (1 Cor. 7:2). Monogâmico e heterossexual, o casamento é a única maneira de se ter sexo sem pecado e culpa. “Honrado entre todos seja o matrimônio, e o leito [matrimonial] sem mácula; mas Deus irá os fornicadores e adúlteros” (Heb. 13:4 [todas as versões NKJV]). Qualquer coisa contrária a ordenança da criação do casamento entre um homem e uma mulher é pecaminoso e inaceitável perante Deus. A Bíblia condena toda atividade sexual fora do casamento monogâmico e heterossexual: homossexualismo, sexo antes do casamento, poligamia, adultério, bestialismo e assim por diante. “Não deixeis que vos enganem com palavras vãs”, diz Paulo, “porque é em razão destas coisas sobrevêm a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Ef. 5:6).

A Lei de Deus

A lei moral de Deus claramente condena todo tipo de homossexualismo: “Não te deitarás com um homem como se fosse uma mulher. Isto é abominação... Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável. Devem ser mortos. Seu sangue cairá sobre eles” (Lev. 18:22, 20:13). Defensores do homossexualismo tentam evitar as claras e inequívocas declarações da lei de Deus com desculpas esfarrapadas e descarada distorção da Bíblia.

Alguns questionam se a lei de Deus condena o homossexualismo; eles ensinam que a lei de Deus é só um escrito humano com antigos costumes judaicos preconceituosos. Essas pessoas condenam a autoria mosaica da lei e são relativistas éticos. Seus argumentos devem ser rejeitados porque Cristo e os apóstolos aceitaram a autoria divina, infalibilidade e absoluta autoridade do Velho Testamento (Mt. 22:39-40; Jo. 10:35; 2 Tim. 3:16-17). Se você rejeitar a lei de Deus alegando que ela não passa de idéias humanas de judeus antigos, então você não pode reivindicar que Cristo é seu salvador. Você deve pensar que ou Jesus se enganou em Sua visão da lei de Deus ou que Ele era um mentiroso. Não esqueça: Jesus Cristo é Deus (Jo 1:1; 8:58-59); Ele não pode se enganar ou mentir (Num. 23:19).

Outros ensinam que as leis que condenam o homossexualismo se aplicavam somente à nação de Israel. As leis do Velho Testamento caducaram com a vinda de Jesus Cristo. Essa visão é popular entre aqueles que reivindicam ser “homossexuais evangélicos.” Essa visão é totalmente anti-bíblica. Quando o Novo Testamento diz que os cristãos estão mortos para a lei, significa que Cristo cumpriu a lei (o pacto das obras) pelos crentes, e removeu a maldição da lei por meio de Sua morte sacrificial. Cristãos que estão unidos a Jesus Cristo em Sua vida perfeita sem pecado e Sua morte sacrificial são elevados com Cristo e capacitados por Seu Espírito a viver para Deus. Paulo disse que “a lei é santa, e o mandamento santo e justo e bom” (Rom. 7:12). Cristo não liberta da lei moral.

Ele obedeceu a ela perfeitamente para os crentes. Ele morreu para remover a culpa do pecado e enviou o Espírito Santo para que os crentes tenham poder para obedecer à lei de Deus. Se Cristo abolisse a lei no sentido que os apologistas do homossexualismo afirmam, então Ele precisaria morrer, porque se não há lei, não há pecado nem culpa. As únicas leis que não possuem mais validade são as que estão atreladas especificamente à terra de Israel (e.g., o jubileu) e as leis cerimoniais. As leis cerimoniais apontavam para Jesus Cristo e Sua obra por meio de tipos e figuras. A lei moral de Deus e o caso das leis civis baseadas sob a lei moral ainda estão em vigor. A lei de Deus é baseada sob Sua natureza e caráter; portanto, é absoluta, imutável e eterna.

É óbvio que a proibição contra o homossexualismo nada tem a ver com o sistema sacrificial; ela claramente não é cerimonial em sua natureza. Além do mais, se as leis contra o homossexualismo foram somente restritas à nação de Israel, então porque o homossexualismo é condenado em Sodoma, cerca de quatrocentos anos antes de a nação de Israel existir: “como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregado à imoralidade sexual e seguindo após outra carne [homossexualismo], foram postos para exemplo, sofrendo a vingança do fogo eterno” (Judas 7)? Embora Sodoma fosse genericamente caracterizada pela maldade, Gênesis 19 apresenta o homossexualismo como o último estágio da devassidão. Os homens de Sodoma desejaram ter relações homossexuais com os convidados de Ló e estavam dispostos a estuprá-los, se necessário. Deus enviou total destruição sobre Sodoma. Sodoma não foi destruída porque seus habitantes não eram hospitaleiros, como alguns afirmam. Simplesmente não ser hospitaleiro não explicaria um tal julgamento de Deus. Deus aniquilou a cidade; somente Ló e sua família foram poupadas.

Alguns apologistas do homossexualismo argumentam que a lei de Deus condena somente a prostituição ritual masculina. Eles argumentam que o moderno homossexualismo não tem nada a ver com o homossexualismo pagão e idólatra praticado nos tempos antigos. Deus claramente condena a prostituição masculina e os ritos culticos de fertilidade associados a ela; Deuteronômio 23:17-18 se aplica à prostituição cultica. Mas Levítico 18:22 e 20:13 não mencionam a prostituição cultica em lugar algum. “se um homem se deitar com outro homem como se fosse mulher, ambos cometeram abominação. Devem ser mortos. Seu sangue cairá sobre eles” (Lev. 20:13).

A tentativa de consolidar todas as proibições contra o homossexualismo dentro de algo que somente concorde com a antiga prostituição cultica revela um óbvio viés pró-homossexual por parte destes intérpretes. Eles forçam o texto bíblico à um molde pró-homossexual. Eles estão sendo desonestos com a clara intenção da Palavra de Deus. Eles estão lendo suas próprias pressuposições pró-homossexuais na lei de Deus. É ilegítimo condensar três proibições distintas (Lev. 18:22, 20:13; Dt. 23:17-18) em apenas uma. Interpretes pró-homossexuais sabem disto mas não se importam, porque eles não estão interessados na verdade; eles estão interessados somente em justificar seu comportamento mau e pervertido. Além disso, sua interpretação pode ser usada para justificar a relação sexual com ovelhas e cabras, porque a bestialidade também era parte dos ritos culticos de fertilidade. Não se engane. Deus é contra o homossexualismo em todas as suas formas, tanto ritual quando pessoal.

Os argumentos em favor do homossexualismo são nada mais que lamentáveis desculpas para um comportamento que Deus condena e irá claramente julgar. “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis. Nem fornicadores, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais , nem somoditas , nem ladrões, avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Cor. 6:9-10). Homossexualismo foi condenado por Deus, séculos antes da chegada da lei (e.g., Gen. 19). Ele é explicitamente condenado pela lei de Deus (Lev. 18:22, 20:13). Como será mostrado, ele é também claramente condenado no Novo Testamento pelo apóstolo Paulo.

O Novo Testamento

O Novo Testamento concorda com, e confirma, a condenação do Velho Testamento da homossexualidade. Alguma passagem da Bíblia pode ser mais clara na condenação do homossexualismo do que a afirmação de Paulo encontrada no primeiro capítulo de Romanos: “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e adoraram e serviram a criatura mais do que o Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Por essa razão Deus os entregou a paixões infames. Pois até mesmo as mulheres mudaram o modo natural pelo que é contra a natureza. Do mesmo modo os homens, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, homens com homens cometendo o que é torpe, e recebendo em si mesmos a penalidade devida pelo seu erro. E por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes... os quais, sabendo do justo juízo de Deus, de que aqueles que praticam tais coisas são passíveis de morte, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (Rom. 1:24-28,32).

Defensores do comportamento homossexual tentam driblar Romanos 1 alegando que Paulo estava condenando somente a luxúria e promiscuidade homossexual e não as amáveis e monogâmicas relações homossexuais. O problema com essa interpretação pró-homossexual é que Paulo nem sequer sugere tal idéia no texto. Essa idéia, que era pra estar no texto, claramente não está lá. Paulo era um expert em complexos problemas éticos. Sua condenação abrange todas as formas de comportamento homossexual: seja promiscuo, seja monogâmico. Se a homossexualidade é permissível sob certas condições, então a mentira, assassinato, difamação, e outros pecados listados por Paulo também são permitidos sob certas condições?

Poderia um apologista do homossexualismo argumentar que o sexo com cabras e ovelhas é permitido desde que o relacionamento seja amoroso e monogâmico?
Outros apologistas dizem que Paulo estava somente se referindo à prostituição cultica grega. Mas o texto não diz nada sobre a prostituição cultica grega. Paulo estava focado sobre o que acontece quando as pessoas enxotam Deus de seus pensamentos e adoram ídolos. Paulo estava discutindo o comportamento pessoal moral. Quando as pessoas abandonam Deus, seu comportamento pessoal se torna perverso.

Se Paulo condenou somente a prostituição ritual grega, então porque a igreja primitiva condenou todas as formas de homossexualismo? Por que é que toda congregação de igreja cristã e todas as denominações cristãs condenaram todas as formas de homossexualismo durante quase dois mil anos? Foi só nos anos 1970 que o homossexualismo começou a receber aceitação na sociedade. E não é acidental que as igrejas que mudaram suas visões geralmente façam parte de denominações liberais que rejeitaram a autoridade divina da Bíblia. Se Cristo e os apóstolos aceitaram a homossexualidade monogâmica, então por que ela foi universalmente condenada na igreja apostólica?

A Teoria da Pederastia

A tentativa mais sagaz de repudiar a condenação de Paulo da homossexualidade é a teoria da pederastia. Essa visão afirma que Paulo, seguindo a cultura grega, somente estava condenando a exploração sexual e emocional de jovens por parte de homens. Esta visão assume que Paulo era somente um produto da cultura grega pagã de seu tempo. Mas a Bíblia claramente ensina que Paulo escreveu sob a sobrenatural direção do Espírito Santo (2 Pe. 3:15-16). Para entender a visão de mundo de Paulo, não se deve olhar para a Grécia ou Roma pagãs, mas para o Velho Testamento, os ensinos de Jesus Cristo e dos outros apóstolos. A condenação de Paulo da homossexualidade é totalmente consistente com, e uma continuação da, lei de Deus revelada a Moisés.

A pederastia é errada e é condenada por Deus porque é uma forma ou tipo de homossexualidade. É também pecaminosa e perversa porque é uma forma de sexo fora dos laços do matrimônio legal, monogâmico e heterossexual. O homossexualismo é perverso, não interessa a idade dos participantes. A idéia de que pelo fato de dois homens terem alcançado a idade de 18 anos, Deus aprova o sexo oral e anal que eles fazem é absurda.

Paulo condena tal pensamento perverso e tolo há muito tempo: “Mas sabemos que a lei é boa e aquele que a utiliza de modo legítimo, mas sabeis disto: que a lei não foi feita para o que é íntegro, mas para os transgressores e rebeldes, para os irreverentes e pecadores, para os ímpios e profanos, para os assassinos de pais e mães, homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas , raptores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para tudo quanto seja contrário à sã doutrina” (1 Tim 1:8-10).

Ato e Orientação

Qualquer discussão da homossexualidade será incompleta sem estabelecer a diferença entre ato e orientação. Muitos homossexuais irão dizer, “Eu nasci homossexual – Deus me faz assim; por isso, meus pensamentos, desejos, e modo de vida não devem ser condenados.” Se algumas pessoas nascem com uma predisposição para o comportamento homossexual, isto faz de alguma forma os desejos e o comportamento homossexual deles aceitável a Deus? Absolutamente não!
A doutrina bíblica do pecado original ensina que todos os homens nascem com uma natureza ou disposição pecaminosa.

O primeiro homem, Adão, era o cabeça do pacto e representante de toda a raça humana perante Deus. Quando Adão pecou, a culpa e poluição do pecado passaram à toda a raça humana (Rom. 5:12, 17, 19). Cada pessoa (exceto Jesus Cristo que foi concebido pelo Espírito Santo) é nascida com uma natureza pecaminosa. É errado dizer, “Deus me faz um homossexual (ou um mentiroso, ou um assassino),” porque o pecado não se originou com Deus, mas com o homem (i.e., Adão, nosso antepassado).

O fato de que todos os seres humanos nascem com um orientação (ou inclinação) para o pecado não justifica desejos ou comportamento pecaminosos. A Bíblia diz que todos os homens nascem mentirosos (Sl. 58:3). A Bíblia também diz que mentir é pecado (Ex. 20:16, Dt. 5:20); e adiante diz que os mentirosos não entrarão no reino de Deus (Ap. 21:27).

Se algumas pessoas nascem com uma inclinação para o roubo, homossexualismo, assassinato, bestialidade, sadomasoquismo, mutilação, etc., isto de forma alguma justifica seu comportamento pecaminoso. O argumento de que a orientação para a homossexualidade de alguma forma a faz aceitável a Deus pode ser usado para justificar qualquer comportamento pecaminoso. Um tal argumento destrói a responsabilidade pessoa; ele tornaria a lei de Deus sem sentido e desnecessária a salvação por meio de Cristo. Todos os homens certamente serão responsabilizados perante Deus por cada pensamento, palavra e ação pecaminosas que cometam, sem importar suas orientações. Culpar Deus pelo comportamento pecaminoso de alguém pode fazer o homossexual se sentir melhor, mas isto irá ser ineficiente no dia do juízo, quando todos os impenitentes homossexuais serão lançados no inferno (1 Cor. 6:9-10, Ap. 21:27).

Além disto a Bíblia ensina que nenhum homem pode culpar Deus por seu comportamento pecaminoso, porque Deus não pode tentar o homem. O homem é tentado por seus próprios desejos: “Ninguém ao ser tentado diga, “Fui tentado por Deus'; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, nem a ninguém tenta. Mas casa um é tentado quando engodado e atraído por seus próprios desejos. Então, quando o desejo concebe dá à luz ao pecado, que quando consumado, gera a morte. (Tg. 1:13-15).

Alguns afirmam que os atos homossexuais são de fato imorais, mas sentimentos e desejos homossexuais para alguns são inatos e, portanto, inevitáveis e não pecaminosos. A Bíblia ensina que não é pecado ser tentado (Cristo foi tentado, embora nunca tenha cometido pecado, Heb. 2:18).

O que é pecaminoso é quando uma pessoa abriga aquilo que o tenta, fantasia e faz planos para praticar aquele comportamento pecaminoso. A Bíblia claramente ensina que não somente é um pecado cometer atos maus, mas é também pecado ter desejos e pensamentos imorais, luxuriosos.

Jesus Cristo proibiu a luxúria heterossexual em Mateus 5:27-29. Jesus disse que quando um homem olha para uma mulher com desejo lascivo, ele já cometeu adultério com ela em seu coração (Mt. 5:28). A idéia de condenar só o ato externo mas não a luxúria interna era uma doutrina dos Fariseus; Cristo condenou veementemente esse falso ensino (Mt. 5:21-22, 15:19-20).

O apóstolo Paulo proibiu fantasias perversas, luxúria, e maus desejos (Col. 3:5). Paulo disse que os cristãos devem santificar (i.e., fazer santo) os seus próprios pensamentos (Fl. 4:8). Tiago disse que se os desejos não forem controlados, o pecado irá seguí-lo (Tg. 4:1). O desejo homossexual está condenado dentro de Romanos 1:24, 26, 27. O profeta Isaías disse que o arrependimento de alguém deve ser estendido aos “pensamentos” e aos “caminhos” (Is. 55:7). Uma vez que a Bíblia condena os desejos e atos pecaminosos, não pode existir tal coisa como um cristão homossexual – ou um cristão assassino ou um cristão ladrão.

Se um homossexual se torna um cristão, ele deve deixar de lado tanto atos quanto pensamentos homossexuais; portanto, quando se torna um cristão, ele deixa de ser um homossexual. Ele deve ainda às vezes ser tentado mas ele se recusa a abrigar, a flertar com, e a cometer tais ações abomináveis. “Finalmente, irmão, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é digno de honra, tudo o que é justo, todo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se algum louvor existe; pense sobre estas coisas” (Fl. 4:8). “Não devemos cobiçar as coisas más, como eles também cobiçaram” (1 Cor. 10:6).

Conclusão

A condenação bíblica da homossexualidade é muito clara e bastante forte. Deus disse que o homossexualismo é uma “abominação”; o que significa que Deus aborrece, odeia e detesta completamente o comportamento homossexual. O Antigo Testamento ensina que as pessoas que são condenadas pelo crime de se envolver em um procedimento homossexual deve ser mortas (Lev. 18:22, 20:13). O Novo Testamento está em total acordo: o apóstolo Paulo disse que o comportamento homossexual é “digno de morte” (Rom. 1:32). Essa não é a opinião do homem, mas é o claro ensino da Palavra de Deus.

As pessoas que reivindicam serem compassivas com os homossexuais pela justificativa e aprovação de seu comportamento perverso são mentirosos e falsos mestres. Suas tentativas de reinterpretar a Bíblia para fazê-la aceitar o homossexualismo são nada mais que desculpas esfarrapadas criadas para aqueles que não querem se arrepender. Eles estão conduzindo os homossexuais ao caminho que leva à destruição (Mt. 7:13). Eles são os verdadeiros inimigos da comunidade homossexual.

Sua única esperança é aceitar o que Deus diz com respeito ao seu comportamento pecaminoso. Se você for se arrepender dos seus pecados e crer em Jesus Cristo, você deve se convencer de que seu procedimento é errado, perverso e digno de juízo. Depois de dizer que os homossexuais não herdarão o reino de Deus, Paulo diz, “Tais foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, mas vocês foram santificados, mas vocês foram justificados em o nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Cor. 6:11). Havia cristãos na igreja de Corinto que rejeitavam seu anterior estilo de vida homossexual e abandonaram seus pecados. Eles se arrependeram e creram em Jesus Cristo.

Jesus Cristo, como Ele é apresentado nas Escrituras, é a única esperança de salvação dos pecadores: “Nem há salvação em nenhum outro, pois não há nenhum outro nome debaixo do céu, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At. 4:12). Se você crê nEle, todos os seus pecados serão perdoados. “Se com a boca confessares o Senhor Jesus e creres em teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você será salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz, ‘Qualquer que crê nEle não será confundido'” (Rom. 10:9-11). O sangue sem pecado de Cristo removeu a culpa e a maldição do pecado. Sua vida perfeita e sem pecado é dada como um presente àqueles que crêem nEle. Quando os cristãos se apresentarem perante Deus no dia do julgamento, eles serão vestidos com a perfeita justiça de Cristo.

Os crentes irão para o céu tão-somente em razão dos méritos de Jesus Cristo. Quando Cristo ascendeu da morte ao terceiro dia, isto provou que Seu sacrifício era aceitável a Deus o Pai. Cristo ascendeu vitorioso sobre o pecado, a culpa, a morte e o inferno para todos que põe sua confiança nEle. Após sua ressurreição, Cristo, como o mediador divino-humano, foi feito rei e Senhor sobre todas as coisas no céu e na terra. “Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que seus pecados possam ser cancelados, a fim de que tempos de refrigério possam vir da presença do Senhor” (At. 3:19-20a).
Por: Brian Schwertley

terça-feira, 25 de agosto de 2009

É bíblico contribuir financeiramente à Igreja


Com este estudo pretendemos esclarecer aos irmãos em Cristo e lançar luz sobre o assunto da contribuição financeira. Isto se deve ao fato de estarmos assumindo alguns compromissos financeiros como aluguel de imóvel, compra de material didático para evangelismo, cópias, cestas básicas, etc. À medida que, pela graça de Deus, esta denominação cresce, os compromissos financeiros também crescerão. Daí a necessidade de termos logo no inicio um entendimento correto sobre o que a Biblia tem a dizer sobre esta temática. A nossa abordagem deste assunto não será exaustiva, mas terá alcançado plenamente o seu objetivo, se ao final das nossas considerações, você tiver fundamentação bíblica suficiente para responder a pergunta do título de maneira afirmativa.

Antes da Lei Mosaica

A prática de dar dízimos já existia antes mesmo da lei Mosaica. Temos textos como Gênesis 14:17-20 em que Abraão deu dízimo a Melquisedeque, provavelmente como expressão de gratidão a Deus pelo livramento de seu sobrinho Ló que tinha sido capturado por reis inimigos. Mas não há evidências neste texto de que o dízimo foi ordenado por Deus. Na verdade, o texto nos leva a acreditar que Abraão deu dízimo por sua própria escolha, ou seja, foi algo voluntário. Outra passagem que menciona o dízimo antes da Lei mosaica é Gênesis 28: 2-20. Jacó, nesta passagem, está fazendo a Deus um voto em resposta ao fato de ter sido visitado por Deus em sonho. Deus prometeu a Jacó que estaria com ele e que o guardaria aonde quer que este fosse e o levaria à terra prometida. Em resposta a isso, Jacó se comprometeu em dar a décima parte de seus bens. Aqui também neste texto Deus não ordenou a Jacó que lhe desse o dízimo. A exemplo de Abraão, Jacó voluntariamente decidiu dar o dízimo. Além disso, não há evidência de que dar dízimo fosse uma prática regularmente levada a efeito por Jacó. De forma que, podemos concluir esta seção dizendo que o dízimo antes da Lei Mosaica não era algo obrigatório, era voluntário.

Sob a Lei Mosaica

No antigo Testamento, sob a Lei Mosaica, era requerida dos crentes a décima parte da sua renda para a manutenção da obra de Deus bem como para o suprimento das necessidades dos pobres. As passagens mais relevantes quanto a isso são: Lev 27: 30-33; Num 18:21-24; Det 14:22-27; Det 14:28-29; Neem 12:44, Mal 3:8-12. Vejamos brevemente uma por uma destas passagens:

--> Levítico 27:30-33. Observe que nesta passagem o dízimo é descrito como produto da terra , tirando dos rebanhos e ainda como frutos das árvores. Em outras palavras o dízimo não era em dinheiro.

--> Números 18:21-24. Esta passagem diz que o dízimo era designado para suporte dos levitas, isto porque os levitas não tinham herança na terra de Canaã como as outras tribos. De forma que, a manutenção deste vinha dos dízimos dos outros israelitas. O dízimo era uma compensação para os levitas pelo serviço sacerdotal deles.

--> Deuteronômio 14:22-27. Este texto fala do dízimo como sendo usado para financiar as festas religiosas e os festivais de Israel. Este era um segundo dizimo porque o primeiro era usado para a manutenção dos Levitas. Este segundo dízimo, por assim dizer, possibilitava que os israelitas obtivessem todas as comidas e bebidas necessárias às festas religiosas de Israel e à adoração ao Senhor.

--> Deuteronômio 14:28-29. Este texto menciona um terceiro dízimo. OS comentaristas bíblicos não são unânimes quanto a pensar se estes dízimos eram um terceiro tipo separado de dízimos ou apenas o segundo dízimo usado de maneira diferente. O historiador Judeu Flavio Josefo apoiava a compreensão segundo a qual este era um terceiro tipo de dízimos. De qualquer forma, o povo judeu recebeu a ordem de dar pelo menos vinte por cento de suas colheitas e rebanhos. Esse tipo de dízimo poderia ser chamado o “dízimo para os pobres”.

--> Neemias 12:44. Observe que, de acordo com este texto, o dízimo era requerido pela Lei. Este ato de dar dízimo era voluntario no caso de Abraão e Jacó, mas sob a Lei mosaica, o dízimo não era uma questão de escolha, era uma obrigação.

--> Malaquias 3:8-12. Este texto refere-se as bênçãos materiais que Deus prometeu a Israel caso este povo obedecesse aos Seus estatutos e mandamentos dos quais o dízimo fazia parte dele.

Assim, o dízimo era uma taxa ordenada por Deus ao seu povo sob o sistema Teocrático do Antigo Testamento, era uma obrigação e não uma questão de escolha de cada um.

No Novo Testamento

Ao contrário do Antigo, no novo Testamento o conceito de dízimo é praticamente inexistente. As poucas passagens neotestamentárias que aludem ao dízimo são as seguintes: Mateus 23:23; Lucas 18:12 e Hebreus 7:1-10. Observemos brevemente, mais uma vez, uma por uma:

--> Mateus 23:23. Esta passagem é repetida em Lucas 11:42. Jesus falou estas palavras aos fariseus enquanto a Lei Mosaica ainda era vigente. Assim, esta passagem não pode ser usada para legitimar a obrigatoriedade de dar o dízimo sob a Nova Aliança.

--> Lucas 18:12. Jesus, neste texto esta contando a parábola do fariseu e do publicano. Aqui Cristo esta falando sobre um fariseu que dar o dízimo sob a Lei Mosaica, não para um cristão dando o dízimo sob a Nova Aliança.

--> Hebreus 7:1-10. Já nesta passagem, objetivo do autor da carta aos Hebreus é mostrar a superioridade de Cristo sobre o sacerdócio Levítico, exortando assim os seus leitores a não retornar à antiga forma judia de adoração caracterizada pelo templo, pelos sacrifícios, etc. Em outras palavras, o autor desta epístola não esta exortando os crentes a dar o dízimo como Abraão fez.

Prossigamos em nossa consideração de mais algumas passagens do Novo Testamento para extrair delas princípios norteados quanto a nossa conduta nesta área fundamental da mordomia cristã:

--> I Co 16:1-2. Neste texto, o apóstolo Paulo dirige a igreja de Corinto a fazer uma coleta para os pobres de Jerusalém. O apóstolo diz aos coríntios para contribuírem de maneira proporcional e na medida em que eles têm prosperado. Embora o texto não fale sobre o dízimo, os coríntios são instruídos a dar de maneira proporcional. O principio é bastante simples: aqueles que têm mais devem dar mais.

--> Atos 11:27-39. Observe que nesta narrativa que os irmãos de Antioquia fizeram doações aos irmãos da Judéia de acordo com suas condições. Aqueles que tinham mais deram mais. Aqueles que tinham menos deram menos. Nessa perspectiva, aqueles que nada têm, não devem se sentir culpado por não poder contribuir financeiramente com a Igreja.

--> II Cor 9:7. Aqui Paulo instruiu cada um que contribua segundo tiver proposto no coração. Observe que o apóstolo simplesmente diz que eles devem dar a quantia que o coração deles determinar, mas note também que o contribuinte deve ser fiel àquilo que propôs o coração. A vontade de Deus é que quando nós vermos uma necessidade, nós oremos ao Senhor pedindo a sua direção sobre como podemos suprir aquela necessidade e, então, de acordo com sua situação financeira, nós contribuirmos “não com tristeza ou por necessidade”porque Deus ama ao que dá com alegria.

Já vimos que, sob Nova Aliança, o crente não esta obrigado a dar dízimo, ou seja, ele deve contribuir de maneira voluntária. E os textos que acabamos de considerar ressaltam que devemos contribuir, mas não apontam uma porcentagem. É possível que a esta altura alguns estejam com uma grande interrogação na cabeça? Quanto dar? Isso tem dado margem a que muitos minimizem a importância da contribuição financeira para a causa de Jesus Cristo no mundo. Quanto a isso, pode ser dito o seguinte: Se cristão não deve contribuir sob compulsão, nem deve fazer nada forçadamente, nem ninguém pode constranger a sua consciência a dar uma porcentagem, por outro lado, ele deve ter a consciência tanto dos seus benefícios quanto de seus deveres debaixo da nova aliança. Assim para o cristão que não sabe como, nem por onde começar, pedagogicamente, dez por cento pode seu um ponto de partida.

R. C. Sproul fala:

“É verdade que o dízimo foi instituído no Antigo Testamento. Mas usar este fato como uma desculpa para diminuir o seu peso na era neotestamentária é ignorar tudo que o Novo Testamento ensina sobre o nosso envolvimento com a Nova Aliança. Quando as duas alianças são comparadas, é enfatizado de maneira inequívoca que os benefícios desfrutados excedem em muitos benefícios conferidos aos santos no Velho Testamento. Com grandes benefícios vem maior responsabilidades, não menor. O dízimo, é uma resposta à bondade de Deus. Se era requerido dos santos que viviam sob a velha estrutura dar o dízimo, e um insulto à graça presumir que algum nível de gratidão agora seria um ideal alcançado apenas por uma elite espiritual. O principio do Novo Testamento deve ser traduzido não como dando um passo na direção dos dízimos. Mas como dando um passo a partir dos dízimos. Assim o dízimo se torna um ponto de partida, uma base inicial para a mordomia cristã do Novo Testamento. Isto representa a resposta mínima de uma alma agradecida, uma resposta que deve ser dada com alegria".

Comentários Finais

Alguns pastores pregam a obrigatoriedade dos dízimos, usando vários artifícios, aonde ele venha a obter informações de quanto dinheiro entra no mês, de quanto podemos gastar e etc. Sabemos que uns usam envelopes para identificar os irmãos que contribuem e também forçam com campanhas de compra de moveis, de veículos para a igreja, de gravação de DVD do grupo de louvor, e muitas coisas que vai acarretar mordomia apenas aos irmãos. Mas sabemos que a contribuição não é para suprir a necessidade de conforto, e sim de alimentação dos irmãos, cuidados com os membros e ajuda aos pobres.

Os pastores que fazem tais práticas querem saber quanto entra de renda no mês, para saberem como poderão fazer seus projetos com a verba da igreja, tornando igrejas – empresas, aonde não se preocupam com o que a Escritura diz sobre as ofertas, pelo contrário forçam irmãos a contribuírem como no velho testamento, e quem não contribui, é de uma forma bem delicada forcado a tirar até o que não tem.

Não são pastores, mas empresários da Fé que não se preocupam com nada pelo contrário, guiam a igreja com mãos sujas e rápidas em extorquir o povo de Deus. Usam vários métodos de como gastar o dinheiro dos santos, gravam cd e DVDs de pregações e de grupos de louvores para que possam acarretar mais ainda fins monetários, para obter uma administração de sucesso, afinal pequenas e grandes igrejas não deixam de ser grandes negócios em suas concepções.
Para que possam sentir o peso da Escritura Sagrada, coloco um texto que Paulo fala veementemente sobre os que tais coisas praticam:

ICOR 3:10-23

Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.

Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.

Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.

Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.

Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.

Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.

Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia.

E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos.

Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso,

E vós de Cristo, e Cristo de Deus.

Sola Scripturas
Anderson Queiroz