sábado, 24 de outubro de 2009

Sere (Sala de Estudo Reformado)


É com grande alegria que convidamos a todos os leitores da “pena afiada” a participarem da sala de estudo reformada (SERE) na qual iniciará seus estudos no dia 31 de Outubro, ás 19:00h.


Nesta acosião estaremos também comemorando o dia da reforma protestante. Os estudos da sere se realizará aos sábados, no colégio carneiro leão em Maranguape 1 Paulista- PE


Antes de demonstrar-mos o objetivo teológico e doutrinário da sere vou responder a uma pergunta que

certamente irão nos fazer:


-Por que você inicia um trabalho como esse?

A resposta é simples e triste. Estamos vivenciado tempos difíceis no cristianismo muitas Igrejas se afastaram da teologia histórica e redentora deixaram de ser cristãos confessionais para ant-confessionais. Igualam à geração que sucedeu a de Josué, que desconhece o senhor Deus e suas obras milagrosas. Na historia do seu povo eleito. Vivemos em meio a essa grande avalanche doutrinaria. Sabemos pelas escrituras que isso não é novidade. Os cristãos fieis sofrem diante disto ter de presenciar o afastamento da Sá doutrina em sua própria igreja.


Muito desses cristãos fieis desconhece as conficções de sua igreja e a importância que tem para o cristianismo, outros, porém, por ter uma posição contraria mesmo sem conhecer nada sobre assunto. É por esse motivo que nos decidimos iniciar Este estudo chamado sere para nos é um privilegio propaga a fé reformada, sustentá-la, defende-la é amá-la.


Objetivo-Criamos uma forte defesa contra outros ensinos das tradições religiosa e humana.

- promover a edificação mutua através das esculturas sagradas (2 Tim 3,16)

-Promove uma unidade doutrinaria através das exposições das esculturas.


miguel silva

Credos Primitivos

Autor : Prof. João Flávio Martinez

CREDO APOSTÓLICO

Creio em Deus, o Pai onipotente, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu aos céus, está sentado à destra de Deus, o Pai onipotente, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo, a santa igreja católica – a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne e a vida eterna. Amém.

O texto litúrgico atualmente em uso:

Dir-se-á o Credo Apostólico: Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.

E em Jesus Cristo. Seu único Filho nosso Senhor. O qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu ao céu e está sentado à dir
eita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir julgar os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Cristã – a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Note-se que a palavra católica foi generalizada traduzida por "cristã", em parte para não confundir com a igreja romana, mas principalmente para reforçar o fato de que ele é a confissão verdadeira de qualquer cristão.

Sem dúvida, como disse Lutero: "A verdade cristã não poderia ter sido resumida numa exposição mais clara e breve".


Comentário:

Por seu uma das primeiras parte da literatura confessional que se aprende, o Credo Apostólico é o credo mais usado em nossa igreja. E, exceto a oração do Senhor (dominical), não há conjunto de palavras na Igreja Cristã que os cristãos mais pronunciem. Ele é o primeiro dos credos ecumênicos (a palavra ecumênico significa universal, geral, do mundo inteiro). A Igreja Cristã antiga adotou o nome ecumênico para mostrar que ela, como um todo, aceitava esses credos foram usados dessa maneira. Em 1580, a Igreja Luterana, para demonstrar de que não era uma seita ou movimento, incorporou três credos em suas confissões, reunidas no Livro de Concórdia.

Apesar de receber o nome de Apostólico, não temos nenhuma evidência de que foi escrito pelos próprios apóstolos ou por alguns deles. O título "Credo Apostólico" foi usado pela primeira vez em 390, no Sínodo de Milão.
Em 404, Tirano Rufino escreveu um comentário do credo, contando a história de sua provável origem (de que no dia de Pentecostes os apóstolos, antes de cumprir a ordem de ir aos confins da terra, teriam se reunido e cada um contribuído com alguma parte do credo). Há evidência, no entanto, de que um credo muito semelhante a este já era usado no ano 150.

A verdade, talvez, nunca se saberá. Entretanto, ninguém de sã consciência negará que esse credo reproduz autenticamente o ensino dos apóstolos, fundamentado nas verdades das Escrituras (1 Co 8.6; 12.13; Fp 2.5-11; 1 Tm 2.4-6; 1 Tm 3.16).

CREDO DE NICÉIA

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus ve
rdadeiro, gerado, não feito, de uma só substancia com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para julgar os vivos e os mortos. Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem : Ele era quando não era, e Antes de nascer, ele não era, ou que foi feito do não existente, bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus de outra substância ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos esses a Igreja Católica e Apostólica anatematiza.

CREDO DE CESARÉIA

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação, tendo vivido entre os homens. Sof
reu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Pai e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só Espírito Santo.

CREDO NICENO

Creio em um só Deus, o Pai onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis.E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus e nascido do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas; o qual, por amor de nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, e encarnou, pelo Espírito Santo, na Virgem Maria, e se fez homem; foi também crucificado em nosso favor sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e subiu aos céus; está sentado à destra do Pai, e virá pela segunda vez, em glória, para julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim.

E no Espírito Santo, Senhor e vivificador, o qual procede do Pai e do Filho; que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas.

E a igreja, uma santa, católica e apostólica.

Confesso um só batismo, para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém.

O texto litúrgico atualmente em uso

Dir-se-á o Credo Niceno: Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, tanto das cousas visíveis como das invisíveis.

E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os mundos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, por quem todas as cousas foram feitas; o qual por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu e se encarnou pelo Espírito Santo da Virgem Maria e foi feito homem; foi também crucificado por nós sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou segundo as Escrituras, e subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai e virá novamente em glória a julgar os vivos e os mortos, cujo Reino não terá fim.

E no Espírito Santo, Senhor e Doador da vida, o qual procede do Pai e do Filho, que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E numa única santa Igreja Cristã e Apostólica. Confesso um só Batismo para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo vindouro. Amém.

Comentário:

Enquanto a Igreja Cristã se desenvolvia, passou a sofrer oposição de Roma e dos judeus em forma de perseguições e morte aos que professavam a fé cristã. Mas este não foi o único tipo de perseguição sofrida.

Apesar da igreja primitiva ter recebido aceitação social e respeitabilidade durante o governo do Imperador Diocleciano (284-305), um outro tipo de perseguição começou a se infiltrar na Igreja – o da oposição à fé como revelação direta da verdade por parte de Deus.

A origem do Credo Niceno se encontra na necessidade que houve d defender a doutrina apostólica da divindade d Cristo contra Ario, e da divindade do Espírito Santo contra os seguidores de Macedônio.

Convocou-se um concílio na cidade de Nicéia para maio e junho de 325.220 bispos estavam presentes. O propósito do concílio era o de formular, sem possibilidade de falsas interpretações, o que as Escrituras ensinavam a respeito do Senhor Jesus Cristo. A pergunta era: Jesus é ou não é o verdadeiro Deus do verdadeiro Deus? Estaria Ario certo ao dizer que Jesus não é verdadeiramente Deus?

Apesar do brilhantismo dos teólogos arianos, os ortodoxos (que mantinham o ensino bíblico) não estavam ausentes e sem os seus heróis da fé.

Conta a história que Atanásio era um homem de pouca estatura. Mas como um estudioso da Bíblia, era um gigante. Desde o Concílio de Nicéia, por causa da sua defesa sólida da fé cristã, o dito que passou a acompanhá-lo foi "Atanásio contra o mundo".

Além, de Ario, apenas 5 outros se recusaram a assinar o documento elaborado em Nicéia. O Imperador os baniu, mas sem grande interesse político. O mesmo credo foi reafirmado no Concílio de Constantinopla, em 381, e foi oficialmente adotado com alguns acréscimos em 451, no Concílio de Calcedônia.

O credo Niceno não procura apresentar todos os artigos da fé cristã, mas confessa edefende as verdades fundamentais da doutrina escriturística acerca de Deus.

A forma final, conforme adotada em 451, é a que segue:

CREDO ATANASIANO

Todo aquele que quer ser salvo, antes de tudo deve professar a fé católica. Quem quer que não a conservar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá eternamente.

E a fé católica consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade, sem confundir as pessoas e sem dividir a substância.

Pois uma é a pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo;

Mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade.

Qual o Pai, tal o Filho, tal também o Espírito Santo.

Incriado é o Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo.

Imenso é o Pai, imenso o Filho, imenso o Espírito Santo.

Eterno o Pai, eterno o Filho, eterno o Espírito Santo;

Contudo, não são três eternos, mas um único eterno;

Como não há três incriados, nem três imensos, porém um só incriado e um só imenso.

Da mesma forma, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente;

Contudo, não há três onipotentes, mas um só onipotente.

Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus;

E todavia, não há três Deuses, porém um único Deus.

Como o Pai é Senhor, assim o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor;

Entretanto, não são três Senhores, porém um só Senhor.

Porque, assim como pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa, tomada pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa, tomada em separado, é Deus e Senhor, assim também estamos proibidos pela religião católica de dizer que são três Deuses ou três Senhores.

O Pai por ninguém foi feito, nem criado, nem negado.

O Filho é só do Pai; não feito, nem criado, mas gerado.

O Espírito Santo é do Pai e do Filho; não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.

Há, portanto, um único Pai, não três Pais; um único Filho, não três Filhos; um único Espírito Santo, não três Espíritos Santos.

E nesta Trindade nada é anterior ou posterior, nada maior ou menor; porém todas as três pessoas são coeternas e iguais entre si; de modo que em tudo, conforme já ficou dito acima, deve ser venerada a Trindade na unidade e a unidade na Trindade.

Portanto, quem quer salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.

Mas para a salvação eterna também é necessário crer fielmente na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo.

A fé verdadeira, por conseguinte, é crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.

É Deus, gerado da substância do Pai antes dos séculos, e é homem, nascido, no mundo, da substância da mãe.

Deus perfeito, homem perfeito, subsistindo de alma racional e carne humana.

Igual ao Pai segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade.

Ainda que é Deus e homem, todavia não há dois, porém um só Cristo.

Um só, entretanto, não por conversão da divindade em carne, mas pela assunção da humanidade em Deus.

De todo um só, não por confusão de substância, mas por unidade de pessoa.

Pois, assim como a alma racional e a carne é um só homem, assim Deus e homem é um só Cristo;

O qual padeceu pela nossa salvação, desceu aos infernos, ressuscitou dos mortos, subiu aos céus, está sentado à destra do Pai, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.

À sua chegada todos os homens devem ressuscitar com os seus corpos e vão prestar contas de seus próprios atos;

E aqueles que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna; aqueles que tiverem praticado o mal irão para o fogo eterno.

Esta é a fé católica. Quem não a crer com fidelidade e firmeza, não poderá salvar-se.

"Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis, e não me envergonharei".

Comentário:

O Credo Atanasiano é uma confissão magnífica sobre o Deus triúno. Lutero o considerou "a maior produção da igreja desde os tempos dos apóstolos".

A origem do credo é, entretanto, obscura. Desde o século IX alguns o atribuíram a Atanásio, o heróico defensor da doutrina da divindade de Cristo contra Ario. Entretanto, não há razões muito fortes para que se possa atribuí-lo a Atanásio:

1. Não há evidências de que Atanásio e seus contemporâneos tivessem tomado conhecimento desse credo (também chamado "Quicunque" – pois ele inicia com estas palavras: "Todo aquele. . . ").

2. Ele ataca heresias que surgiram depois da morte de Atanásio, quando Nestório e Éutico introduziram heresias sobre a Trindade e a pessoa de Cristo.

3. É bem provável que o autor desse credo era versado nos escritos de Agostinho, que viveu entre 354 e 430.

Mas se Atanásio não foi o autor, quem foi? A questão tem intrigado os estudiosos da história cristã ao longo de todos esses anos. O mais próximo que chegaram, baseados em evidências encontradas, foi de que se conhecia um credo semelhante a esse na Galiléia (hoje França) na metade do 5° século. Entretanto, só se tornou popular para fins de instrução após Carlos Magno (742-814) ter decretado que todos os clérigos tinham que aprendê-lo.

O Credo Atanasiano nunca teve um uso generalizado como os outros 2 credos. Mas se há um momento no Ano Eclesiático que ele deveria receber um pouco de atenção, este é no 1º Dom. após Pentecostes – o Domingo da SS. Trindade, pois essa doutrina, e especialemtne a da divindade de Cristo e de sua obra redentora, é o fundamento sobre o qual está edificada a igreja (Ef. 2.20).

Evangélicos atraídos pelas seitas


Autor : Prof. João Flávio Martinez

“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:8)

Preocupado com a situação espiritual dos crentes na cidade de Colossos, o apóstolo Paulo advertiu-os para que tivessem cuidado, pois falsos mestres haviam se introduzido no seio da Igreja. Paulo combatia sobretudo a influência gnóstica entre os Colossenses. Além do apóstolo Paulo, Judas e João também alertaram a igreja acerca desse perigo.

Gnosticismo vem do grego gnosis, que significa “conhecimento”. Criam possuir a verdadeira fórmula da salvação, a saber, o “conhecimento místico” que Cristo teria transmitido secretamente aos discípulos e que apenas um grupo seleto de “iniciados” poderia atingir[1]. Por cerca de cento e cinqüenta anos, os gnósticos assediaram os cristãos e , infelizmente, sua heresia corrompeu a muitos[2]



Hoje a situação não é diferente. Além do gnosticismo (que influenciou o “Movimento de Confissão Positiva”, comumente conhecido no Brasil com os nomes de “Movimento da Fé”, “Movimento da Prosperidade”)[3], inúmeras outras seitas abundam atualmente arrastando muitos professos cristãos para heresias de perdição (II Pedro 2:1,2). Os dados são alarmantes.

Nós recebemos regularmente cartas de familiares ou amigos de professos cristãos (e às vezes dos próprios) que abandonaram sua igreja, enveredando-se no mundo das seitas. Trechos da carta a seguir revelam o poder destrutivo das seitas na mente de pessoas que viviam no meio evangélico:

“Fui criada num lar cristão. (...) Somos onze filhos. Mamãe nos criou na igreja, aonde aprendemos a servir e a adorar a Deus. Por quarenta anos minha mãe foi evangélica, mas há quatro anos, tudo isso se transformou em blasfêmia e contradição desde que mamãe decidiu se tornar “Testemunha de Jeová”. Isso é muito triste, mas é verdade; e o que me tem causado mais tristeza é o fato de saber que ela tem influenciado toda a família. (...) ÀS vezes fico me questionando o por quê. (...) Gostaria de pedir um conselho, uma palavra de conforto. (...)”.

J.A., Bahia.



Casos como o da mãe de J.A. têm sido freqüentes. Diante disso, muitos de nós temos curiosidade de saber o que leva pessoas entre os evangélicos a sentir atração pelas seitas. Seria seu zelo religioso? Sua demonstração de amor ao próximo? Sua unidade organizacional que supera à dos evangélicos? Seria um súbito sentimento de euforia por estar abraçando conceitos religiosos fascinantes, nunca antes aprendidos?



Nas conversas que mantemos com ex-evangélicos, que hoje são adeptos de seitas, percebemos que o motivo principal do rompimento com o cristianismo bíblico-histórico raramente é doutrinário[4]; geralmente assuntos de menor importância têm primazia. O problema esta no que se entende como genuína espiritualidade.



DISCERNINDO A VERDADEIRA ESPIRITUALIDADE



Vivemos atualmente em uma época que as pessoas estão fascinadas pela espiritualidade, altamente se enfatiza as experiências religiosas, testemunhos impactantes e dramáticos a valorização da sinceridade acima da verdade; o sentimento acima da realidade. Muitos hoje dizem que a essência da verdadeira espiritualidade são as emoções. E nós cristãos temos a tendência de sobrepor nossas experiência espirituais acima do próprio Cristo e seu Evangelho.

Muitos cristãos acabam sucumbindo a mensagem das seitas por confundir sinais de espiritualidade com a genuína intimidade com o Salvador. Diversos Sectaristas passam igualmente por uma tremenda e dramática conversão religiosa. Eles falam em serem felizes agora, de terem paz interior, são extremamente pietistas na oração, na devoção, no evangelismo, mas estão longe da Graça Salvadora[5].

Há poucos dias recebemos uma ligação de uma senhora desesperada em busca de orientação. Ela que já havia estado em várias igrejas evangélicas (entretanto se decepcionou com todas), julgava agora ter encontrado a “igreja verdadeira” e comentou que “ali encontrou o amor e aceitação que procurava”. No entanto, após sucessivas reuniões com o grupo percebeu algo estranho em relação às doutrinas daqueles. Ao ser orientada que o referido grupo é uma seita ela comentou: “Eu me sinto bem lá”. “A gente vê amor naquelas pessoas”.

O puritano Jonathan Edwards (1703-1758) escreveu: “que o amor e a humildade são imitados, mais do que qualquer outra virtude cristã ... tudo que tem valor, e só as coisas que têm valor são objeto de falsificação. Varias pessoas já foram enganados por diamantes e dinheiro falso, charlatões também a muitos...”[6] (Mateus 24:12-13).Muitos judeus nos dias de Jesus, que davam glórias a Ele seguindo-o de dia e de noite sem comida e sem bebida ou sono. Costumavam dizer: “Mestre, eu te seguirei por onde quer que fores” (Mateus 8:19) ou então “Hosana ao filho de Davi”. (Mateus 21:9) Não obstante esse amor era falso.

CONCLUSÃO



Portanto o nosso relacionamento com Deus deve estar alicerçado sobre a rocha que é Cristo e não nas areias movediças de nossa experiência, esforço, zelo, devoção, entrega. O apostolo Paulo teve uma conversão dramática. Mas contrastando com a dele, Timóteo cresceu gradualmente por meio da instrução familiar (Atos 9:3-5, 17-18; 2 Timóteo 1:5).

O evangelho de experiências tem vida curta, pessoas que são convertidas por meio dele têm em suas vidas uma porta escancarada para novas descobertas. Estão sempre em busca de algo novo, algum orador eloqüente e inteligente, lugares onde há especulações proféticas, testemunhos que fortemente mexem com suas emoções. Agem semelhantemente como o toxicômano que tem necessidade de aumentar o consumo da droga para prolongar seu estado de euforia.

Em pouco tempo enveredam pelo caminho do misticismo ou paganismo. Já o evangelho autentico é somente baseado nos méritos sacrificiais do Senhor Jesus. “Não existe plano mais alto – nenhuma experiência sobrepujante ou vida mais profunda. Cristo é tudo em todos. Agarre-se a Ele. Cultive seu amor por Ele. Somente nele você é completo!”[7]



Soli Deo Gloria!

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[1] Pagels, Elaine – “Os Evangelhos Sinóticos, São Paulo, Cultrix, 1979. [2] Champlin, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por versículo. Vol. 5. São Paulo: Candeia, 1996. [3] “Há seitas gnósticas em nossa sociedade hoje, e o movimento Palavra da Fé – é a mais nova e disfarçada de todas as seitas gnósticas que apareceram nos últimos dois séculos” – Judith Mata, em “The Born Again Jesus of the Word Teaching, Fullerton, Ca. Spirit of Truth Faith Teaching, 1984, pgs. 21, 22, 25 [4] Em certos grupos pseudo-cristãos (entre esses a que se destacar As Testemunhas de Jeová e os Adventistas do Sétimo Dia) de cunho racionalistas o indivíduo é levado por meio de argumentos aparentemente eruditos carregado de citações imprecisas da história secular e eclesiástica e uma interpretação pobre e segmentada das Escrituras a romper com a fé cristã e abraçar os ensinos heréticos de tais grupos. Vale lembrar o que disse o Dr. Robert Thomas, professor do conceituado Seminário Master (EUA): “As pessoas não se tornam heréticas de uma vez; isso acontece gradualmente. Elas não fazem isso intencionalmente, na maioria das vezes. Deslizam para a heresia através do relaxamento no manusear a palavra da verdade...Tudo o que é necessário para tomar o caminho da heresia é uma ansiedade por algo novo diferente, uma idéia nova, juntamente com uma certa preguiça, descuido ou falta de exatidão no manusear a verdade de Deus” – (Precision as God’s Will for My Life” Panorama City, CA, The Master’s Seminary, 1989). A imprecisão doutrinária a “prequicite metal” quanto ao estudo das Sagradas Escrituras coloca a pessoa como uma vitima em potencial destas seitas. [5] Veja Isaías 1:15; Ezequiel 33:31; Mateus 7:22-23. [6] Conforme citação de Gerald R. Mcdermott em, “O Deus Visível”; Edições Vida Nova, 1997, pg. 62. [7] John F. Macarthur, Jr., “Nossa Suficiência em Cristo”, Editora Fiel 1995, pg. 157

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

OS PERGAMINHOS DO MAR MORTO,

, um dos maiores tesouros arqueológicos do século XX. Descobertos em 1947, na inóspita região do Mar Morto, mais especificamente nas cavernas de Qumran, os textos oferecem ao mundo a mais antiga versão conhecida da Bíblia hebraica, o que conhecemos como o Velho Testamento dos cristãos. ..


Fragmento da Torah


Fragmento do Livro de Isaías


Fragmento do livro de Deuteronômio


Trecho de um manuscrito do livro dos Salmos

Jarros de cerâmica

Os livros Essênios são três: o "Calendário", as "Regras da Guerra" e o famoso as "Regras da Comunidade". Nestes textos são apresentados: o calendário essênio (baseado num ano solar de 364 dias), as leis que regulavam a vida dos essênios, as relações na comunidade e as guerras.

Os livros bíblicos são seis, mais especificamente: Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, Levítico, Salmos e Isaías, além de filactérios - 'tiras de pergaminho (em que estavam escritos os preceitos do Decálogo), que os judeus costumavam trazer na testa e no braço esquerdo, por serem muito observadores da Lei', do gr. phulaktêrion 'lugar de guarda'. Esses serão apresentados lado a lado com textos modernos, para que se possa constatar que os textos são idênticos. Em quase 2000 anos nenhuma alteração sofreram.

Um dos mais impressionantes pergaminhos (com 70 centímetros de comprimento) é o dos Salmos, nele são encontrados salmos e hinos formando o mais extenso texto encontrado em Qumran.

Os Textos: Escritos entre os anos 200 a.C. e 70 d.C., foram preservados dentro de vasos herméticos, em condições climáticas extremas, são agora, 57 anos depois de descobertos, expostos pela primeira vez no Rio de Janeiro.


Cavernas onde foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto


Ruína do Templo dos Essênios


Ruínas do mosteiro dos Essênios

Local dos banhos

De acordo com a versão mais aceita por especialistas, os 15 mil pergaminhos foram escritos pelos essênios. Alguns membros dessa seita judaica se isolaram no deserto, formando uma comunidade monástica. Naquela época, os judeus se dividiam ainda em outros dois grupos: os saduceus e os fariseus.

Esses manuscritos demonstram, de forma inequívoca, o cuidado de Deus pela preservação de Sua Palavra. O testemunho das pedras, para calar os que, sem base, afirmavam ter sido o texto original adulterado a fim de atender as necessidades e interesses da religião.

"Ora, alguns dos fariseus lhe (a Jesus) disseram em meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos. Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.". S. Lucas 19:39 e 40.


O primeiro e maior manuscrito encontrado




O famoso documento de Damasco

miguel silva

Depois do Dilúvio

Neste livro/documento, o autor concatena impressionantes evidências que indicam como os primeiros europeus registravam sua descendência desde Noé, na linhagem de Jafé, em documentos meticulosamente preservados; como conheciam tudo sobre a Criação e o Dilúvio; e como tiveram encontros com criaturas que hoje chamaríamos de dinossauros. Esses registros de diferentes nações imprimem aos capítulos 10 e 11 de Gênesis um grau de precisão que os destaca de todos os demais documentos históricos do mundo antigo. O livro é o resultado de mais de 25 anos de pesquisa e traça o desenvolvimento da controvérsia entre Criação e Evolução que grassou no mundo antigo, e detona muitos dos mitos e erros dos críticos bíblicos “modernistas”.

Bill Cooper é membro do Conselho e curador do Creation Science Movement, é casado e tem duas filhas. Recentemente recebeu o Honours Degree da Kingston University por seus estudos interdisciplinares em História das Idéias (Religião, Filosofia e Teoria Política) e Literatura Inglesa. Tem feito conferências sobre a “Tabela das Nações”, sob os auspícios do Creation Science Movement, na Alemanha e na Bélgica e em muitas ocasiões na Inglaterra, inclusive na Leeds University.

Ele tem escrito numerosos artigos para as revistas do Creation Science Movement e da Creation Science Foundation da Austrália, sobre a Tabela das Nações (Série sobre “A História Antiga do Homem”), sobre o Jonas histórico, e outros assuntos.

Este livro mostra como a História da Europa pode ser traçada desde o Dilúvio e os descendentes
de Jafé, mediante relatos contemporâneos e a “Tabela das Nações”.
Autor: Bill Cooper B. A. Hons.
Publicado em Português pela SCB
206 páginas
Formato: 14,7 x 20,7 cm
ISBN: 978-85-88611-13-9
Valor: R$20,00
Adquira já o seu!
miguel silva

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


SERE


SALA DE ESTUDO Reformado ! (SERE)
Onde iremos ter estudos bíblicos e palestras sobre a Sã Doutrina. Ocorrerá todo sábado na escola Carneiro Leão em Maranguape I das 19:00 as 21:00.
Lá você poderá adquirir livros reformados e compartilhar conosco dessa grande iniciativa de divulgar a Fé Reformada. Estaremos dando inicio ao SERE no dia 31 de Outubro no aniversário da Reforma.

O preleitor do dia 31 de Outubro será o Pr Jaziel da Igreja Presbiteriana Conservadora, com o tema "A Reforma Protestante".

Qualquer dúvida escreva para apenaafiada@gmail.com

Contamos com a presença de todos e Divulguem !
Deus abençoe a todos.
Reformar sempre Reformar!
MIGUEL SILVA

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

500 anos de Calvino !




Dia 19 e 20 de outubro, tivemos a presença do Pr. Joseph Pipa, que abordou os seguintes assuntos:


Calvino e o ministério pastoral

Calvino e a pregação

Calvino e o Culto


Foi de muito proveito as aulas dadas pelo Pr. Joseph, que teve a grande preocupação de apontar e abordar os fatos históricos da bibliografia de João Calvino, e mostrou como Deus utilizou a vida desse servo piedoso e humilde.

Trazendo para nós grande exemplo de como devemos viver mediante a esses pontos, (Pregação, Pastoreio, Culto), que é de grande importância na obra que Cristo colocou na mão dos apóstolos de cuidarem bem da doutrina.

Veja algumas fotos do evento.


fotos do evento que ocorreu no clire (centro de literatura reformada), logo abaixo temos fotos com o rev. Joseph Pipa e com o Pb. Manuel Canuto um dos fundadores do clire.



Celebração da Reforma. O que Lutero tem a dizer para a igreja no Século XXI


Wilhelm Wachholz é doutor em História da Igreja pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade EST, São Leopoldo/RS. É docente na Faculdade EST desde 2002, integrando o Departamento Histórico-Sistemático. Leciona disciplinas em nível de graduação e pós-graduação em Teologia. Suas áreas de pesquisa e ensino são em História do Cristianismo (História e Teologia da Reforma e da Igreja na América Latina), História Medieval e Moderna, Cultura, Representações, Identidade e Etnicidade.

Dia
27 de outubro (terça-feira)

Horário
8h30 - Café da Manhã
Investimento: R$ 8,00

9h30 - Conferência
Entrada franca

Local
Capela do STBSB RECIFE

Inscrições para Café da Manhã

Até o dia 23 de outubro através do link abaixo ou na Central de atendimento do STBSB

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MIGUEL SILVA

Como Seria o Mundo sem o Calvinismo?

Abraham Kuyper

Para provar isto, perguntem-se o que a Europa e a América teriam se tornado, se no século 16 a estrela do Calvinismo não tivesse subitamente nascido no horizonte da Europa Ocidental. Neste caso, a Espanha teria esmagado a Holanda. Na Inglaterra e Escócia, os Stuarts teriam executado seus planos fatais. Na Suíça, o espírito de indiferença teria prosperado. Os primórdios da vida neste novo mundo teriam sido de um caráter completamente diferente. E como seqüência inevitável, a balança do poder na Europa teria retornado a sua primeira posição. O Protestantismo não teria sido capaz de manter-se na política.


Nenhuma resistência adicional poderia ter sido oferecida ao poder romanista conservador dos Hapsburgos, dos Bourbons e dos Stuarts; e o livre desenvolvimento das nações, como visto na Europa e América, simplesmente teria sido impedido. Todo o continente americano teria permanecido sujeito à Espanha. A história de ambos os continentes teria se tornado uma história muito triste, e sempre permanece uma questão se o espírito do Ínterim de Leipzig não teria sido bem-sucedido, por via de um protestantismo romanizado, ao reduzir o norte da Europa novamente ao controle da velha hierarquia.


O Heroísmo do Espírito Calvinista: A devoção entusiástica dos melhores historiadores da segunda metade deste século à luta da Holanda contra a Espanha, um dos mais belos objetos de investigação, somente explica-se pela convicção de que se o poder da Espanha naquele tempo não tivesse sido quebrado pelo heroísmo do espírito calvinista, a história da Holanda, da Europa e do mundo teria sido tão penosamente triste e negra quanto agora; graças ao Calvinismo, ela é brilhante e inspiradora. O professor Fruin corretamente observa que: “Na Suíça, na França, na Holanda, na Escócia e na Inglaterra, e onde quer que o Protestantismo teve de estabelecer-se na ponta da espada, foi o Calvinismo que prosperou”.

O Cântico da Liberdade Vira Realidade, com o Calvinismo


Traga à memória que esta mudança na História do mundo não poderia ter sido realizada exceto pelo implante de outro princípio no coração humano, e pela descoberta de outro mundo de pensamento para a mente humana; que somente pelo Calvinismo o salmo de liberdade encontrou seu caminho da consciência perturbada para os lábios; que ele tem conquistado e garantido para nós nossos direitos civis constitucionais; e que, simultaneamente a isto, saiu da Europa Ocidental aquele poderoso movimento que promoveu o reavivamento da ciência e da arte, abriu novas avenidas para o comércio e negócios, embelezou a vida doméstica e social, exaltou a classe média a posições de honra, produziu filantropia em abundância, e mais do que tudo isto, elevou, purificou e enobreceu a vida moral pela seriedade puritana; e então julguem por si mesmos se expulsarão ainda mais este Deus dado pelo Calvinismo aos arquivos da História, e se é apenas um sonho imaginar que ele ainda tenha uma bênção para trazer e uma esperança brilhante para desvendar para o futuro.



O Calvinismo Ocupa por Direito o Ponto Central do Desenvolvimento Humano


Portanto, como fenômeno central no desenvolvimento da humanidade, o Calvinismo não está apenas habilitado a uma posição de honra ao lado das formas paganista, islâmica e romanista, visto que como estes ele representa um princípio peculiar dominando o todo da vida, mas também satisfaz cada condição requerida para o avanço do desenvolvimento humano a um estágio superior. E isto permaneceria ainda uma simples possibilidade sem qualquer realidade correspondente, se a História não testificasse que o Calvinismo tem realmente induzido o rio da vida humana a fluir em outro canal, e tem enobrecido a vida social das nações. E portanto, encerrando, eu afirmo que o Calvinismo não somente sustenta estas possibilidades, mas também tem compreendido como realizá-las.

miguel silva