sábado, 7 de julho de 2012

Deus requer que eu dê o dízimo de tudo quanto ganho?



por

John F. MacArthur Jr.
Questão
Deus requer que eu dê o dízimo de tudo quanto ganho?

Resposta

Dois tipos de dar são ensinados consistentemente durante toda a Escritura: dar para o governo (sempre compulsório) e dar para Deus (sempre voluntário).
O assunto tem sido grandemente confundido, todavia, por alguns que entendem mal a natureza dos dízimos do Velho Testamento. Os dízimos não eram primariamente ofertas a Deus, mas taxas para suprir o orçamento nacional em Israel.
Porque Israel era uma teocracia, os sacerdotes Levíticos atuavam como um governo civil. Assim, o dízimo Levítico (Levítico 27:30-33) foi um percussor do imposto de renda de hoje, visto que era um segundo dízimo anual requerido por Deus para suprir uma festa nacional (Deuteronômio 14:22-29). Taxas menores foram também impostas ao povo pela lei (Levítico 19:9-10; Êxodo 23:10-11). Assim, a doação total requerida dos Israelitas não era 10 por cento, mas mais do que 20 por cento. Todo esse dinheiro era usado para colocar a nação em funcionamento.
Toda doação aparte daquela que era requerida para colocar o governo em funcionamento, era puramente voluntária (cf. Êxodo 25:2; 1 Crônicas 29:9). Cada pessoa dava conforme o que estava em seu coração; nenhuma percentagem ou quantia era especificada.
Os crentes do Novo Testamento nunca são ordenados a dizimar. Mateus 22:15-22 e Romanos 13:1-7 nos contam sobre a única doação que é requerida na era da igreja, que é o pagamento de impostos para o governo. Interessantemente, nós na América, atualmente pagamos entre 20 e 30 por cento de nossos rendimentos para o governo - uma figura muito similar ao requerimento sob a teocracia de Israel.
A linha de direção para a nossa doação para Deus e Sua obra é encontrada em 2 Coríntios 9:6-7: “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”.



Traduzido por: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 25 de Fevereiro de 2003.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Teólogo publica monografia contestando doutrina do dízimo e disponibiliza estudo para download.



As doutrinas cristãs que ensinam a respeito do dízimo e ofertas às igrejas, para o sustento das denominações e seus colaboradores, são constantemente alvo de críticas e polêmicas.
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Dentre as maiores polêmicas em torno da doação de ofertas à igreja, está a doutrina chamada de “teologia da prosperidade”, que enfatiza o enriquecimento do cristão proporcionalmente à sua contribuição.
Sobre o dízimo, há quem diga que as passagens bíblicas que falam sobre a entrega de 10% à obra no Velho Testamento ainda valem para o Novo Testamento, e há quem discorde, afirmando que a partir de Cristo, a Lei foi derrubada, e que os critérios são outros, em todos os aspectos, incluindo a doutrina do dízimo.
O teólogo João Bosco Costa Vieira publicou sua monografia, com um estudo detalhado sobre o dízimo, abordando as passagens bíblicas a respeito do tema no Velho e no Novo Testamento, e situando cada uma das menções ao dízimo em seu contexto.Vieira ressalta que após a morte e ressurreição de Cristo foi estabelecida a Nova Aliança, e que os ensinos e doutrinas válidos para a prática da fé cristã estão inseridos a partir do livro de Atos dos Apóstolos, pois os Evangelhos contam a história de vida e ministério de Jesus, ainda sob a lei.
Bacharel em teologia pelo Instituto de Formação e Educação Teológica (IFETE), Vieira comenta que tem apresentado seu trabalho acadêmico a pastores, pedindo avaliação, mas não tem obtido respostas: “Não encontrei até hoje nenhum pastor que tenha refutado o conteúdo da obra. Após a leitura do trabalho os pastores evitam falar sobre o mesmo. Nenhum obreiro até hoje fez qualquer comentário contrário sobre o conteúdo”, relata o teólogo.
Segundo Vieira, a contestação de seu trabalho se torna difícil pelo embasamento que o trabalho recebeu em sua construção: “Um pastor próximo começou a comentar logo no início da leitura, como o expliquei que seria salutar conversarmos apenas quando o mesmo lesse todo o conteúdo, ele não mais tocou no assunto. Creio que o texto, pela misericórdia de Deus e não por mérito meu, não deixa espaço para conflitos, pois o mesmo é muito claro, de fácil compreensão e bem fundamentado na Bíblia. Os comentários objetivos de ótimos autores e de pastores respeitados por toda comunidade cristã complementam e facilitam o entendimento do leitor”.
O teólogo João Bosco Costa Vieira disponibilizou sua monografia, após cumprimento de trâmites ligados à instituição de ensino, para download gratuito neste      link.
Assista no vídeo abaixo, uma introdução ao tema, gravada pelo teólogo João Bosco Costa Vieira:

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Obra Literária de Calvino por Alderi Souza de Matos



Um dos maiores legados de João Calvino ao movimento reformado e ao mundo foi a sua extraordinária produção literária. As obras do reformador de Genebra impressionam não somente pelo seu volume, mas por sua qualidade e erudição, notadamente nos campos da teologia e da interpretação bíblica. A totalidade dos escritos de Calvino preenche nada menos que 59 grossos volumes da coleção conhecida como Corpus Reformatorum . Os frutos dessa reflexão encontram-se em seis categorias de escritos.
(a) As Institutas: Calvino produziu ao todo oito edições de sua obra magna em latim e cinco traduções para o francês. A primeira edição (1536) tinha apenas seis capítulos e a última (1559) totalizou oitenta. Essa edição equivale em tamanho ao Antigo Testamento somado aos evangelhos sinóticos e segue o padrão geral do Credo dos Apóstolos, tendo como objetivo ser um guia para o estudo das Escrituras. É composta de quatro livros: I – O conhecimento de Deus, o Criador; II – O Conhecimento de Deus, o Redentor; III – A maneira como recebemos a graça de Cristo; IV – Os meios externos pelos quais Deus nos convida para a sociedade de Cristo.
(b) Comentários bíblicos: os comentários de Calvino são um importante complemento das Institutas. Ele escreveu comentários sobre todos os livros do Novo Testamento (exceto 2 e 3 João e Apocalipse), bem como sobre o Pentateuco, Josué, Salmos e Isaías. Além disso, foram preservadas as suas preleções sobre todos os profetas.
(c) Sermões: em suas pregações, Calvino fazia a exposição sistemática dos livros da Bíblia. Ele costumava pregar sobre o Novo Testamento aos domingos e sobre o Antigo Testamento durante a semana. Seus sermões eram anotados taquigraficamente por um grupo de leais refugiados franceses. A série Corpus Reformatorum contém 872 sermões do reformador.
(d) Opúsculos e tratados: Calvino escreveu muitas obras de natureza apologética ao polemizar com católicos, anabatistas, libertinos e outros grupos. Alguns exemplos são a Resposta ao Cardeal Sadoleto, reações ao Concílio de Trento e a questão das relíquias. Outros escritos seus tratam de temas como a Ceia do Senhor, a doutrina da trindade, a predestinação e o livre arbítrio.
(e) Escritos eclesiásticos: o reformador também produziu muitos textos voltados para diferentes aspectos e necessidades da vida da igreja (escritos catequéticos, confessionais, litúrgicos e outros). Dentre eles se destacam: Instrução e Confissão de Fé, Ordenanças Eclesiásticas, Catecismo da Igreja de Genebra, Saltério de Genebra, Forma das Orações e Cânticos Eclesiásticos e Confissão Galicana.
(f) Cartas: finalmente, Calvino produziu uma volumosa correspondência dirigida a outros reformadores, governantes de diferentes países, igrejas perseguidas, crentes encarcerados, pastores e colportores.
Um autor observa que o reformador de Genebra escreveu mais num espaço de trinta anos do que uma pessoa pode estudar e digerir adequadamente durante toda uma vida. Seus escritos nos mostram o teólogo, o exegeta, o polemista, o pastor e, acima de tudo, o cristão preocupado em glorificar a Deus e honrar a sua Palavra. Esse esforço contribuiu para a difusão do movimento reformado por quase toda a Europa.



O Rev. Alderi Souza de Matos é historiador oficial da IPB.
Fonte:
Jornal Brasil Presbiteriano

1º Semana Calvinista: confira sermões inéditos de Ryle, Spurgeon e Calvino sobre a Doutrina da Eleição

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