sexta-feira, 22 de abril de 2011

É Bom que o Homem Não Toque em Mulher (I Cor. 7:1)

Uma abordagem em I Coríntios 7. Apreciarei seu comentário sobre o tema em:



É Bom que o Homem Não Toque em Mulher (I Cor. 7:1)http://www.bibliacomisso.blogspot.com


Esse é o texto que eu estava devendo para vocês! Pois bem. Tentarei discorrer em todo capítulo em poucas palavras. Ajudará na sua compreensão se você estiver com a Bíblia aberta ao seu lado em I Coríntios 7.

Paulo começa o texto respondendo algumas perguntas que lhe foram feitas por carta dos Coríntios para ele (v. 1), e afirma então que é bom que o homem não toque em mulher. Não sabemos quais foram as perguntas dos Coríntios a Paulo, mas sabemos que haveria um problema hermenêutico muito sério se Paulo estivesse falando sob qualquer situação, pois Deus disse antes mesmo da queda que não é bom que o homem esteja só (Gênesis 2:18); mas graças a Deus o próprio Paulo se explica dizendo que havia algo específico na sua mente para ele declarar aquilo: por causa da angustiosa situação presente(Note o contexto em Vv. 25-29). Tratava-se de um momento específico e único na história.

Que momento era esse? Precisamos entender que Paulo tem em mente o sermão profético de Jesus ao escrever essa carta. Quando Jesus declara ali: ai das grávidas e das que amamentam naqueles dias (Mateus 24:19) na espera do cerco e conseqüente destruição de Jerusalém, Paulo entende corretamente que as perseguições daqueles dias seriam sentidas mesmo bem distante da cidade, como, no caso, Corinto. Então as palavras de Paulo eram de preservação para a possível fuga que aconteceria naquele tempo, ou naquela geração (Mateus 24:34; note ainda em I Co. 7 os versos 28, 36,37).

Mesmo assim, ele deixa claro que aquele não é um mandamento, mas uma sugestão (veja os versos 9, 25, 28, 36, 40), mostrando que não haveria nenhuma contradição. Os versos 2 a 9 ensinam isso de uma maneira muito especial, afirmando, inclusive, que o casal casado deveria praticar muito sexo para que Satanás não tente por causa da incontinência (v. 5).

Nos versos seguintes (10 a 24) precisamos entender bem o contexto da Igreja de Corinto. Como uma Igreja recém plantada por Paulo, muitos homens e mulheres de Corinto foram convertidos ao Senhor sendo já casados. É desses casos que Paulo está tratando aqui. Mas vejam que argumentos sérios ele trás.

Paulo ensina em vários lugares (e Jesus também) que o casamento é indissolúvel (Mateus 19:6, Romanos 7:2), e é isso que ele afirma aqui nos versos 10 e 11: A mulher não se separe do marido... e que o marido não se aparte da mulher. Mas note também que existe uma coisa tão séria que pode haver a possibilidade de separação, mas não de novo casamento: (se porém vier a separar-se, que não se case ou se reconcilie com o seu marido).

Mas o que poderia ser tão grave que algo indissolúvel poderia ser quebrado? A desigualdade do jugo entre o casal! Não é demais repetir que essa desigualdade veio pela porta da conversão e não do casamento. Mas como o casamento é uma coisa séria, indissolúvel e santa, mesmo no jugo desigual, ainda se deve tentar manter o casamento (Vv. 12-14), mas se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã(V. 15).

Por um lado vemos a gravidade do jugo desigual (ele aprofunda ainda mais esse assunto em II Coríntios 6:14-7:1) a tal ponto de ser outro assunto, além da relação sexual ilícita (Mateus 19:9) que permite o divórcio.

Por outro lado, Paulo mostra a gravidade ainda maior do casamento, pois mesmo quando se divorcia ou aparta por causa do jugo desigual, o crente terá que viver sem relacionamento, nem mesmo no Senhor, a não ser na morte da outra parte.

Veja se não é isso que ensina o V. 39: A mulher está ligada enquanto vive o marido (mesmo depois do divórcio permitido) contudo, morrendo o marido fica livre para casar com quem quiser, (e como se trata de um crente agora) mas somente no Senhor. (Cf. Romanos 7:2-4).

Irmãos(ãs) e filhos(as), saibam que esse assunto é muito duro e que é preciso muito amor para falar abertamente sobre ele, pois a maioria tentará correr atrás de subterfúgios para se esconder da verdade. Isso não é de hoje. Quando os discípulos ouviam Jesus falando sobre esses assuntos, eles disparavam: se essa é a condição do homem em relação à sua mulher, não convém casar (Mateus 19:10).

Mas Jesus ama o casamento. Ele começou a história da humanidade afirmando não ser bom para um homem estar só. Ele termina a Revelação numa linda festa de casamento entre ele e sua amada Igreja. Ele inicia seus milagres numa festa de casamento. Ele retrata seu relacionamento com a Igreja dessa forma. Sua Palavra afirma que digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula (Hebreus 13:4). Sendo assim, continua a minha luta para que os jovens e adolescentes dessa geração aprendam com os erros de seus pais para cometerem os mesmos.

No amor do Senhor,

Pr. Samuel Vitalino