sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A era dos megatemplos



Mais uma vez, a mídia evangélica – e a não evangélica também – é invadida com polêmicas do mundo gospel: construção de megatemplos, líderes se autopromovendo e se autointitulando pastores, bispos, apóstolos e, agora, patriarca.

Estamos em uma era de grandezas, de egos enaltecidos, do evangelho agigantalhado, que promete vida com abundância – não espiritual, mas material – de enaltecimento do povo de Deus, como cabeça e não cauda. E a agilidade com que esses conceitos são formadas, criados, montados e difundidos passa, muitas vezes, despercebidas no turbilhão de informações que recebemos no dia a dia. Não temos tempo de pensar no perigo que o engradecimento de pessoas e coisas nos afastam da simplicidade do evangelho. Perigo não para a vida, mas para a eternidade. Perigo para a alma e para o relacionamento que o cristão deve buscar com Deus.

Não existe nada de mal em uma igreja querer dar conforto ao membro que assiste ao culto. Não é pecado, mas pode ser um exagero megalômano, se pensarmos que “o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens”(At.7:48) e que o próprio João Batista, último profeta a propagar a vinda do Messias e vê-lo face a face, delcarou: “é necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo.3:30).

A última edição de 2010 de Eclésia traz em seu conteúdo matérias que nos fazem pensar sobre isso. Até onde o ‘ide e fazer discípulos’ está sendo levado a sério como um dos últimos mandamentos de Jesus na Terra? E como queremos chegar em 2020, ano que, segundo pesquisas, o evangélico será maioria no Brasil? Com templos cheios, ou cheios do Espírito de Deus?

Isso e muito mais você encontra nessa edição da Revista Eclésia

Boa leitura

Regina de Oliveira Editora