terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Natal: incoerência ou coerência?



As Escrituras não ordena especificamente que os crentes celebrem o Natal — não há “Dias Sagrados” pré-escritos que a igreja deva celebrar. De fato, o Natal não era observado como uma festividade até muito tempo após o período dos apóstolos. Só após o século V que o Natal recebeu algum reconhecimento oficial.



Nós cremos que o celebrar o Natal não é uma questão de certo ou errado, visto que Romanos 14:5-6 nos fornece a liberdade para decidirmos se observaremos ou não dias especiais. “ Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus” (Romanos 14: 5-6). De acordo com esses versos, um cristão pode legitimamente separar qualquer dia, incluindo o Natal, como um dia para o Senhor. A liberdade cristã nos fornece escolhas de dias que acreditamos ser importantes de serem lembrados, ainda que esses dias não sejam reconhecido biblicamente.

Por exemplo, Jesus participou dos festejos de datas judaicas que não tinham origem bíblica – a festa da dedicação (Chanucá). Essa era uma data religiosa de origem extra-bíblica, contudo, nosso Senhor não achava errado observá-la.

O apóstolo Paulo foi muito enfático a esse respeito. Esse campeão da liberdade cristã chegou a dizer, de fato, que observar tais práticas era uma parte auxiliar, se não necessária, de seu ministério! Sempre que possível, ele cumpria com os costumes e tradições da comunidade na qual ministrava (1Co 9.19-23). Tais tradições, que não trazem em si nem o bem nem o mal, são perfeitamente permissíveis e até mesmo auxiliares no testemunho cristão.

Não é que eu queira ser negativo, Mas é um pouco perturbador ver cristãos bem intencionados criar problemas onde não existe nenhum. Eles fazem o Cristianismo parecer um sistema legalista de “não toques!” (Cl 2.21). O resultado de tudo isso é um abandono em massa de pessoas que não suportam essa postura radicalista assumida pela igreja. E o que me deixa mais impressionado é que esses reformados de “esquerda”, que baseiam sua posição dizendo que A festa Natalina não tem origem bíblica e que fere o princípio regulador do culto, são os mesmos que comemoram o Reveillon. O que eles não sabem é que o Reveillon é uma festa de origem pagã como o Natal. A comemoração teve origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e a outra para trás.

Os reformados de esquerda critica os cristãos que comemoram o Natal, mas eles caem no mesmo erro quando comemoram e dão importância ao Reveillon. Quando eles tem o ritual de comprar roupas novas, fazer comidas tradicionais da festa, solta fogos e desejam boa sorte para o ano seguinte. Será que isso não é uma forma de comemoração? A Isso podemos chama de “incoerência dos que são coerentes”.

Algumas razões para celebrarmos o natal

Cremos que o Natal proporciona aos crentes uma grande oportunidade para exaltar Jesus Cristo. A temporada de Natal nos lembra das grandes verdades da Encarnação, Recorda as verdades importantes sobre Cristo e o evangelho. O Natal também pode ser um tempo para adoração reverente. As pessoas tendem a serem mais abertas ao evangelho durante as festividades de Natal. Devemos aproveitar desta abertura para testemunhar a eles da graça salvadora de Deus - O Natal é pedagógico. Nossos olhos precisam estar abertos e nossos ouvidos atentos ao que Deus quer nos ensinar através do nascimento, vida e morte de Jesus.

“...O Natal não é uma espécie de mito, mas um evento na história, um evento que tem ramificações incríveis para o futuro... O nascimento de Cristo foi um acontecimento histórico real. Foi um evento com uma mensagem que tem raízes no passado, relevantes no presente e é vital para o nosso futuro” (M.Lloyd Jones).

Agora que escrevi tudo isso, tomarei em paz o meu vinho e comerei o meu peru de Natal.

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO.



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miguel silva

domingo, 19 de dezembro de 2010

O Que Dizer da Árvore de Natal?



Árvores verdes eram freqüentemente usadas nos antigos festivais religiosos egípcios e romanos, mas a árvore de Natal é uma tradição relativamente recente. Somente após o século XVI a prática se tornou comum. Um antigo drama medieval, que ocorria na preparação para o Natal, descrevia um pinheiro coberto com maças numa história, concluindo com a promessa do retorno de Cristo.

É creditada a Martinho Lutero a primeira árvore iluminada. A tradição diz que ele tinha visto estrelas brilhantes cintilando através dos ramos de um pinheiro, numa certa noite, quando voltava para casa. Ele cortou uma pequena árvore e colocou velas acessas em seus ramos para imitar o pinheiro que havia visto. Isto se tornou um ornamento permanente em suas celebrações de Natal.Conseqüentemente, a prática penetrou lentamente nas celebrações de outros, e hoje, certamente, é uma sólida tradição.

por :Fred G. Zaspel