quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Olavo de Carvalho fala sobre Religião e Sociedades Secretas lado (A-B)


Neste sexto bate-papo (lado A) com o escritor Yuri Vieira, o filósofo Olavo de Carvalho discorre sobre os seguintes temas: Islã, Frithjof Schuon, religião comparada, judaísmo/hinduísmo/budismo, Conceito de religião, revelação e doutrina, Cristianismo, o indiví­duo, fé e crença, a filosofia perene


Olavo de Carvalho fala sobre Religião - lado B

Neste "lado B", Olavo discorre sobre os seguintes tópicos: pensamento epidérmico e pensamento profundo; diferença entre Deus e Alá; fraternidade; a conversão acentuadamente "civil" islâmica e a conversão estritamente espiritual cristã; o Verbo Divino; Fé e confiança; a conversão não é ...

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Charles H. Spurgeon 's Biblioteca Pessoal




foto original;

uma biblioteca privada do Rev. Charles Haddon Spurgeon de livros do século 16, 17 e 18. A coleção tem sido citado como sendo de valor superior a 100.000 dólares e, possivelmente, vale muito mais que isso. em Westwood, casa de sua família, continha mais de 12.000 volumes. A maioria destas foram adquiridas por um doador que deu a Biblioteca no Curry William Jewell College (perto de Kansas City).Livros, móveis, e todos foram para lá, onde residia em um quarto que era uma réplica do estudo pessoal de Spurgeon . O Pregador Não se limitou a leitura de Assuntos Teológicos. Seus Interesses eram tão amplo quanto o próprio mundo. Ele tinha livros sobre uma variedade de temas - as abelhas, diamantes, espécies de plantas, gigantes e anões, curiosidades, cachoeiras, arquitetura e arqueologia.Existem livros sobre piadas, anedotas, Composição e retórica. Livros de religião da geologia, pedras preciosas e Fairy Mitologia e Mistério Dreames. Ele estudou muitos tipos de Bíblias, poemas devocionais, livros sobre a oração, a história, os estilos de mulheres, profecia, filosofia, viagens, biografia, sociologia, educação, jardinagem, insetos, pássaros, música, arte, ciência e pregaçãoEntre os autores estão asso T Omer H, ORACE H, GoeThe, Shakespeare, CottS,ickens D, T ennyson rving I, Longfellow e muitos outros. Ele teve a autobiografia do Grand e Uma Noites com o Tio Remus.Quando o Dr. R ROWN B fez uma pesquisa para sua dissertação de médico na Coleção Spurgeon, descobriu cerca de 200 livros e hinários incluindo muito hinàrio raro.muitos livros forrado, Eles duram mais do que os livros de hoje impressas em papel feito de polpa de madeira.veja aqui,The Spurgeon Archive Uma lista completa dos puritanos obras da Colecção Spurgeon Um retrato da Biblioteca Spurgeon.

miguel silva

sábado, 9 de janeiro de 2010

Olavo de Carvalho A lei da mordaça gay


Talkshow do filósofo Olavo de Carvalho , fala sobre a lei da mordaça gay vs. a liberdade de consciência Duração: 09:02

miguel silva

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Arredondando os quadrados

Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 8 de janeiro de 2010


Dentre as inumeráveis regras que governam a estupidez humana, estas duas, opostas e complementares, são de especial importância para elucidar a conduta de intelectuais, políticos e formadores de opinião em geral:

Regra no. 1: Se um sujeito está persuadido de que os quadrados são redondos, ele fará todo o possível para arredondá-los.

Regra no. 2: Se o mesmo indivíduo ou outro parecido tem algum interesse em arredondar os quadrados, ele jurará que eles são redondos por natureza.

O pragmatismo, uma modalidade especialmente elegante de estupidez, fundiu essas regras numa só e as erigiu em princípio fundamental do conhecimento: os conceitos das coisas não dizem o que elas são, mas o que planejamos fazer com elas.

Para justificar a afirmativa, que soava um tanto paradoxal e interesseira à primeira audição, essa mimosa escola filosófica argumentou que o pensamento é ação, que portanto pensar numa coisa já é fazer algo com ela. Todos os atos cognitivos tornavam-se assim uma forma de manipulação da realidade, o que resultava em suprimir toda possibilidade de conhecimento teorético e afirmar resolutamente que só existe conhecimento prático.

Enquanto na América Charles Peirce, William James e Josiah Royce se compraziam nessas reflexões tão agradáveis aos homens de indústria, para os quais tudo o que existe não passa de matéria-prima para a produção de outra coisa que também não existirá senão como projeção do que os consumidores pretendam fazer com ela, do outro lado do oceano um cidadão que odiava homens de indústria vinha inventando umas idéias bem parecidas.

Para Karl Marx, uma ciência que pretenda descrever o mundo como ele é não passa de uma ilusão burguesa, nascida da divisão do trabalho. Como os burgueses ficam no escritório ou em casa, sem sujar suas mãozinhas na luta direta com a matéria industrial, eles imaginam que há uma diferença entre conhecimento teórico e prático. Mas os proletários, que pegam no pesado para executar os planos dos burgueses, sabem que seus esforços de todos os dias são a materialização viva das idéias burguesas, as quais portanto não têm nenhuma existência em si mesmas e são apenas planos malignos de obrigar o proletariado a fazer isso ou aquilo. A verdadeira ciência, concluía Marx, não consiste em conhecer a realidade, mas em transformá-la. Os burgueses já praticavam essa ciência, mas não podiam confessar que faziam isso: para preservar sua auto-imagem de pessoas decentes enquanto sugavam o sangue dos proletários, tinham de se enganar a si mesmos imaginando que sua concepção do mundo era pura contemplação teorética, alheia a interesses menores. Daí o culto burguês da "ciência" como uma espécie de religião leiga, personificada no clero universitário que, da Idade das Luzes em diante, sobrepunha sua autoridade à dos padres e bispos medievais.

Não demorou muito para que essas duas correntes de idéias análogas, vindas de continentes distantes, se fundissem numa cabeça especialmente imaginativa, a do filósofo italiano Antonio Labriola, segundo o qual o marxismo é uma espécie de pragmatismo e vice-versa. Labriola repassou essa descoberta a seu discípulo Antonio Gramsci, que a transformou numa genial estratégia de propaganda revolucionária: já que as coisas não são nada em si mesmas, elas podem ser o que o Partido determine que elas sejam. Conseqüentemente, não existe conhecimento da verdade, mas "construção coletiva" da única realidade verdadeira: a conquista do poder, a glória final do partido revolucionário.

As idéias de Gramsci penetraram tão profundamente na alma do esquerdismo universal, que até o militante mais sonso, incapaz de atinar com qualquer sutileza, acaba se deixando conduzir por elas na prática, por uma espécie de mimetismo inconsciente. É com uma total naturalidade que essas pessoas falam a toda hora em "construção da verdade" e "construção da memória", sem ter a mínima suspeita de que esses giros de linguagem implicam de fato a negação de toda verdade objetiva, o intuito de transformar os fatos em vez de conhecê-los.

Num trabalho publicado em 2002, defendendo a criação de "centros de memória empresarial", a historiadora Marieta de Moraes Ferreira, com aquela candura tocante, declarava que o objetivo dessas entidades era "acompanhar o trabalho permanente de construção da memória ao selecionar o que deve ser valorizado e o que deve ser esquecido" (“História, tempo presente e História Oral”. Topoi – Revista de História, Rio, dezembro 2002, p. 314-332).

Em 2007, no I Congresso de Ex-Presos e Perseguidos Políticos, falando em favor daquilo que viria a ser a malfadada "Comissão da Verdade", o promotor Marlon Weichert advogava bravamente a “construção da verdade, através da abertura dos arquivos". Quando a proposta tomou forma, tornando-se evidente aos olhos de todos que se tratava de investigar metade dos crimes e abafar a outra metade, ninguém se lembrou de observar que a seletividade deformante não era uma distorção da idéia original, mas a sua realização literal e exata, perfeitamente coerente com as doutrinas de Labriola e Gramsci. Não por coincidência, o mesmo evento no qual o promotor apresentou sua proposta encerrou-se com uma comovida homenagem aos assassinos Pedro Lobo e Carlos Lamarca, este último o nobre detentor do mérito de haver esmigalhado a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado.

Mas não foi só nos meios mais obviamente militantes que o espírito do marxismo pragmatista deixou suas marcas. Nas faculdades de letras, a crença de que os textos não têm nenhum significado em si mesmos, de que cada leitor "constrói sua leitura" conforme bem entenda, tornou-se uma cláusula pétrea dos estudos literários. Se o aluno protesta contra alguma interpretação cretina, alegando "Não foi isso o que o autor quis dizer", tem um zero garantido. Os autores não dizem nada, meu filho: você é que "constrói" as obras deles. Em educação infantil, a longa hegemonia das doutrinas "construtivistas" de Jean Piaget, Emilia Ferrero, Paulo Freire e tutti quanti consagrou a estupidificação geral da meninada como uma grande realização pedagógica: não se espante quando seu filho voltar da escola seguro de que o teorema de Pitágoras é uma imposição cultural arbitrária, de que Jesus Cristo era gay ou de que existem campos de concentração em Israel. Afinal, a realidade é pura construção.

As premissas do marxismo-pragmatismo são tolices sem sentido. Se uma coisa não é nada em si mesma, como poderíamos transformá-la em outra? Se os conceitos nada dizem sobre a realidade, também não podem dizer nada sobre o nosso conhecimento da realidade, o qual é também uma realidade. Se nossa apreensão das coisas não nos dá o conhecimento do que elas são, mas só do que planejamos fazer com elas, como poderíamos conhecer nosso próprio plano se não inventando algum outro plano a respeito dele, e outro, e outro mais, e assim por diante até o infinito. Como outras tantas modas intelectuais, o marxismo-pragmatismo é uma técnica de preencher o vazio com o vácuo.

Mas, quando uma doutrina idiota se impregna em toda uma cultura como essa se impregnou na cultura contemporânea, a própria idiotice se torna premissa fundante de inumeráveis argumentos em circulação, investida de força probatória automática, e toda resistência que se lhe ofereça toma ares de heterodoxia extravagante e abominável.

miguel silva


sábado, 2 de janeiro de 2010

Dons Pentecostais


Como eu disse anteriormente, o pentecostalismo não há história nem bons teólogos. Eles acusam-nos de serem frios e de não termos o Espírito Santo. Acusa-nos de defendermos heresia ao dizermos que os dons cessaram. Por isso eu resolvi colocar algumas citações de vários influentes pregadores e teólogos Calvinistas, que falam sobre desaparecimento dos dons milagrosos da era apostólica. Será que todo esse que vou citar está errado? Apenas há 100 anos atrás a verdade foi descoberta pelos hereges dos pentecostais?

Isso que eles falam é muito importante. Vejam, e deixe a vossa opinião.

1. João Crisóstomo (347-407 d.C.)

“Este lugar está completamente obscuro. A obscuridade provém de nossa ignorância dos actos referidos e por sua cessação, sendo que esse então ocorriam, mas agora não mais acontecem”.
Fonte: Homilias sobre a 1ª aos corintios, vol XII, os pais niceno e pós niceno. Hom 29:2.

2. Agostinho (354-430 d.C.)

“No período primitivo, o Espírito Santo caiu sobre quem cria e falava em línguas que jamais havia aprendido. O Espírito concedia-lhes que falassem, e estes eram sinais adaptados a época, pois precisava haver aquela evidência do Espírito Santo em todas as línguas, e mostrar que o evangelho de Deus havia de correr através de todas as línguas sobre a terra. Aquele facto foi feito com evidência e passou”.

Fonte: Dez homilias sobre 1ª epístola de João, vol. VII. Os pais nicenos/pós niceno, VI. 10.

3. João Calvino (1597)

“Pois não há demonstração em nossos olhos de todas aquelas virtudes e dos demais milagres que eram operados pelas mãos dos apóstolos; e a razão é que estes dons eram temporais”.

Fonte: As Institutas da Religião Cristã, Vol.2, pg. 1154

4. Thomas Watson (1660)

“Com plena certeza, há tanta necessidade de ordenação hoje, como nos tempos de Cristo e dos apóstolos; naquele tempo havia dons extraordinários nas igrejas que agora cessaram”.

Fonte: As bem-aventuranças, 14.

5. John Owem (1679)

"Os dons que em sua natureza excedem a plenitude do poder de todas as nossas faculdades, essa dispensação cessou e onde quer que alguém hoje tenha pretensão ao mesmo, tal pretensão justamente pode ser suspeita como engano farsante".

Fonte: Obras, IV, 518.

6. Matthew Henry (1712)

"O dom de línguas foi o novo produto do espírito de profecia e era concedido por uma razão particular, para que as oportunidades judia sendo removidas, todas as nações puderam ser incluídas na igreja. Estes e outros dons de profecia sendo um sinal há muito tempo cessado e foram postos de lado e não temos motivo algum para esperar reavive-los, ao contrário se nos manda chamar a Escritura a palavra profética mais segura que vozes do céu, e ela que nos exortam a estar atentos a esquadrinhá-la e retê-las" - 2ª Pedro 1.19.

Fonte: Prefácio ao vol IV de sua exposição do AT e NT VII.

7. Jonathan Edwards (1738)

"Dos dons extraordinários foram dados para por fundamento e estabelecer a igreja no mundo. Mas assim que o Cânon da Escritura ficou completo, e a igreja plenamente fundada e estabelecida, estes dons extraordinários cessaram".

Fonte: A caridade e seus frutos, 29.

8. George Whitefield (1825)

a. Devido ao seu frequente testemunho sobre a Pessoa e poder do Espírito, foi acusado de entusiasta por parte de alguns líderes eclesiásticos que falaram que ele tinha revivido os dons apostólicos. Esta crença foi negada firmemente por Whitefield que disse que nunca pretendeu ter estas operações extraordinárias de operar milagres ou de falar em línguas. b. Ele culpa o bispo e clero de Lichfield e Coventry por não distinguir a obra ordinária e extraordinária do Espírito e por considerarem que ambas haviam cessado. Dizia que a habitação interior do Espírito, seu testemunho interno, a pregação e a oração pelo Espírito, estava entre os dons carismáticos, os dons milagrosos conferidos a igreja primitiva e os quais a muito tempo deixaram de ser. c. Os amigos de Whitefield também o defenderam contra a mesma acusação. José Smith, pastor congregacional da Carolina do Sul, escreveu sobre o evangelista inglês: "ele renunciou a toda pretensão de possuir os extraordinários poderes e sinais dos apóstolos, peculiares a era da inspiração e que desapareceram com eles".

Fonte: Resposta ao bispo de Londres, Obras IV, 9. Segunda carta ao bispo de Londres, Obras IV, 167. Em prefácio aos sermões sobre assuntos importantes, George Whitefield, 1825, XXV.

9. James Buchanan (1843)

"Os dons milagrosos do Espírito há muito que foram retirados. Foram usados para cumprir um propósito temporal, como um andaime que Deus usou para construção do templo espiritual. Quando o andaime não teve mais necessidade foi removido, mas o templo permanece em pé e é habitado pelo Espírito de Deus - 1 Co 3.16".

Fonte: O oficio e obra do Espírito Santo, 34.

10. Charles Haddon Spurgeon (1871)

a. Em uma quantidade de sermões testifica este mesmo ponto de vista. "Os apóstolos pregavam e foram homens escolhidos como testemunhas, porque pessoalmente havia visto o Salvador, um ofício que necessariamente desaparece apropriadamente, porque o poder milagroso também se retira". b. Não podemos esperar nem necessitamos desejar os milagres que acompanharam o dom do Espírito. As obras do Espírito que hoje são concedidos a igreja de Deus são em todo sentido tão valiosos como aqueles dons milagrosos anteriores que desapareceu da nossa presença. A obra do Espírito Santo mediante o qual os homens recebem vida de sua morte em pecado, não é inferior ao poder que capacitou os homens a falar em línguas".

Fonte: O Púlpito do Tabernáculo Metropolitano, 1871, Vol. 17, 178. O Púlpito do Tabernáculo Metropolitano, 1881, Vol. 27, 521. O Púlpito do Tabernáculo Metropolitano, 1884, Vol. 30, 386 ss.

11. Roberto L. Dabney (1876)

"Logo que a igreja primitiva foi estabelecida não existia a mesma necessidade de sinais sobrenaturais, e Deus o extinguiu. Desde então, a igreja tenta conquistar a fé do mundo mediante o exemplo e ensinamento somente, vigorizada pela iluminação do Espírito Santo".

Fonte: A pregação, um erro, Discussões Evangélicas e Teológicas, Vol. 2, 236-237.

12. George Smeaton (1882)

"Os dons sobrenaturais extraordinários foram temporais e haviam de desaparecer quando a igreja estivesse fundada e o Cânon inspirado da Escritura concluído; porque eles foram uma prova externa de uma inspiração interna".

Fonte: A doutrina do Espírito Santo, 51.

13. Abraham Kuyer (1888)

"Muitos dos dons carismáticos concedidos a igreja apostólica não são de utilidade para a igreja de hoje".

Fonte: A obra do Espírito Santo, 182, ed. ingl. 1900.

14. W.G.T. Shedd (1888)

"Os sobrenaturais dons de inspiração e milagres que possuíram os apóstolos não foram continuados para seus sucessores ministeriais, posto que não era necessário. Todas as doutrinas do cristianismo haviam sido reveladas aos apóstolos e tinham sido entregues a igreja de forma escrita. Não havia mais necessidade de posterior inspiração infalível. E as credenciais e autoridade dadas aos primeiros pregadores do cristianismo em atos milagrosos não requerem repetição continua de uma era a outra. Uma era de milagres devidamente autenticada é suficiente para estabelecer a origem divina do evangelho".

Fonte: Teologia Dogmática, Vol II, 369.

15. Benjamin B. Warfield (1918)

"Estes dons foram autenticação dos apóstolos, constituem em parte as credenciais dos apóstolos em sua qualidade de agentes autorizados de Deus na colocação do fundamento da igreja. Sua função limitou a igreja apostólica, de maneira distintiva e necessariamente desapareceu com ela".
Fonte: Milagres falsos, 6.

16. Arthur W. Pink (1970)

"Assim como houve muitos ofícios extraordinários (apóstolos e profetas) no começo da era cristã e, também muitos dons extraordinários, como não houve sucessores designados, os dons cessaram porque dependiam dos ofícios. Não teremos mais os apóstolos como agentes e, por conseguinte os dons sobrenaturais e comunicação dos quais constituem parte essencial dos sinais dos apóstolos".

Fonte: O Espírito Santo, 179.

17. Walter J. Chantry (1990)

"Segundo Paulo os dons espirituais cessariam no futuro; todavia, quando João escreveu Apocalipse, os dons se tornaram coisas do passado".

Fonte: Sinais dos Apóstolos, cap. 5, pg 65.

Estes são alguns teólogos referenciais que eu utilizo para defender a minha posição. Agora eu pergunto, quais os referenciais dos pentecostais? Nenhum teólogo da história da igreja cristã!

Para encerrar, que compartilhar um capitulo da confissão de Fé Westminster,

( Confissão de Fé de Westminster ) Capitulo 1 da Escritura Sagrada

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.

Referências - Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

Sola Escriptra

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Natal


Por Rev. Brian Schwertley
Traduzido por Rogério Portella

Por Rev. Brian Schwertley
Traduzido por Rogério Portella

O Princípio Regulador do Culto possui implicações claras para quem deseja promover a celebração do Natal. Ele obriga quem deseja comemorar essa data a provar, a partir das Escrituras, que Deus a autorizou. Isso, na verdade, é impossível. Além do mais, a celebração do Natal viola outros princípios bíblicos.

O Natal é um monumento à idolatria passada e presente

O dia em que o Natal é celebrado (25 de dezembro) e quase todos os costumes associados a ele têm origem na adoração pagã de ídolos. “Muitos habitantes da Terra eram adoradores do Sol porque o curso de sua vida dependia da rotação desse astro nos céus, e festas eram celebradas para auxiliá-lo no retorno de viagens distantes. No sul da Europa, no Egito e na Pérsia, as divindades representantes do Sol eram adoradas com cerimônias elaboradas no solstício de inverno —como o tempo adequado para render tributo ao deus benigno da fartura—, enquanto em Roma as saturnais duravam uma semana. Nas terras do norte, o tempo exato era por volta do dia 15 do mês de dezembro, pois os dias se tornavam mais curtos e o Sol estava fraco e distante. Dessa forma, esses povos antigos festejavam no mesmo período em que o Natal é observado hoje.”a Durante o solstício de inverno os babilônios adoravam Tamuz,b os gregos e romanos adoravam Júpiter, Mitra, Saturno, Hércules, Baco e Adônis; os egípcios adoravam Osíris e Hórus; os escandinavos adoravam Odim (ou Vodã). “Entre as tribos germânicas e celtas o solstício de inverno era considerado um importante ponto do ano, e eles celebravam o festival de Yul —o mais importante— para comemorar o retorno da ‘roda flamejante’. O azevinho, o visco, a fogueira de Yule e os filós são relíquias de eras pré-cristãs.”

O Natal nunca foi celebrado pela igreja apostólica. Tampouco foi festejado durante os primeiros três séculos da Igreja. Por volta de 245 d.C., Orígenes (na Oitava Homilia sobre Levítico) repudiou a idéia da celebração do nascimento de Cristo “como se ele fosse um faraó”.d Em meados do século IV, várias igrejas ocidentais de língua latina passaram a celebrar o Natal. Durante o século V, essa festividade se tornou um dia santo da Igreja Católica Romana incipiente. No ano 534, o Natal foi reconhecido feriado oficial pelo Estado romano.

A razão para o Natal ter se tornado um dia santo não diz respeito à Bíblia. A Escritura não explicita a data do nascimento de Cristo. Em nenhum lugar da Bíblia somos incentivados a celebrar o nascimento de Jesus. O Natal (bem como outras práticas pagãs) foi adotado pela Igreja de Roma como estratégia missionária.

A fusão com o paganismo como estratégia missionária foi claramente revelada pelas instruções do papa Gregório Magno aos missionários no ano 601: “Pelo fato de eles [ospagãos] sacrificarem bois a demônios, alguma celebração deve lhes ser dada em troca dessa [...] eles devem celebrar uma festa religiosa e adorar a Deus mediante sua celebração, de forma a manterem os prazeres externos e poderem, rapidamente, receber alegrias espirituais”.

Esse sincretismo explica a razão dos costumes do Natal serem completamente pagãos. A árvore de Natal era usada porque árvores sagradas tinham um papel importante na adoração pagã durante o solstício de inverno. Na Babilônia, a sempre-verde representava Ninrode voltando à vida como Tamuz, supostamente nascido de uma virgem, Semíramis. Em Roma, decoravam-se pinheiros com frutinhas vermelhas para celebrar as saturnais.f Os escandinavos colocavam pinheiros em suas casas em honra ao deus Odim. “Quando os pagãos do norte da Europa se tornaram cristãos, transformaram suas sempre-verdes sagradas em parte da festividade cristã, e decoravam árvores com nozes douradas, velas (remanescente da adoração ao Sol) e maçãs para representar as estrelas, a Lua e o Sol.”
O acendimento de fogueiras especiais e de velas em 24 e 25 de dezembro origina-se no culto ao Sol. O uso de fogueiras tem sua origem provável no culto prestado a ele pelos druidas. Não se permitia que a madeira fosse totalmente queimada, parte dela seria usada para iniciar o fogo do ano seguinte (possivelmente, símbolo do renascimento do astro). “Os romanos ornamentavam seus templos e suas casas com galhos verdes e flores para as saturnais, a estação do contentamento e da troca de presentes; os druidas juntavam visco com uma grande cerimônia e o penduravam em suas casas; os saxões faziam uso do azevinho, da hera e de louros.”

O fato de o Natal estar repleto de práticas pagãs é universalmente reconhecido: “Contudo, muitos cristãos alegam que essas práticas não mais possuem conotações pagãs, e crêem que a celebração do Natal oferece uma oportunidade para culto e testemunho”. Os cristãos dizem não adorar a árvore de Natal, e que as origens pagãs jazem no passado remoto e tornaram-se inofensivas. Entretanto, esse conceito, apesar de comum em nossos dias, demonstra a total desconsideração do ensino bíblico concernente aos ídolos, à parafernália associada à idolatria, e aos monumentos idolátricos.

Deus odeia tanto a idolatria que Israel não foi ordenado apenas a evitar o culto aos ídolos. Ordenou-se especificamente que Israel destruísse todas as coisas associadas com a idolatria.
Totalmente destruireis todos os lugares, onde as nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda árvore frondosa; e derrubareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e destruireis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar. [...] e que não perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram essas nações os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR teu Deus… (Dt 12.2-4,30,31).

Quando Jacó saiu para purificar o campo (i.e., sua casa e seus serviçais) os brincos foram retirados bem como seus deuses estrangeiros (Gn 35.4), porque os brincos deles estavam associados com seus falsos deuses. Eles eram sinais de superstição. Quando Elias foi oferecer seu sacrifício, em uma disputa com os profetas de Baal, ele não usou o altar pagão, algo criado para os ídolos (p.ex., as saturnais), e tentou santificá-lo para o serviço de Deus (p.ex., Natal); em vez disso, ele reconstruiu o altar do Senhor. Os cristãos não deveriam tomar emprestado o festival pagão de Yule ou as saturnais e vesti-los com roupagem cristã; deveriam, em vez disso, santificar o dia do Senhor como fizeram os apóstolos. Quando Jeú se levantou contra os adoradores de Baal e seu templo, ele porventura poupou o templo e o separou para Deus? Não! Ele matou os adoradores de Baal: “Também quebraram a estátua de Baal; e derrubaram a casa de Baal, e fizeram dela latrinas, até ao dia de hoje” (2Rs 10.27).

Além disso, temos o exemplo do bom Josias (2Rs 23), porque ele não apenas destruiu as casas e os altos de Baal, mas também seus utensílios, bosque e altares; sim, os cavalos e os carros dados ao sol. Também o exemplo do penitente Manassés, que não apenas destruiu os deuses estrangeiros, mas também seus altares (2Cr 23.15). E de Moisés, o homem de Deus, que não se contentou apenas em executar vingança contra os israelitas idólatras, a menos que ele pudesse também destruir totalmente o monumento de sua idolatria.
Deus não deseja que sua Igreja use festividades e cerimônias pagãs e papistas, além de sua parafernália, e as separe para o uso cristão. Ele nos ordena de forma direta a extinguilas totalmente da face da terra, para sempre. Talvez você não se ofenda com a fogueira, a árvore de Natal, o visco, as frutinhas vermelhas e a escolha de uma data pagã para celebrar o nascimento de Cristo, mas Deus se ofende. Ele ordena que evitemos qualquer contato com os
monumentos e com a parafernália do paganismo.

Caso sua mulher tivesse levado uma vida promíscua antes de você se casar com ela, você se ofenderia se ela mantivesse fotos de seus ex-namorados em sua penteadeira? Você se incomodaria se ela celebrasse os diversos aniversários relativos aos relacionamentos do passado? Você se ofenderia se ela guardasse e demonstrasse apreço por anéis, jóias e presentinhos dados a ela por seus antigos namorados? Logicamente você se ofenderia! O Senhor Deus é infinitamente mais zeloso de sua honra que você: ele é o Deus zeloso. Israel poderia usar os dias festivos de Baal, Astarote, Dagom e Moloque para agradar a Deus? De forma nenhuma! A Bíblia deixa muito claro quais reis de Judá agradaram mais a Deus. Ele é servido quando ídolos, seus templos, suas vestes religiosas, brincos, casas consagradas, árvores sagradas, postes, ornamentos, ritos, nomes e dias são eliminados da face da terra, para nunca mais serem restaurados. Deus deseja que sua noiva elimine para sempre os monumentos, dias, a parafernália e as recordações da idolatria: “Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações. Porque os costumes dos povos são vaidade” (Jr 10.2,3). “Assim não farás ao SENHOR teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que o aborrece, fizeram eles a seus deuses” (Dt 12.31).

Os cristãos não devem se desvencilhar apenas dos monumentos idolátricos do passado, mas também de todas as coisas associadas à idolatria presente. O Natal é o dia santo mais importante do catolicismo romano. O nome Natal* provém do romanismo: Christmass — a “missa de Cristo”. O nome christmas [Natal] une o título de nosso glorioso Deus e Salvador com a idolátrica e blasfema missa do papado. Dessa forma, o Natal [christmas] é uma mistura de idolatria pagã e invenções papistas.

A Igreja Católica Romana odeia o Evangelho de Jesus Cristo. Ela se vale de artifícios humanos, como o Natal, para manter milhões de pessoas em trevas. O fato de muitos milhares de protestantes que dizem crer na Bíblia observarem o dia santo católico romano —sem qualquer mandamento explícito da Palavra de Deus— revela o triste estado do evangelicalismo moderno. “Não podemos nos conformar, comungar e nos identificar com os papistas idólatras, ao usar os mesmos [símbolos], sem nos tornarmos a nós mesmos idólatras mediante nossa participação.” Nossa atitude deve ser a do reformador protestante Martin Bucer, que disse:

Desejo do fundo do meu coração que todos os dias santos, com exceção do dia do Senhor, sejam abolidos. O zelo com o qual foram inventados, sem qualquer garantia da Palavra, e seguidos pela razão corrompida, certamente para eliminar os dias santos dos pagãos… Esses dias santos foram tão conspurcados pelas superstições que me espanto pelo fato de não estremecermos por ouvir-lhes o nome.

A objeção comum contrária ao argumento da abolição desses monumentos pagãos é que esses fatos ocorreram há tanto tempo que se tornaram inofensíveis para nós. Todavia, essa alegação é totalmente falsa. Não existe apenas a idolatria do catolicismo romano, há também o ressurgimento das antigas religiões pagãs tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. O movimento feminista radical revive no presente as deusas da fertilidade e do Oriente Próximo. A Lei-Palavra de Deus nos diz para tomarmos cuidado com os monumentos idolátricos. A lei de Deus não perde sua força com o passar do tempo.

O Natal desonra o dia de Cristo

O dia que Deus separou para sua Igreja celebrar em comunidade a pessoa e obra de Cristo é o “dia” denominado “do Senhor”, o primeiro dia da semana, o sábado cristão. O primeiro dia da semana é o dia em que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. É o dia da vitória de Cristo sobre o pecado, Satanás e a morte. A humilhação de Jesus e sua morte sacrificial foram completadas. Ele ressuscitou e será exaltado nos céus para sempre como Senhor do céu e da terra. “… Ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo” (2Co 5.16). “O dia do Senhor nos foi dado em memória de toda a obra da redenção”. A idéia de honrar a vida de alguém de modo gradual (este acontecimento, aquele acontecimento) não procede da Bíblia, mas da adoração pagã ao imperador. De fato, as únicas celebrações de aniversário registradas em toda a Bíblia são as do faraó (Gn 40.20) e do rei Herodes (Mt 14.6; Mc 6.21). As duas festas de aniversário terminaram com assassinatos: a de Herodes com morte de João Batista.

Deus foi muito generoso para com seu povo, concedendo-lhe 52 dias santos por ano. Quando os homens adicionam outros dias (p.ex., Natal, Páscoa etc.), eles tiram algo, maculam ou até deixam de lado o dia do Senhor. As pessoas preferem e dão mais atenção ao Natal que ao dia do Senhor. Muitos cristãos passam quase todo o mês de dezembro se preparando para o Natal, decorando suas casas, escritórios e igrejas, comprando presentes, assando tortas e bolos, ensaiando e memorizando cantigas, peças teatrais, recitais de música etc. Muitas pessoas que raramente entram em uma igreja vão ao culto de Natal. As pessoas normalmente nem piscam por violar o dia do descanso, fornicar, adulterar e se embriagar; mas consideram fanáticos alucinados os cristãos que não celebram o Natal.

O que Jesus deseja de nós não é a observância de algo que ele não mandou, mas sim do que ele ordenou: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.19,20). Isto é o que os apóstolos fizeram. Eles ensinaram todo o conselho de Deus (At 20.27), o que não incluía o Natal, a sexta-feira santa ou a Páscoa, porque essas não eram parte das coisas ordenadas por Cristo. Portanto, aquele que entende “o verdadeiro significado do Natal” (ou da sexta-feira santa ou da Páscoa) é precisamente quem percebe que essas datas são invenções humanas. E para honrar a Cristo como único Rei e cabeça da Igreja, essa pessoa não observará essas adições feitas por seres humanos ao que nosso Senhor ordenou. Tal pessoa deverá evitar esse costume bastante popular. O mais importante é que ela estará ao lado de Cristo e dos apóstolos.

O único dia autorizado por Deus como dia santo é o dia do Senhor. Se a Igreja deseja agradar a Jesus Cristo e honrá-lo, deverá fazê-lo guardando seu dia e sendo exemplo para o mundo não-cristão. Quando os cristãos tornam o Natal mais especial que o dia do Senhor, desobedecem aos ensinos de Cristo e desonram seu dia.

O Natal é uma mentira

O cristianismo é a religião da verdade. Deus não pode mentir. Toda a verdade e todo o conhecimento procedem de Deus. Jesus Cristo é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). O Espírito Santo é chamado “o Espírito da verdade” (Jo 16.13). O Evangelho é chamado “a palavra da verdade” (Ef 1.13). Deus ordena: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Paulo nos diz para “segui[r] a verdade em amor” (Ef 4.15), deixar a mentira e falar a verdade com o próximo para não entristecermos o Espírito Santo (Ef 4.25,30). Jesus Cristo nos diz que “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Os cristãos devem ser sal e luz do mundo (Mt 5.13,16); devem testemunhar ao mundo falando e vivendo a verdade. A celebração do Natal é compatível com nossa responsabilidade de falar e viver a verdade perante o mundo? Não, porque o Natal é uma mentira.

A data usada para celebrar o nascimento do Cristo, 25 de dezembro, é uma mentira. Segundo a Bíblia, Jesus não nasceu nesse dia: “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho” (Lc 2.8). É de conhecimento público que os pastores na Palestina voltavam dos campos antes do inverno. A estação chuvosa na Judéia começa no fim de outubro ou no início de novembro. Os pastores já teriam voltado com seus rebanhos para as aldeias antes do início da estação de chuvas. Portanto, Jesus nasceu antes da primeira semana de novembro.

É evidente que Cristo não nasceu no meio da estação do inverno. Mas, as Escrituras nos dizem em que estação do ano ele nasceu? Sim, as Escrituras indicam que ele nasceu no outono. O ministério público de nosso Senhor durou três anos e meio (Dn 9.27). Seu ministério teve fim no tempo da Páscoa (Jo 18.39), que ocorre durante a primavera. Portanto, três anos e meio antes marcariam o início do ministério no outono daquele ano. Quando Jesus começou seu ministério, ele contava 30 anos de idade (Lv 3.23). Esta era a idade para o sacerdote começar a exercer seu ministério sob o Antigo Testamento (Nm 4.3).

Se os cristãos estão desejosos de celebrar uma mentira e lotar o falso dia do aniversário de Cristo com mitologia papista e pagã (p.ex., papai-noel, árvore de Natal, visco, fogueira, sempre-verde etc.), por que, então, o mundo deveria acreditar na Igreja quando ela realmente diz a verdade? Se você mente a respeito do nascimento de Cristo e faz vistas grossa em relação à mitologia pagã, quando você disser a seu vizinho sobre a ressurreição de Jesus, por que ele deveria acreditar em você? Ao celebrar o Natal, você põe uma pedra de tropeço diante de seu vizinho incrédulo. Ele poderia raciocinar com toda a razão: visto que você fala e vive uma mentira acerca do nascimento de Cristo, você não é confiável para falar sobre a ressurreição dele. Alguns intelectuais já me disseram, depois de ter argumentado com eles a respeito da morte e ressurreição de Cristo, que essas doutrinas eram mitos propagados por pessoas simples da mesma forma que o papai-noel e o coelhinho da Páscoa (é claro que a mentira sobre o Natal dura há tanto tempo que a maior parte das pessoas a aceita como verdade). A Igreja deve parar de macular a Palavra de Deus inspirada e infalível ao posicionar fantasias humanas ao lado da revelação divina. O Natal contradiz a narrativa bíblica do nascimento de Jesus.

O mundo ama o Natal

“… Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há” (1Jo 2.15).

Quem é o verdadeiro guia? Não deve a Igreja do Senhor Jesus Cristo servir de exemplo para o mundo? Não é ela o sal e a luz das nações? É correto que ela siga o modelo pagão? O Natal não se origina na Bíblia nem na igreja apostólica; é totalmente pagão. O dia, a árvore, a troca de presentes, o visco, as frutas vermelhas sagradas — tudo isso tem origem nas festividades pagãs idolátricas do solstício de inverno. A Igreja de Roma comprometida e apostatada tomou as práticas pagãs e tentou cristianizá-las. Todos os transgressores da lei, as pessoas que odeiam a Cristo, os adoradores de ídolos e incrédulos pagãos amam o Natal. Por quê? Porque o Natal não é bíblico, não procede de Deus, é uma mentira. Satanás, seu mestre, é o pai da mentira. Ateus, homossexuais, feministas, políticos ímpios, assassinos, molestadores de crianças e idólatras —todos— amam o Natal. Se essa fosse uma data bíblica, e sua observância uma ordenança, o mundo o amaria? Com toda certeza: não! O mundo odiaria o Natal. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura” (1Co 2.14). Por acaso o mundo ama o dia do Senhor, o sábado cristão? Claro que não. O mundo o odeia. O mundo ama e obedece ao Rei dos reis e Senhor dos senhores ressurreto? Não! O mundo odeia Jesus. O mundo é capaz de amar um bebezinho de plástico ou de barro em uma manjedoura. Um bebezinho de plástico não é muito ameaçador. Entretanto, Jesus não é mais um bebezinho. Ele é o rei glorificado que se assenta à destra do Pai. “… Ainda que também tenhamos onhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo” (2Co 5.16).

A Bíblia ensina que “a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1Co 3.19). “Assim diz o SENHOR: Não aprendais o caminho dos gentios… Porque os costumes dos povos são vaidade” (Jr 10.2,3). O apóstolo Paulo tinha em mente uma aplicação bem mais ampla que apenas ao casamento quando disse, “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? [...] Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2Co 6.14-17). Quando a Igreja possui algo em comum relacionado à adoração e à religião com o mundo pagão incrédulo, ela, nessa área, jaz sob o mesmo jugo que os incrédulos. A Igreja não deve celebrar um feriado pagão com o mundo pagão. Quanta hipocrisia e impiedade!

Não seja enganado

Paulo nos adverte que “Satanás se transfigura em anjo de luz” (2Co 11.14). Essa é a razão pela qual os festivais pagãos em todo o mundo são dias de diversão, dias de comidas especiais, festas, desfiles, reuniões familiares e de troca de presentes. O objetivo de Satanás não é simplesmente escravizar indivíduos, mas também controlar instituições, culturas e nações. O calendário pagão de “dias santos”, nos quais os festivais pagãos são celebrados no tempo exato a cada ano, é um recurso inspirado por Satanás para envolver culturas inteiras na rebelião contra a aliança divina. Ele deseja que pessoas e países sejam escravizados por rituais pagãos e pelas trevas. Uma cultura está saturada de satanismo quando festivais, ritos e cerimônias pagãs se tornam tão naturais que não são mais questionados em determinada sociedade.

Como puderam os cristãos ser enganados a ponto de celebrar um dia festivo pagão? O dia foi transformado de um período de trevas em um dia de luz. Como isso aconteceu? É muito simples: a primeira coisa a ser feita é mentir. Ensine que esse dia é o aniversário de Cristo. O fato de Jesus não ter nascido nesse dia não importa. Pouquíssimas pessoas averiguarão os fatos. E quem o fizer será considerado fanático, pessoas indesejadas como Scrooges* modernos. A seguir, transforme a data em um dia de reunião familiar, com presença obrigatória de todos. Que coisa maravilhosa: um dia para a família toda jantar junta e apreciar seus valores. Faça-o também um dia de presentes e de caridade, um dia de se preocupar com o próximo e de partilhar. Quem se oporia a isso? A seguir, dedique-o a todas as crianças do mundo, um dia repleto de lembranças agradáveis. É um dia de sentimentalismo intenso. Não corre uma pequena lágrima de seu olho quando você pensa em pais e irmãos reunidos perto da árvore? Certifique-se de que todas as cidades (independentemente do tamanho) estejam decoradas a caráter. Mantenha a indústria do entretenimento a todo o vapor com artigos especiais, filmes, espetáculos e recitais. Exerça pressão em sua comunidade, local de trabalho, igreja e família sobre quem não celebra o dia para que seja considerado perversor da verdade ou desconectado da realidade.

Essa estratégia tem sido efetiva? Sim, e muito. Houve um tempo quando presbiterianos e congregacionais disciplinavam irmãos pela celebração do Natal. Para os protestantes da ala calvinista da Reforma, a celebração desse dia foi impensável durante quase 300 anos. Agora se você for presbiteriano e não celebrar o Natal, irmãos da mesma denominação pensarão que você é fanático. Os protestantes têm sido enganados, iludidos, ludibriados e tapeados por terem esquecido o Princípio Regulador do Culto a Deus: “Toda a Palavra de Deus é pura: escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso” (Pv 30.5,6). Haveria apenas uma razão aceitável para o cristão celebrar o Natal, e ela seria uma ordem direta da Palavra de Deus para assim proceder. Visto que não há uma instrução implícita ou explícita para agir dessa forma, sua celebração é proibida.