Em Dt. 16 18-22 vemos as instruções para o estabelecimento dos juízes e as suas funções. Também vemos a ligação que há entre o direito e o culto a Deus. Pois na mesma pericope é proibida a construção da Aserá, que segundo os apostatas de Israel seria a mulher de Iahweh.
Paulo em I Coríntios 6 proíbe que os santos tratem questões com ímpios e diz o motivo.
Ora, que seriam os juízes do povo de Deus se não pastores e presbíteros? Não são eles os designados para supervisionarem o povo de Deus?
Entretanto, queria considerar algumas coisas:
1- Será que os futuros pastores estão se preparando e se tornando capazes para julgarem o povo de Deus? Será que os seminários em suas grades têm matérias que tratem o estudo exaustivo da Lei de Deus? Ora, não é justamente a lei de Deus que será a legislação em que irão trabalhar em matéria de julgamentos na casa de Deus? Como poderão arbitrar se não conhecem a Lei? Isto não é uma contradição?
2- Será que presbíteros que são eleitos no meio do povo têm a capacidade de abrir as Escrituras e fazer o julgamento correto, não torcendo o direito?
3- Será que existe o preparo especifico de presbíteros para isto? Muitos acham que ser presbítero é status. Algo que gera o orgulho feminino, pois seu marido é agora presbítero. Os filhos dizem: Meu pai é um presbítero. Entretanto, será que presbítero é um status? Ou será uma função? Ser presbítero é uma vocação que só os santos designados para isto podem ocupar.
A situação é caótica.
As grades curriculares dos seminários não abarcam a necessidade e a demanda que a Igreja de Cristo requer.
Muitos pastores não sabem aplicar a Lei de Deus, muitos acham que ela nem sequer tem mais utilidade para os nossos dias. Então, o que se vê é que a disciplina só se dá por causa de adultério, e até mesmo sobre a questão do adultério, uma imensa maioria não conseguiria discernir bem quando se deu a quebra do sétimo mandamento. Pois rotulam adultério como sendo qualquer relação sexual.
E quanto aos presbíteros, ora, se a situação dos ministros é caótica, imaginem de muitos presbíteros. Infelizmente, muitos são totalmente despreparados, muitos só foram eleitos por terem alguma posse, não possuindo nenhuma vocação para tomar conta do rebanho de Deus.
Creio que já está na hora de vermos as coisas. De levarmos a sério a questão curricular dos seminários. De eliminarmos matérias que não são bobas e que não levam os futuros pastores a lugar nenhum. Precisamos de exegese de forma exaustiva. Precisamos conhecer as Escrituras.
Quando vemos tudo isto, não é de se admirar a situação da igreja.
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