sexta-feira, 13 de novembro de 2009

fique longe desse cabana

Fique longe dessa cabana

Recentemente, as vendas do livro A Cabana aproximaram-se de [sete] milhões de cópias. Já se fala em transformar o livro em filme. Mas, enquanto o romance quebra os recordes de vendas, ele também rompe a compreensão tradicional de Deus e da teologia cristã. E é aí que está o tropeço. Será que um trabalho de ficção cristã precisa ser doutrinariamente correto?

Quem é o autor? William P. Young [Paul], um homem que conheço há mais de uma década. Cerca de quatro anos atrás, Paul abraçou o “Universalismo Cristão” e vem defendendo essa visão em várias ocasiões. Embora freqüentemente rejeite o “universalismo geral”, a idéia de que muitos caminhos levam a Deus, ele tem afirmado sua esperança de que todos serão reconciliados com Deus, seja deste lado da morte, ou após a morte. O Universalismo Cristão (também conhecido como a Reconciliação Universal) afirma que o amor é o atributo supremo de Deus, que supera todos os outros. Seu amor vai além da sepultura para salvar todos aqueles que recusaram a Cristo durante o tempo em que viveram. Conforme essa idéia, mesmo os anjos caídos, e o próprio Diabo, um dia se arrependerão, serão libertos do inferno e entrarão no céu. Não pode ser deixado no universo nenhum ser a quem o amor de Deus não venha a conquistar; daí as palavras: reconciliação universal.

William P. Young, autor de A Cabana.


Muitos têm apontado erros teológicos que acharam no livro. Eles encontram falhas na visão de Young sobre a revelação e sobre a Bíblia, sua apresentação de Deus, do Espírito Santo, da morte de Jesus e do significado da reconciliação, além da subversão de instituições que Deus ordenou, tais como o governo e a igreja local. Mas a linha comum que amarra todos esses erros é o Universalismo Cristão. Um estudo sobre a história da Reconciliação Universal, que remonta ao século III, mostra que todos esses desvios doutrinários, inclusive a oposição à igreja local, são características do Universalismo. Nos tempos modernos, ele tem enfraquecido a fé evangélica na Europa e na América. Juntou-se ao Unitarianismo para formarem a Igreja Unitariana-Universalista.

Ao comparar os credos do Universalismo com uma leitura cuidadosa de A Cabana, descobre-se quão profundamente ele está entranhado nesse livro. Eis aqui algumas evidências resumidas:

1) O credo universalista de 1899 afirmava que “existe um Deus cuja natureza é o amor”. Young diz que Deus “não pode agir independentemente do amor” (p. 102),[1] e que Deus tem sempre o propósito de expressar Seu amor em tudo o que faz (p. 191).

2) Não existe punição eterna para o pecado. O credo de 1899 novamente afirma que Deus “finalmente restaurará toda a família humana à santidade e à alegria”. Semelhantemente, Young nega que “Papai” (nome dado pelo personagem a Deus, o Pai) “derrama ira e lança as pessoas” no inferno. Deus não pune por causa do pecado; é a alegria dEle “curar o pecado” (p. 120). Papai “redime” o julgamento final (p. 127). Deus não “condenará a maioria a uma eternidade de tormento, distante de Sua presença e separada de Seu amor” (p. 162).

3) Há uma representação incompleta da enormidade do pecado e do mal. Satanás, como o grande enganador e instigador da tentação ao pecado, deixa de ser mencionado na discussão de Young sobre a queda (pp. 134-37).

4) Existe uma subjugação da justiça de Deus a seu amor – um princípio central ao Universalismo. O credo de 1878 afirma que o atributo da justiça de Deus “nasce do amor e é limitado pelo amor”. Young afirma que Deus escolheu “o caminho da cruz onde a misericórdia triunfa sobre a justiça por causa do amor”, e que esta maneira é melhor do que se Deus tivesse que exercer justiça (pp. 164-65).

Será que um trabalho de ficção cristã precisa ser doutrinariamente correto?


5) Existe um erro grave na maneira como Young retrata a Trindade. Ele afirma que toda a Trindade encarnou como o Filho de Deus, e que a Trindade toda foi crucificada (p. 99). Ambos, Jesus e Papai (Deus) levam as marcas da crucificação em suas mãos (contrariamente a Isaías 53.4-10). O erro de Young leva ao modalismo, ou seja, que Deus é único e às vezes assume as diferentes modalidades de Pai, Filho e Espírito Santo, uma heresia condenada pela igreja primitiva. Young também faz de Deus uma deusa; além disso, ele quebra o Segundo Mandamento ao dar a Deus, o Pai, a imagem de uma pessoa.

6) A reconciliação é efetiva para todos sem necessidade de exercerem a fé. Papai afirma que ele está reconciliado com o mundo todo, não apenas com aqueles que crêem (p. 192). Os credos do Universalismo, tanto o de 1878 quanto o de 1899, nunca mencionaram a fé.

7) Não existe um julgamento futuro. Deus nunca imporá Sua vontade sobre as pessoas, mesmo em Sua capacidade de julgar, pois isso seria contrário ao amor (p. 145). Deus se submete aos humanos e os humanos se submetem a Deus em um “círculo de relacionamentos”.

8) Todos são igualmente filhos de Deus e igualmente amados por ele (pp. 155-56). Numa futura revolução de “amor e bondade”, todas as pessoas, por causa do amor, confessarão a Jesus como Senhor (p. 248).

9) A instituição da Igreja é rejeitada como sendo diabólica. Jesus afirma que Ele “nunca criou e nunca criará” instituições (p. 178). As igrejas evangélicas são um obstáculo ao universalismo.

10) Finalmente, a Bíblia não é levada em consideração nesse romance. É um livro sobre culpa e não sobre esperança, encorajamento e revelação.

Logo no início desta resenha, fiz uma pergunta: “Será que um trabalho de ficção precisa ser doutrinariamente correto?” Neste caso a resposta é sim, pois Young é deliberadamente teológico. A ficção serve à teologia, e não vice-versa. Outra pergunta é: “Os pontos positivos do romance não superam os pontos negativos?” Novamente, se alguém usar a impureza doutrinária para ensinar como ser restaurado a Deus, o resultado final é que a pessoa não é restaurada da maneira bíblica ao Deus da Bíblia. Finalmente, pode-se perguntar: “Esse livro não poderia lançar os fundamentos para a busca de um relacionamento crescente com Deus com base na Bíblia?” Certamente, isso é possível. Mas, tendo em vista os erros, o potencial para o descaminho é tão grande quanto o potencial para o crescimento. Young não apresenta nenhuma orientação com relação ao crescimento espiritual. Ele não leva em consideração nem a Bíblia, nem a igreja institucional com suas ordenanças. Se alguém encontrar um relacionamento mais profundo com Deus que reflita a fidelidade bíblica, será a despeitode A Cabana e não por causa dela. (extraído de uma resenha de James B. De Young, Western


miguel silva

8 comentários:

  1. Caros amigos, não acredito que um trabalho de ficção cristã precisa ser doutrinariamente correto. Ficção é ficção, critã ou naõ. As obras de ficção são feitas para divertir, para descontrair. Elas não precisam doutrinariamnte serem corretas, se assim fossem não teriam o caráter de ficção. A ficção recria, fantasia, imagina etc. Cabe a nós leitores distinguir o q deve ou não ser aplicado em nossas vidas. Cabe a nós diferenciar a ficção da realidade. Imagine o q seria das histórias de vampiros, lobisomens, ficção cientifica com Matrix, Devolta Para o Futuro, obras como Romeu e Julieta na qual o casal apaixonado se mata no final se elas tivessem q ser doutrinariamente corretas?

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  2. Ola Anderson!

    Estou passeando na net para conhecer blogs cristãos, saber o que o povo está buscando e falando... E para divulgar meu blog, o Genizah.

    Muito legal o trabalho que vocês fazem aqui! Parabéns.

    Vou seguir vocês e espero pela oportunidade daquela troca de irmão em Cristo aqui ou no meu blog, se você me der a honra e prazer da visita.

    Genizah é um blog de apologética cristã com uma boa dose de humor. Nosso time é formado por escritores, pastores, humoristas e chargistas cristãos.

    Espero que goste. Paz e Bem!

    Danilo

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  3. Danilo é com enorme prazer tê-lo conosco nessa iniciativa que nada mais é de mostrar as verdadeiras doutrinas bíblicas ao povo que anda perdido sem ter pastores para ensina-los os verdadeiros! E divulgaremos seu blog concerteza abracao Deus te abencoe

    Sola Scripturas !

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  4. danilo precisamos apenas do endereco completo para colocarmos na aba de blog

    abracao !

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  5. Space parceiro !

    quem deveria lhe responder sobre isso seria o miguel, pois foi ele quem postou o comentario do livro a Cabana !
    Só para esclarecimentos nós estamos combatendo esse livro, pois tem enganado cristãos fracos na fé que acham que tudo que ele conta é verdade! E outro ponto é que pastores tem pregado no púlpito de suas igrejas trechos desse livro que só tem falacias e malicias contra o nossso Deus. Por isso estamos alertando o povo não contra a leitura mas no cuidado que deve se tomar com artimanhas que o inimigo coloca para confundir os eleitos.

    Mateus 24:24 Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.

    Marcos 13:22 Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

    Efésios 4:14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Miguel Silva disse...
    Caro Space é um prazer ter de novo você fazendo comentários, essa palavra que você disse que o livro não precisa ser( precisamente correto.)
    É muito perigoso, essa sua colocação, se pegamos a palavra ficção no dicionário veremos que ela tem um sentido variado uma delas é essa ,(Suposição do orador para abrilhantar ou reforçar o discurso).se ele escrever si o livro com esse sentido da palavra não teria nada de mais, mais o que vemos é algo que vai muito mais longe do que isso é um confronto a santa doutrina bíblica, ele comete diversos erros teológicos. e o que chama mais atenção é quando ele quebra o terceiro mandamento êxodo cap.:20, por isso que não concordamos com essa obra de ficção cristão .eu Ler indico boas obras de ficção cristão. a primeira parte:
    C.S. Lewis - As Cartas do Inferno.
    C.S. Lewis - Cristianismo puro e simples.
    C.S. Lewis - Milagres.
    C.S. Lewis - O grande abismo.
    C.S. Lewis - O Problema Do Sofrimento.
    C.S. Lewis - Os quatro amores.doc
    C.S. Lewis - Teologia Moderna e a Crítica da Bíblia(ensaio).pdf
    C.S.Lewis - Além do Planeta Silencioso.doc
    CS Lewis - Parte I (2.1 MB)
    http://www.mediafire.com/?0n9e1tzfdym

    e na segunda parte, a serie as As Cronicas de Nárnia

    C.S.Lewis - As Cronicas de Nárnia - Vol. I - O Sobrinho do Mago.pdf
    C.S.Lewis - As Crônicas de Nárnia - Vol. II - O Leão Feiticeira e o Guarda-Roupa.pdf
    C.S.Lewis - As Crônicas de Nárnia - Vol. III - O Cavalo e seu Menino.pdf
    C.S.Lewis - As Crônicas de Nárnia - Vol. IV - Príncipe Caspian.pdf
    C.S.Lewis - As Crônicas de Nárnia - Vol. V - A Viagem do Peregrino da Alvorada.pdf
    C.S.Lewis - As Crônicas de Nárnia - Vol. VI - A Cadeira de Prata.pdf
    C.S.Lewis - As Crônicas de Nárnia - Vol
    Peregrina, A Peregrino, O
    JOHN BUNYAN
    JOHN BUNYAN
    Guerras da Famosa Cidade de Almahumana, As
    JOHN BUNYAN
    Guerra Santa
    JOHN BUNYAN
    Todos esse livros são de ficção cristão mais nenhum deles comete erros grave como a cabana. Cuidado com essa cabana kkkkkkkkk.
    Miguel silva

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