terça-feira, 4 de maio de 2010

A Reforma Protestante

Mais uma sobre Reforma !

Por: Rev. José Roberto Costanza

A Igreja Cristã nasceu no momento em que Jesus convocou Seu primeiro discípulo para a obra de Deus (ver Jo 1.35-51). Jesus chamava, e as pessoas vinham se agregar ao Grupo Santo. A história da vida do Mestre nós bem a conhecemos, através dos Evangelhos e demais livros do Novo Testamento. Mas, o que aconteceu quando o Cabeça da Igreja deixou este mundo?
Atos 1.6-12 nos fala da ascensão do Senhor e nos reporta que a Igreja perseverava unânime em oração.

Ora, sabemos que é impossível buscar a presença do Senhor sem a ação do Espírito. O Evangelho de João nos diz que o Espírito já havia sido dado aos discípulos antes do Pentecoste, diretamente por Jesus ressurreto (Jo 20.22). Sob o poder e ação do Espírito esses mesmos discípulos escolheram Matias, como substituto para Judas Iscariotes, o traidor.
Cinqüenta dias depois da Páscoa, na festa do Pentecoste, o Espírito foi outorgado à Igreja de maneira plena, para não somente conduzi-la à Salvação e à Glória com o eterno Pai, mas, sobretudo, lhe dar poder para testemunhar de Cristo.

A História da Igreja Cristã se divide, pois, em dois períodos aparentemente distintos, mas, na realidade, praticamente não há diferença entre eles. O primeiro nos fala dos atos de Jesus e de Seus seguidores, até o dia em que Ele foi elevado às alturas (At 1.2). Sem que houvesse descontinuidade, no segundo período, Jesus age através do Espírito Santo. É isso que Lucas quis dizer na introdução ao livro de Atos. O Pentecoste foi o cumprimento da Promessa, conforme o relato do mesmo Lucas, em seu Evangelho (Lc 24.49). A Igreja, que já era nascida do Espírito, recebeu a Sua plenitude, o “batismo de poder” de que nos falam os pais reformados. Tinha o Espírito, orou unânime, e o Espírito foi derramado em Sua plenitude.

O Pentecoste nos mostra quão grandiosa é a bênção decorrente de uma Igreja unânime em oração. Milhares foram batizados, a Igreja cresceu, prosperou e testemunhou de Cristo: em Jerusalém, na Judéia e Samaria e até os confins da terra, conforme a promessa de Jesus em At 1.8.
Às vezes, no curso da História da Igreja, houve momentos em que nos é difícil ver a ação do Espírito Santo de Deus. Em alguns períodos parecerá que toda a Igreja abandonou por completo a fé bíblica. Contudo, devemos nos lembrar que a História da Igreja é também a história dos atos de pessoas pecadoras como nós e, se abrirmos bem os nossos olhos, e olharmos para a História com os óculos da fé, veremos que, nos momentos mais escuros da história eclesiástica, nunca faltaram aqueles que preservaram a chama santa e ajudaram a conduzir a Igreja no caminho certo. E dentre os que preservaram a fé certamente estão inseridos os reformadores do século XVI.

No início do século XIV, apesar das vozes de protesto dos verdadeiros crentes, a liderança da Igreja Romana teimava em manter a Arca da Fé fora dos rumos estabelecidos pelas Sagradas Escrituras. Diante de tal situação, surgiram vozes de protesto, propugnando por uma reforma na Igreja. Essas vozes ou foram insuficientes ou foram caladas pela fogueira. Mas o Deus Todo-Poderoso, por sua Providência, tal como já havia operado por ocasião da vinda de Cristo, criou as condições necessárias para que a Reforma pudesse subsistir.

Assim é, como diz João Calvino no livro IV das Institutas, quando necessário, Deus pode suscitar apóstolos e evangelistas para intervir soberanamente na vida da Igreja. Para Calvino, o grande reformador Martinho Lutero é um exemplo típico de apóstolo de Jesus Cristo, e através de quem a pureza do Evangelho recuperou a sua honra.
Lutero, em 1505, com 22 anos, resolveu tornar-se um monge agostiniano. Sua justificativa para tal ato foi a de que o caminho mais adequado para a salvação era através da vida monástica.

Mas, no convento, Lutero não encontrou a paz de espírito desejada. O sentimento de culpa pelo pecado e a sensação de estar sempre debaixo da ira divina fez com que ele se excedesse em jejuns, vigílias e flagelações; além do quê, procurava seu confessor a toda hora. Em 1512, para tentar minorar a angústia do futuro reformador, seu superior, Staupitz, mandou que ele fosse lecionar Filosofia e Teologia na nova universidade de Wittenberg, recebendo, para o exercício do cargo, o título acadêmico de doutor em teologia.
No ano seguinte, enquanto lia a Carta aos Romanos, Lutero deparou-se com o texto “O justo viverá por fé” (Rm 1.17 b) e concluiu que a “justiça de Deus” não se refere ao fato de que Deus castigue os pecadores; mas, que a justiça do justo não é obra sua, mas um dom ou dádiva de Deus.

O crente vive pela fé, não porque seja justo em si mesmo, ou porque cumpra as exigências da justiça divina, mas porque Deus lhe dá esse dom. A fé não é uma qualidade do homem, pela qual ele mereça uma recompensa da parte de Deus.
A justificação pela fé, pela qual o homem recebe o perdão gratuito de Deus, não pressupõe a indiferença de Deus diante do pecado. Pelo contrário, Deus é santo, e o pecado lhe causa repugnância. O cristão é, ao mesmo tempo, justo e pecador. Ele não deixa de ser pecador quando é justificado. Pelo contrário, quem recebe a justificação pela fé descobre, em si mesmo, o quanto é pecador, e não por ser justificado é que deixa de pecar. Finalmente, a justificação não é ausência do pecado, mas o fato de que Deus nos declara justos ainda que em meio ao nosso pecado. Esta é a verdade da justificação pela fé; e contra esta verdade, e acima dela, pairava o ensino da igreja romana que o homem pode alcançar a salvação pelas obras.

Nessa época, Lutero ainda não tinha percebido que sua grande descoberta se opunha a todo o sistema de penitências da Igreja Católica.
Por mais de quatro anos, Lutero trabalhou em Wittenberg sem romper com a igreja. Até que, em 1517, apareceu, nas cercanias da cidade, um homem chamado João Tetzel, enviado para vender indulgências emitidas pelo papa. Tetzel afirmava, entre outras coisas, que os aqueles que comprassem as indulgências por ele vendidas, ficariam mais limpos que Adão antes de pecar. Essas indulgências, em última análise, ofereciam diminuição das penas do purgatório, até para os parentes já mortos (“tão pronto a moeda caísse no cofre, a alma saía do purgatório”). Ao saber do fato, Lutero se indignou, uma vez que o tráfico das indulgências estava desviando o povo do ensino a respeito de Deus e do pecado, enfraquecendo seriamente a vida moral do povo. Decidiu, então, enfrentar tão grande erro e abuso.

Nas universidades medievais, era costume apor-se, em lugares públicos, a defesa ou ataque de certas opiniões. Esses escritos eram chamados de “teses”, nas quais se debatiam as idéias e se convidavam todos os interessados para uma discussão acadêmica. No dia 31 de outubro de 1517, véspera do dia de Todos os Santos, quando muita gente comparecia à igreja do castelo de Wittenberg, Lutero afixou, nas portas dessa igreja, 95 teses que deviam servir de base para um debate acadêmico, onde atacou principalmente a prática das indulgências, declarando que estas não tinham poder para remover a culpa ou afetar a situação das almas no purgatório; e que o cristão arrependido tinha o perdão vindo diretamente de Deus. Segundo Lutero, se era verdade que o papa tinha poderes para tirar uma alma do purgatório, ele tinha que utilizar esse poder, não por razões triviais como a necessidade de fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e assim fazê-lo gratuitamente (tese 82).

A venda de indulgências que Lutero atacou havia sido autorizada pelo papa, em troca de que a metade do produto fosse enviada para os cofres da Igreja. Com esse dinheiro, o papa Leão X sonhava com o término da Basílica de São Pedro. Sobre este assunto Lutero ainda declarou: “… o certo é que o papa deveria dar o seu próprio dinheiro aos pobres de quem os vendedores de indulgências tiravam, mesmo que para isso tivesse que vender a Basílica de São Pedro” (tese 51). A grande basílica, que é hoje o orgulho da Igreja romana, foi uma das causas indiretas da reforma protestante.
As teses negavam, ainda, o pretenso poder de a igreja de ser mediadora entre o homem e Deus e de conferir perdão aos pecadores. A resposta da Igreja Romana foi rápida e violenta, visto que Lutero havia mexido em uma das maiores fontes de receita da Igreja.

Diante das teses e da repercussão que elas alcançaram, o papa intimou Lutero a comparecer a Roma para se justificar. Ora, isso significaria morte certa. Lutero não escaparia da fogueira. Por providência divina, o Eleitor da Saxônia protegeu seu súdito, ordenando que o caso fosse discutido na Alemanha. No debate que se seguiu, Lutero foi mais longe ainda, declarando que o papa não tinha autoridade divina e que os concílios eclesiásticos não eram infalíveis. Essas afirmações configuraram um rompimento definitivo com a Igreja Católica Romana.
Aberta assim a luta, o Reformador prosseguiu sem temor, agindo com muita rapidez. O que mais chocou a Igreja Católica foi sua afirmativa de que nem o papa, nem os sacerdotes tinham poderes sobrenaturais. Ora, caso essa idéia encontrasse apoio e adesão, a Igreja sofreria um tremendo golpe em sua autoridade. E Isso aconteceu. Essa é a razão pela qual Lutero é, ainda hoje, considerado, por alguns setores mais ortodoxos da Igreja Católica, como o herege destruidor da unidade da Igreja, um javali selvagem que penetrou na vinha do Senhor (bula “exsurge domine). Lutero passou então a provar que todos os cristãos são sacerdotes, tendo acesso à presença de Deus mediante a fé em Cristo. Negou que somente o papa pudesse interpretar as Escrituras. Estas, disse ele, podiam ser interpretadas por qualquer crente sincero.

Em vista de suas afirmações, o povo viu que qualquer pessoa podia ser verdadeiramente cristã sem ter a necessidade de prestar obediência ao papa.
Como era de se esperar, Lutero foi excomungado pelo papa, mas esse ato só seria tornado efetivo após a aprovação pelo parlamento alemão, chamado “Dieta”, que foi convocado para se reunir, em 1521, na cidade de Worms. Na Dieta, Lutero foi instado pelo imperador a se retratar de seus atos e livros que escrevera, ao que respondeu: “É impossível retratar-me, a não ser que me provem que estou errado, pelo testemunho das Escrituras… Minha consciência está alicerçada na Palavra de Deus. Assim Deus me ajude. Amém”. Diante das palavras de Lutero, houve grande confusão. De um lado, os partidários do papa, que gritavam: “à fogueira com ele”; e de outro, seus compatriotas alemães fizeram um escudo humano para protegê-lo, retirando-o do ambiente. O Parlamento decretou Lutero fora da lei e a destruição de seus escritos, mas os alemães o protegeram, escondendo-o em um castelo amigo. Durante o período em que esteve recluso, Lutero aproveitou para traduzir a Bíblia para o alemão, cujas cópias foram colocadas nos bancos das igrejas. Os dotes musicais de Lutero o impeliram a redigir, baseado no salmo 46, a letra daquele que viria a ser o hino da Reforma: “Castelo Forte é o Nosso Deus”

Lutero fez da Palavra de Deus o ponto de partida e a autoridade final de sua teologia. Como professor das Sagradas Escrituras, a Bíblia tinha para ele grande importância. A Palavra de Deus, na realidade, transcendia o revelado na Bíblia, pois ela é nada menos que Deus mesmo, a segunda pessoa da Trindade, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Cf. Jo 1). Sim, essa Palavra se encarnou em Jesus Cristo, que, por sua vez, é a revelação máxima de Deus e sua máxima ação. Em Jesus, Deus se nos deu a conhecer e, como Cristo, venceu os poderes do maligno, que nos sujeitavam. A revelação de Deus é também a vitória de Deus. A Bíblia é, então, a Palavra de Deus porque nela Jesus Cristo chega até nós.
Para Lutero, a autoridade final está no Evangelho, na mensagem de Jesus Cristo, que é a Palavra de Deus encarnada. Visto que a Bíblia dá um testemunho mais fidedigno desse Evangelho do que a igreja corrompida do papa, a Bíblia tem autoridade sobre a Igreja.

A teologia de Lutero nos diz ainda que é possível ter certo conhecimento de Deus por meios puramente racionais ou naturais. Este conhecimento permite ao ser humano saber que Deus existe, e distinguir entre o bem e o mal. Porém, esse não é o verdadeiro conhecimento de Deus. A Deus não se conhece como quem usa uma escada para subir ao telhado. Todos os esforços da mente humana para elevar-se ao céu e conhecer a Deus são totalmente inúteis. Esses esforços nos conduzem à teologia da Glória. Tal teologia pretende ver Deus como ele é, em sua própria glória, sem ter em conta a enorme distância que separa o ser humano de Deus. O que a teologia da glória faz, no final das contas, é pretender ver a Deus naquelas coisas que nós humanos consideramos mais valiosas e, portanto, fala do poder de Deus, da glória de Deus, da bondade de Deus.

Porém, tudo isto não é mais do que fazer Deus à nossa própria imagem e pretender que Deus seja como nós mesmos desejamos que Ele seja. O fato é que Deus, em Sua revelação, se nos dá a conhecer de um modo muito distinto. A suprema revelação de Deus tem lugar na cruz de Cristo e, portanto, em lugar da teologia da glória, é necessário que o crente siga o caminho da teologia da cruz. O que essa teologia busca é ver Deus, não onde nós queremos vê-Lo, nem como nós desejamos que Ele seja, mas sim onde Deus se revela, e como Ele mesmo se revela, isso é, na cruz. Ali, Deus se manifestou na debilidade, no sofrimento e no escândalo. Ou seja, Deus atua de modo radicalmente distinto do que se poderia esperar. Deus, na cruz, destrói todas as nossas idéias pré-concebidas da glória divina.
Apesar de seu protesto contra as doutrinas comumente aceitas, e de sua rebeldia contra as autoridades da igreja romana, Lutero sempre pensou que a Igreja era parte essencial da religião cristã, repetindo o aforismo de Cipriano de Cartago (Extra ecclesia, nula salus – fora da igreja, não há salvação). Em sua eclesiologia, a communio sanctorum ou comunhão dos santos, preconizada pelo Credo dos Apóstolos, não contemplava apenas uma comunhão direta do indivíduo com Deus, mas uma vida cristã no meio de uma comunidade de fiéis.

Lutero também combateu o clericalismo na Igreja, pois a Escritura diz que todos os cristãos são sacerdotes (cf. 1 Pe 2.9), podendo, assim, comunicar-se, pela oração, diretamente com o Criador. Mas, isto não quer dizer que cada crente deva isolar-se em si mesmo; pois o ser sacerdote não contempla somente uma relação interpessoal homem-Cristo. O sacerdócio do crente é universal, ou seja, cada crente é sacerdote de seu irmão, estando capacitado a se apresentar diante de Deus para orar por seus irmãos em Cristo e para lhes ensinar as maravilhas do Evangelho. Este sacerdócio comum de todos em benefício de todos une a igreja, pois nenhum cristão pode dizer que é cristão sem aceitar a honra e a responsabilidade do sacerdócio.

Mas, em contraposição ao citado benefício e privilégio, há a responsabilidade e o serviço decorrente. A unidade e igualdade em Cristo devem ser demonstradas pelo amor mútuo e cuidado de uns pelos outros. Isso implica que ninguém pode ser um cristão sozinho. Assim como uma pessoa não pode nascer de si mesmo ou se autobatizar, da mesma forma não se pode servir a Deus sozinho.

Para quem estava acorrentado durante séculos, a liberdade tende a ser confusa e até certo ponto perigosa, porque as pessoas, de uma maneira geral, não têm a justa medida dos limites de sua própria liberdade, ou direito. E isso, na sociedade medieval, gerou muitos conflitos, alguns dos quais enfraqueceram politicamente a Reforma.
Em 1529, tendo recebido reforços daqueles que desistiram, por medo, de apoiar a Reforma, reuniu-se, na cidade de Spira, nova Dieta, para deliberar sobre os últimos acontecimentos que agitavam a nação alemã. A maioria católica decidiu pelo impedimento de qualquer propaganda da Reforma. Contra isso, os do partido de Lutero protestaram, razão pela qual, daí por diante, os seguidores da Reforma são geralmente chamados de “Protestantes”.

No ano seguinte, em Augsburgo, os reformados luteranos expuseram sua teologia, através de uma Confissão, que é considerada a Carta Magna da Reforma Luterana, da qual podemos extrair cinco princípios básicos: 1) só a Escritura, 2) só a Fé, 3) só Cristo, 4) só a Graça e 5) Sacerdócio Universal. A ordem conforme foram apresentados não indica uma maior importância de um sobre os demais, visto que cada um deles tem a ver com os desvios ou erros em que a Igreja Católica havia incidido ao longo de mil e quinhentos anos.

A Dieta de Augsburgo deu um ultimato aos protestantes, o que valeu por uma declaração de guerra, que finalmente eclodiu em 1546, pouco depois da morte de Lutero, que faleceu aos sessenta e três anos.
Ao olharmos para a Reforma com os olhos da fé e não com a ótica do século, como alguns líderes evangélicos hoje o fazem, à luz da influência de livros de história geral, os quais estão impregnados de doutrinas sociais e econômicas, a entendemos como tendo sido um movimento essencialmente religioso. Não há dúvida de que sempre houve uma semente santa na Igreja, mantida pelo Espírito Santo, o toco a que se refere o profeta Isaías (Is 6.13). Esse toco contém uma brasa eterna, o Corpo de Cristo.

A Reforma foi um reavivamento dessa brasa, cuja chama de testemunho se espalhou por toda a terra. Mas uma coisa fica bem clara: a reforma não se produziu porque Lutero, Zuínglio e Calvino, os principais reformadores do século XVI, se propuseram a isso, mas porque chegou o momento oportuno de Deus.
Hoje, nós, os filhos da Reforma, estamos comemorando 486 anos. Ao longo de nossa história houve momentos de plena obediência a Deus e Sua Palavra, assim como períodos de ênfase excessiva em valores puramente humanos. Épocas em que setores do protestantismo, por influência de doutrinas deletérias racionalistas, se afastaram dos ideais dos reformadores, a ponto de romper com uma das essências da fé cristã que é a crença na divindade de Cristo. Doutrinas estranhas à Palavra de Deus, à toda hora estão batendo à nossa porta. Cabe a nós, os atalaias da fé reformada, vigiar e orar, para que o inimigo de nossas almas não nos pegue desprevenidos e nos peneire. Nos dias atuais, mais do que nunca, é preciso que nos mantenhamos fiéis ao aforismo de autoria do reformado holandês Gisbertus Voetius, à época do Sínodo de Dort: “Ecclesia reformata, semper reformanda”, que muitos têm traduzido equivocadamente, mas que quer dizer: Igreja Reformada sempre se mantendo fiel aos princípios da Reforma.

Que as comemorações do dia da Reforma nos façam sempre relembrar que ela, à luz da Palavra de “Deus, estabeleceu princípios, não costumes, e que esses princípios não podem nem dever ser levianamente considerados pela igreja que se diz reformada. Mantenhamos, pois, a sã doutrina dos reformadores, reverenciando aqueles apóstolos de Jesus Cristo, por meio de quem a pureza do Evangelho recuperou a sua honra. E que Deus nos abençoe. Amém.*Pb. José Roberto Costanza é professor no Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro




Anderson Queiroz

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