sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Deus e o Mal, de Gordon Clark





Com frequência os cristãos insistem não possuir todas as respostas. Contudo, quando o dizem, eles quase sempre se referem a algo explicado com clareza na Bíblia. Mas se a Bíblia aborda um tópico, não temos o direito de falar como se ela não o fizesse. Embora seja verdade que ela não nos concede onisciência, a Bíblia contém mais respostas do que os cristãos costumam reconhecer.
Um exemplo primário é o chamado problema do mal. Embora várias tentativas tenham sido realizadas para diminuir a força do dilema, parece consenso geral entre os cristãos que essas tentativas não são inteiramente satisfatórias, e que o mal é de fato um mistério, algo que não se pode entender ou explicar. Mesmo os herdeiros da Reforma, que se vangloriam da teologia mais bíblica e lógica, retrocedem choramingando paradoxos e contradições. Um teólogo proeminente chamou o pecado de “buraco negro” e abandonou a tentativa de explicá-lo.

Este recuo generalizado é inaceitável porque o problema do mal se apresenta como o golpe fatal contra o cristianismo. Ele sugere que a natureza divina e a existência do mal sejam logicamente incompatíveis. A ameaça não pode ser subestimada, e o apelo ao mistério é equivalente à rendição. E após um ou dois, ou centenas de apelos ao mistério, como compelir os não cristãos a admitir que a fé cristã é eminente e obviamente racional?

Mesmo que ignoremos a percepção pública – isto é, mesmo que permitamos Deus ser blasfemado – a verdade é que ninguém pode verdadeiramente afirmar duas proposições incompatíveis de acordo com a lógica. A alegação de contradição apenas aparente é irrelevante, pois tão logo se perceba a contradição, não se pode afirmar as duas proposições. A natureza da contradição é tal que afirmar um de seus lados equivale a negar o outro, de forma que afirmá-los é também negá-los na ordem inversa, e que negar os dois significa afirmá-los na ordem inversa de novo. Assim, afirmar os dois lados da contradição é afirmar nada, ou pior que nada. É um exercício sem sentido.

Se a natureza divina e a existência do mal são de fato mutuamente excludentes, então os cristãos devem abandonar a crença em Deus ou consignar o mal à mera ilusão. Qualquer dessas opções significa a rejeição da fé cristã. Se afirmar Deus é negar o mal, e se afirmar o mal é negar Deus, então afirmar Deus e o mal é negar o mal e Deus, o que significa afirmar Deus e o mal, assim por diante ad infinitum. Portanto, quem alega afirmar Deus e o mal, mas afirma perceber a contradição entre os dois, é mentiroso, pois na verdade ele afirma apenas um dos dois, ou é um tolo, e não entende o que diz.

Além disso, o apelo ao mistério é inaceitável porque a Bíblia explicitamente nos informa sobre a origem e o propósito do mal. Dessa forma, o apelo ao mistério sugere ignorância ou rejeição da explicação bíblica. Neste caso, o clichê “Não temos todas as respostas” está longe da admissão humilde da limitação humana; trata-se na verdade da recusa de ouvir a Deus. Pelo fato de a Bíblia oferecer a resposta intelectual, ética e psicologicamente satisfatória, a humildade exigiria seu aprendizado e aceitação por parte dos cristãos.

Portanto, a única abordagem correta é mostrar que o chamado problema do mal apresenta um falso dilema, e que não existe nenhum mistério aqui, nenhum paradoxo, nenhuma antinomia, nenhuma contradição entre os dois, e que é possível afirmar a existência de ambos de forma coerente.

Mais uma vez, o dilema é a alegação de que a natureza divina e a existência do mal são incompatíveis. Como argumento ele recebe várias formas, mas a ênfase principal permanece idêntica. Por exemplo: “Se Deus é amor, como pode existir o mal?”. Ou, “Se Deus é amor, então ele desejaria eliminar o pecado, mas ele não eliminou o pecado”. O mal natural também é incluído nessa linha de pensamento: “Se Deus é amor, como ele pode causar ou permitir o desastre que matou cinco mil pessoas?”.

Tenha em mente que o argumento supostamente revela uma contradição na cosmovisão bíblica. Isso significa que as definições para todos os termos-chave, incluindo amor e mal, devem vir da própria Bíblia. O argumento não alcançaria seu objetivo caso mostrasse que o conceito cristão de amor é incompatível com a ideia não cristã de mal, ou vice-versa. Isso apenas significaria a discordância entre cristãos e não cristãos – algo redundante no debate em que os não cristãos apresentam argumentos para desafiar a fé cristã. Antes, para demonstrar a incoerência de uma cosmovisão, todos os termos-chave devem ser tomados de dentro dessa cosmovisão.

Dito isso, a Bíblia nunca sugere que Deus, por seu amor, deva eliminar todo o mal, muito menos fazê-lo de imediato. Na verdade, ele preservará o mal para sempre no inferno, e nos demônios e pecadores que devem suportar o sofrimento sem fim ali. Haveria um dilema se a Bíblia afirmasse que Deus deveria eliminar todo o mal, e que ele não o elimina ou não o eliminará. Entretanto, inexiste dilema caso a própria Bíblia ensine que Deus não eliminará o mal, e que ele o preservará, e então o chama de Deus amoroso. Evidentemente, a Bíblia define o amor divino de uma forma que pode acomodar isso. É inútil queixar-se de que o conceito antibíblico de amor divino não o permita. A declaração bíblica obviamente contradiz o que é antibíblico, mas isso não mostra nenhuma inconsistência no sistema bíblico.

Não importa a forma assumida pelo desafio, ele pode ser refutado da mesma maneira. Ele nunca chega ao ponto de mostrar alguma contradição interna da visão bíblica e, portanto, não possui relevância. Ele continua repetindo que um termo antibíblico é incompatível com um termo bíblico, e algumas vezes ambos os termos são antibíblicos; isso de alguma forma deve causar problemas para a fé cristã. Ora, isso sim é um mistério!

Como argumento contra a fé cristã, o chamado problema do mal nunca pode ser proposto de forma inteligível. Assim, inexiste objeção a que os cristãos devam responder. Poderíamos continuar demandando que os não cristãos consertem o argumento e jamais seríamos forçados a contribuir. Todavia, nossa resposta não é totalmente negativa. É de fato possível discutir a existência do mal, de acordo com a revelação bíblica, mas apenas como tópico da teologia cristã; jamais como um problema para a teologia cristã. A Bíblia ensina que Deus é soberano sobre a totalidade do pecado e do mal, e por seu amor para conosco, seus eleitos, ele ordenou sua existência para demonstrar sua paciência e ira, e apresentar sua glória e justiça.

O argumento a partir da existência do mal não é embaraço para a fé cristã; antes, é a plataforma de ataque do cristão contra quem ousa usá-lo. Os pecadores se consideram informados e inteligentes, mas Paulo escreve que, embora se considerem espertos, são tolos. O uso desse argumento é um elemento de prova de que os não cristãos são irracionais, desinformados e preconceituosos. Esse problema do mal circula entre os homens, não pela inconsistência da fé cristã, mas pelas tolices concebidas pelos não cristãos. Da próxima vez que o não cristão o confrontar com esse argumento, não tema. Antes, regojize-se, pois o Senhor lhe deu a vitória. Ele entregou o adversário em suas mãos.

O tratamento dado por Gordon Clark sobre o assunto é uma joia rara. Enquanto outros recuam e transigem, concedendo ponto após ponto, ele encara o desafio com conhecimento e precisão, mantendo a natureza divina constante e explicando todas as outras coisas por ela. Essa é a única abordagem correta, e resulta em uma resposta que não pode ser refutada. No processo, ele interage com vários teólogos e filósofos, chega a definições apropriadas para termos cruciais e responde às objeções. A exposição, de forma geral, é tão excelente que quase torna as outras tentativas supérfluas.

Vincent Cheung
Boston, Massachusetts
Outubro de 2010 Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Revisão: Rogério Portella Publicado em 14 de outubro de 2010 – 13:21


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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Onde Estão os Reformadores?


Onde Estão os Reformadores?

É muito difícil não estar preocupado a respeito do estado das igrejas evangélicas hoje. Não é nem tanto pela abundância de erros; isto já é sério o suficiente. Mas, o que é tão sério quanto isto e mais preocupante é que o espírito de reforma nos deixou. Onde estão os reformadores? Em vão nós procuramos por eles. A ausência deles é uma das maiores evidências do fato de que nós vivemos em dias de declínio espiritual.

Como é que vamos reconhecer um verdadeiro reformador? Não será por causa de algum "plano de reforma" que ele irá publicar. Nenhum verdadeiro reformador das gerações passadas jamais anunciou algum "programa", "estratégia", ou "década de reforma". Cada um simplesmente foi fiel às Escrituras e através da sua fidelidade a Reforma veio. Quando Lutero afixou as suas 95 teses na porta da igreja ele não sabia que estava preparando o caminho para a Reforma. Ele estava simplesmente sendo fiel às Escrituras. Quando William Tyndale decidiu traduzir a Bíblia para o inglês, a qualquer custo, ele não estava ciente de que estava preparando o fundamento para o nascimento do Puritanismo na Inglaterra. Quando Thomas Chalmers lutou contra o modernismo e contra o patrocínio de ministros e exigia o direito da congregação escolher o seu pró[rio ministro e a resistir os líderes que fossem forçados a assumir o púlpito, e quando ele protestou contra todas as tentativas do Parlamento ou dos Tribunais de inferência nos assuntos espirituais ou eclesiásticos, ele não sabia que isto iria resultar no chamado hoje de Disruption (Ruptura).

Estes reformadores da igreja estavam apenas imitando o exemplo do próprio Salvador, que simplesmente pregava de maneira fiel às Escrituras. Jesus apontou os erros da igreja nos seus dias, e foi rejeitado por causa da sua fidelidade. É assim que sempre será aqui na terra. A reforma não requer conferências especiais, especialistas caros, muito investimento em propaganda; na verdade, se qualquer pessoa que poderia vir a ser um reformador passasse a gastar tempo e investir nestes planos, eles não estariam mais agindo no espírito da reforma e seriam julgados por isso.

Quando pensamos a respeito do trabalho dos reformadores da igreja, jamais devemos olhar para as pessoas apenas. O livro escrito por Lucas deveria ser conhecido como "Os Atos de Cristo Ressurreto", ao invés de Atos dos Apóstolos. A Reforma da Igreja sempre é um trabalho soberano do Senhor. Qualquer reforma que realmente mereça este nome é inteiramente o trabalho de Deus e não o fruto de uma ação ou pessoa qualquer.

A Bíblia nos diz que "O Espírito do Senhor revestiu Gideão" em Jz.6:34. Isto não quer dizer que Gideão se ergueu imediatamente e entrou em ação, que ele de súbito jogou fora a preguiça e a sensação de derrota, e que o desejo de batalha o encheu, fazendo com que ele pegasse nas armas para lutar. Se isto fosse verdade, nós não estaríamos lendo a história dos Atos de Gideão, mesmo se o Espírito tivesse dado o primeiro impulso ou a primeira fagulha de ação. O que nós lemos é que "O Espírito do Senhor REVESTIU a Gideão". Estas belas palavras significam literalmente que o Espírito do Senhor revestiu a Gideão. Esta é a palavra usada quando o homem coloca sua roupa de trabalho para ir trabalhar. O soldador protege o seu rosto da solda, se reveste com óculos de proteção, o ferreiro coloca o seu avental de couro, revestindo seu corpo de proteção, o piloto coloca sua jaqueta de vôo e está pronto para ir trabalhar. Mas ninguém é tão ingênuo que possa pensar que a roupa é quem capacita para o trabalho, mas sim, o trabalhador revestido, é quem faz o trabalho. A Bíblia nos diz que o Espírito do Senhor revestiu Gideão, e este autor compreende que naquele momento, Gideão era para o Espírito o que o avental de couro é para o ferreiro. Gideão é apenas a roupa de trabalho - quem faz o trabalho é o Espírito de Deus. Então quem estava entrando em ação para libertar o povo e elevar o padrão? Era o Espírito Santo!! O Senhor se levanta para a batalha. O livro de Juizes não é um conjunto de estórias de grandes feitos de algumas pessoas exemplares; é o resultado dos poderosos feitos de Jeová. Olhe a vida subseqüente de Gideão e irá encontrar um homem que cai. O que ele fez foi unicamente por intermédio de Deus, em um período de reavivamento.

Se a Reforma da Igreja não for vista desta maneira, nós ficaremos tão atarefados, estudando fatos e pessoas que participaram de eventos no passado. Sempre que existe um declínio na igreja e a acomodação domina, algumas pessoas ficam preocupadas e começam a reclamar do que está acontecendo. Eles dizem, "Sim, temos uma doença aqui, mas você não vai desertar da sua mãe doente!" Estas pessoas dão uma aparência de responsabilidade e gentileza, mas o diagnóstico delas está errado. As igrejas em declínio não são mães doentes; elas são médicos ruins dando veneno às mães e pais e crianças que foram colocadas sob os seus cuidados.

Também existiram pastores preocupados, trabalhando nas igrejas durante o tempo da Reforma. Este foi o caso, por exemplo, no País de Gales. Uns 200 anos foram necessários para que as verdades da Bíblia fossem aceitas pela maioria dos cristãos daquele principado. Como se explica isso? Era porque muitos pastores diziam às suas congregações que estavam preocupados com o estado da igreja, até falavam das mensagens da Bíblia, mas não entravam em ação. Eles acalmavam o povo com expressões de preocupação, mas a igreja local permanecia exatamente onde estava. Não foi transformada aquela comunidade até que a Palavra foi vigorosamente aplicada na vida daquele povo, e assim, dois séculos mais tarde eles passaram a viver e praticar o que o Novo Testamento ensinava. A oportunidade foi perdida na época, e só foi aproveitada 4 ou 5 gerações mais tarde.

Isto é o que acontece freqüentemente hoje, ministros e pastores falam dos erros existentes em suas denominações, e muitos diáconos ou presbíteros o apóiam, mas a "mamãe está doente", e nada é feito. Eles expressam a sua preocupação, permanecem "fiéis" e "evangélicos"; tomam conta do seu próprio púlpito e não fazem nada a respeito do que está sendo dito nos outros púlpitos da mesma região e denominação. Eles cooperam com todos os homens em campanhas evangelísticas e a sua estratégia alegra os moderados perfeitamente, assim, a moderação prevalece. Traição ao Evangelho está prevalecendo e eles pensam que podem trabalhar para reformar oferecendo o seu tempo. Tentam ir mudando os médicos que envenenam o povo gradualmente, até que os evangélicos como eles sejam maioria. Então elas começam por submeter-se e dialogar com os "envenenadores", e assim fazem parte deste mal que assola a igreja. Querem preparar toda a estratégia da reforma com as próprias mãos. Eles irão determinar um plano para si mesmos. Assim eles irão assumir a posição que o Espírito reservou só para Si.

A reforma genuína não tem nada a ver com as estratégias e planos humanos. As pessoas "bem intencionadas" estão capengando e tentando fazer um pouco neste momento para tentar deter o movimento das denominações históricas, buscando uma união com a Igreja Católica Romana, e os modernistas são exatamente este tipo de reformadores. Eles estão fazendo algo, não com convicção, mas com a sensação de que existem muitos homens mais capazes do que eles; na verdade estes homens não estão fazendo nada.

O caminho usado pelo Senhor para levar os reformadores da Sua Igreja pertence só a Ele. Os homens são instrumentos cegos, o mero avental de couro que o Espírito Santo veste quando vai entrar em ação. Eles são soldados, não sabem de todo o plano da batalha. Eles não são diplomatas ou estrategistas que decidem onde e como irão se posicionar estrategicamente. Este tipo de estratégia é totalmente errada, quando se trata da Igreja do Nosso Senhor.

Existe uma coisa que nós sabemos a respeito dos reformadores. Eles não são compreendidos e são mal interpretados e julgados pelos seus contemporâneos. Você deve ler o que os opositores de Spurgeon escreveram a respeito da sua pessoa e do seu caráter. Neste obituário escrito no THE TIMES, Joseph Parker foi gentil quando escreveu o resumo da vida de Spurgeon desta forma: "O Sr. Spurgeon era totalmente destituído de benevolência intelectual. Se homens enxergavam as coisas do ponto de vista dele, eram ortodoxos; se eles viam de qualquer outra maneira eram heterodoxos, pestilentos e não adequados para ensinar a mente dos alunos inquisidores. O Sr. Spurgeon era dono de um egotismo (ou vaidade) superlativo; não do tipo tímido e disfarçado, mas um egotismo adulto, maduro, controlador, do tipo que toma os assentos mais importantes como se fossem seus por direito. As ;únicas cores que o Sr. Spurgeon reconhecia eram o preto e o branco". (The Time, 03-02-1892).

O padrão é sempre o mesmo. O reformador é considerado um homem brilhante, mas solitário. Ele é acusado de pensar que não é compreendido. É desconfiado, veemente, afiado, absolutista; ele vê corrupção em tudo, podridão, um processo de subversão; é agressivo, sempre quer tudo à sua maneira; vem de uma minoria cultural dentro do seu país; nunca compreende as questões; não foi educado ou instruído no certo; ele é ... velho!! Isso é o que pensam do reformador.

Neste aspecto, o discípulo não é maior do que o seu Senhor. Cristo foi rejeitado e odiado, chegou a ser chamado de glutão e tomador de vinho, que sempre estava cercado de prostitutas e coletores de impostos, que veio do lugar errado, que desprezava a lei e a virava ao contrário. Ele foi taxado de revolucionário que pregava a rebelião contra as autoridades eclesiásticas; um que surgiu no palco da vida pública sem autorização ou competência. Até hoje ainda aparecem novas acusações contra ELE.

Esta é a visão que as pessoas têm, por não entenderem que o Espírito Santo usa os seres humanos, como o trabalhador que veste sua roupa de trabalho, quando Ele vem reformar a Sua Igreja.É este tipo de trabalhador, homens e mulheres que tenham sido revestidos pelo Espírito Santo, que nós não temos conseguido encontrar hoje. Esta é a mais triste evidência do nosso declínio espiritual.

Nota sobre o Autor: Geofrey Thomas é pastor da Igreja Batista Afred Place emAberystwyth, País de Gales. Ele também trabalha como Editor Assistente da Banner of Truth e do The Evangelical Times.Artigo transcrito do Jornal "Os Puritanos" - Ano II, Nº. 4.

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O “$HOW” TEM QUE PARAR!



"Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.”(2 Co 13.8)
Por Gaspar de Souza


No último dia 25 de setembro de 2010 aconteceu em Recife, no bairro de Boa Viagem, a conhecida “Marcha para Jesus”. Nós, Cristãos Protestantes, estivemos lá. Mas não fomos para dançar, pular, declarar que “Recife é do Sinhor Gezuis”, não fomos “profetizar virado para os edifícios à beira mar”, não fomos “derrubar muralhas” – havia muitas “mulheres evangélicas” vestidas e dançando de tal forma que eram capazes de derrubar muitos...hehehe... misericórdia – não fomos “marchar para o Gezuis” da Marcha. Não! Fomos para um protesto, tal como nos declaramos: fomos ser protestantes.

Seguindo o exemplo do movimento “Marcha Pela Ética Evangélica Brasileira – O $how tem que
 parar!”, que começou em São Paulo com os irmãos Paulo e Vera Siqueira, uma turma composta por dez jovens (eu não tão jovem assim, não é?) foi às ruas de Recife portanto faixas e camisas contendo versos bíblicos (1 Tm 6. 3 – 10; 2 Pe 2.3a) e o dizer “Voltemos ao Evangelho Puro e Simples. O $how tem que Parar!”.

Nos encontramos na Igreja Presbiteriana dos Guararapes, pastoreada pelo 
Rev. Gaspar de Souza (eu de chapéu) e, de lá, seguimos até o centro da passeata. Estávamos apreensivos ao que poderia acontecer. E, defato, aconteceram algumas coisas. Ficamos pouco mais de 200 metros do primeiro trio-elétrico. Ali mesmo abrimos as faixas, o que logo chamou a atenção de muitos. Procuramos ficar próximos para evitar algum atrito e isolamento do pequeno grupo.

Qual não foi a nossa surpresa ao encontrarmos manifestação de apoio, como o rapaz aí no vídeo que disse que encomendou a camisa, mas ainda não havia chegado. Outras manifestações foram altamente positivas, como a do irmão de Guiné-Bissau aí no vídeo, que indignado chamou o evento de “pura babilônia”.

Claro que nem tudo são flores. Uma senhora, vestindo camisa da “Marcha”, ameaçava-nos 
processar porque estávamos filmando o evento. Outros nos mandaram “evangelizar os gays, na parada gay”. Em toda ocasião procuramos ficar calados e não responder às provocações. Apenas quando alguém nos perguntava o motivo do protesto, respondíamos e filmávamos. Em outra ocasião, os “abre-alas ou porta-bandeiras” da Marcha pararam em frente às faixas, talvez tentando barrar a massa ignara da leitura dos textos. Outro episódio foi de uma mãe que, ao ver o filhote fotografando uma das faixas, perguntou ao moleque: “é isso que você quer pra você? Eu não quero isso não!”. Parece-nos que a faixa era a que dizia: “voltemos ao Evangelho Puro e Simples!”

O que presenciamos foi um show de horrores, um babilonismo; assemelhava-se às saturnálias romanas; era uma evento dionisíaco, sem a embriaguez e as orgias explícitas, mas com as “dancinhas sensuais” embaladas pelo “timbalada gospel” do “expresso suingueira” e “expresso louvadeira”. Tinha mãozinha aos altos, os “sai do chão”, as “reboladas gospel”, “trenzinho gospel”, “mãozinhas gospel nos joelhos gospel”. Até um boneco (parecido com os da “turminha da graça” do R.R. Soares) distribuía – no Recife a gente diz que estava “fazendo bamburim” – pacotinhos de biscoitos para os “miseráveis da fé”. Lembrei-me do “pão e circo”.
Enquanto isso, um “abre-alas” chegou a ler uma de nossas faixas. Um momento cômico foi quando a chuva começou a cair. Os “poderosos da fé” levantaram as mãos aos céus e começaram a repreender a chuva! Putz! E o pior! Pareceu-nos que eles não tinham tanta fé assim, pois começaram a cobrir os trio-elétricos com os toldos...kkkkkk. Os caras nem perceberam a contradição entre o que estavam fazendo e o que estavam dizendo.

A cada trio, lá estava a multidão pulando, correndo, requebrando, berrando, misturando os comícios políticos – não faltou oportunista na ocasião. Até a Shirley Carvalhaes estava no trio. Como candidata, claro. Bandeiras de apoio a político e partidos; propagandas de aguardentes (Pitú e 51) e alguns “Após Tolos” de plantão.

Ficamos até o último trio, quando a chuva caiu mais fortinha. Os garis da Emlurb (Empresa de Limpeza Urbana) – Prefeitura de Recife – estavam lá para limpar a sujeira. Claro, ao fazerem isto, foram pagos com dinheiro de TODOS os Contribuintes de Recife, quer fosse evangélicos, católicos, ateus, espíritas ou sem religião. Enfim, os “de Gezuis” fazem a “Marcha” da saturnália, e TODOS pagam...

Agradecemos a todos que participaram conosco: Danilo, Teófilo, Tatyana, Ana, Mirian, Davison e as duas meninas (Danilo, por favor, coloque os nomes delas, ok?). A todos que apoiaram este protesto, os nossos agradecimentos. Querendo Deus, no próximo ano estaremos lá novamente. Ainda este ano enfrentaremos outro evento que acontecerá aqui em Recife. Aguardem notícias.

Rogamos a Deus que as suas ovelhas sejam acordadas para o engodo que é a tal Marcha.

Mais Fotos. O vídeo já foi editado. Aguardem para a postagem.



Davison e Taty



Esta senhora nos ameaçava....




Danilo, Rhyane e Teófilo
A marca de uma famosa aguardente aqui na regiãoMarcha e Campanha Política



Indo em direção aos Trios

domingo, 3 de outubro de 2010

MARINA OLIVEIRA FIGEIRA VIDEIRA SILVA

Caio - 3/10/10; saindo para votar em você!

(Faço das palavras de Caio Fabio as minha palavras)

Amada Marina, Não sei se venceremos com você esta eleição, mas não importa, pois, seja como for, o testemunho da fé da esperança e do amor já venceram em sua e em nossas vidas nesta eleição!Você — diferentemente das Plantas Doces e Nobres do Apólogo de Jotão, no Livro Bíblico dos Juízes de Israel —, por ser filha das dores e gemidos da Floresta, ofereceu-se para dar sua doçura, gosto e azeite a todas as demais árvores da Floresta.É triste ver, todavia, que há muita gente criada no Concreto e no Deserto, e que prefere o reinado do Espinheiro! Até decoram suas casas com espinhos; sim, com cardos e abrolhos!Você, Marina, é simples e ampla: é Marina e é da Floresta; talvez porque nas nossas terras amazônicas os rios sejam verdadeiros mares.O Lula é do Mar, mas o Mar é maior do que Lulas! Marina da Floresta; Marina Oliveira [azeite] Videira [vinho novo] Figueira [doçura] Silva [do Brasil]; Marina dos Rios Mares; saiba: que os céus permitam que seja agora[...], mas se não for já, todavia, logo chegará a hora em que as lulas saberão que não é o mar que precisa da lula, mas a lula do Mar.Vou sair para votar em você! Pela primeira vez em 56 anos de vida votarei com alegria, certeza, consciência do melhor e toda a esperança de que algo bom e novo aconteça!Seja como for, amiga e irmã Marina, você já se tornou para o imaginário nacional a Marina Gandhi do Brasil! Que o Sen hor de todos os homens honre a sua vida; e que você nunca seja enganada por nenhum ardil do mal! Marina, nós todos, os que amamos o Evangelho, nos sentimos honrados no Senhor por podermos ainda ver que o bem pode existir na Política.

Nele, que amou você, Marina, e a deu como Graça a muitos nestes dias,

Caio 3 de outubr o de 2010 Lago Nort BrasíliaDF

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sábado, 25 de setembro de 2010

O Novo calvinismo ["Nuevo Calvinismo"] - Revista Times


A revista time Publicou Uma reportagem falando acerca das 10 idéias que estão mudando a realidade norte americana hoje. Em terceiro lugar da lista, se faz referência ao novo calvinismo.Não é tão freqüente, um jornalista compreender e falar sobre coisas espirituais, mas David Van Biema Afirma que o calvinismo voltou, e não como um movimento que só produz musica, se não que ele tem tocado vidas de muitos, oferecendo uma perspectiva BíblicaO calvinismo, o primo do luteranismo, é um dos pilares da reforma protestante. È um sistema teológico cristão e uma atitude para uma vida Cristã, que põe ênfase na autoridade de Deus sobre todas as coisas

Segundo o jornalista neo-calvinismo, os ministros não trabalham da mesma forma que Rick Warren., dou como exemplo as colunas Ted Olsen, editor do Christianity Today que menciona John Piper se referindo a ele, como um pioneiro neste movimento neocalvinista, como o toque característico de Mark Driscoll e a elegância distinta de Albert MOHLER. Além disso, afirma que o estilo é o que dá mais sabor, é a bíblia de estudo ESV que já se esgotou rapidamente em sua primeira edição.


Collin Hansen falou dizendo que "Muitos jovens de hoje tem crescido em uma cultura de desigualdade, o divórcio, drogas e a tentação da sexualidade. Eles têm um monte de amigos, mas em verdade, aquilo que realmente mais se precisa é um Deus."


Para ler a matéria podem acessar o seguinte link


http://www.time.com/time/specials/ http://www.time.com/time/specials/


A abordagem calvinista a fé sempre foi pesado em conteúdo. Tal como em gerações passadas, a saída de material do novo movimento calvinista é prolífica. A Internet tem proporcionado um ambiente perfeito, com oportunidades sem paralelo para eles para transmitir sua mensagem. Aqui estão algumas das vozes principais, além de Piper:





Dr. Ligon Duncan, a professor at RTS Jackson, discusses the reformed theology aspect of Reformed Theological Seminary.


Tim, informando a Reforma


Justin Taylor, entre dois mundos

Kevin DeYoung, DeYoung, inquieto, e reformada

CHMahaney, Sovereign Grace Ministries

PHJohnson e "TeamPyro", Pyromaniacs

Al Mohler, AlbertMohler.com

MADever e outros, 9Marks.org

RC Sproul, Ministérios Ligonier

Mark Driscoll, Mars Hill Blog

John MacArthur Grace, para você

Rev. Eric Costa e outros, a Teologia da Reforma

Monergism.com Monergism.com

Founders Ministries (SBC) Founders Ministries (SBC)


Encorajo-vos a verificar esses sites, especialmente se você não estiver familiarizado com o novo calvinismo e sua voz forte na web.Então, fique à vontade para voltar, apresentar as suas observações e discutir o que você pensa com os outros.Para melhor apresentar a nossa semana este assunto, aqui está um pequeno vídeo explicando o distintivas da teologia reformada do Reformed Theological Seminary (RTS) . It features Ligon Duncan Possui Ligon Duncan , teólogo professor, escritor e ministro da Igreja Presbiteriana na América (PCA) . Ele é atualmente o pastor sênior da Primeira Igreja Presbiteriana histórico, Jackson, Mississippi


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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma curiosidade Pentecostal


Por Aníbal Pereira dos Reis


Disseram-me vezes inumeráveis que os da As sembléia de Deus são pentecostalistas mais sensa tos. Que não são fanáticos como os dos demais grupos da seita. A página trasladada demonstra a saciedade que todos, sem a exclusão dos das Assem bléias de Deus, todos se enquadram na mesma bito la da heresia. Todos, também os das Assembléias de Deus, ensinam os mais graves absurdos e em igual ímpeto embusteiro iludem e exploram o povo ignaro sempre disposto a ser enganado.

Trata-se de UMA ASSOMBROSA CARTA DA RÚSSIA divulgada pela revista A SEARA, nº 172 de Julho de 1979, ano XXIII, páginas 10 e 11, órgão editado pela CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL, cujo diretor, na época, era o sr. Abraão de Almeida, um dos mentores destacados desse grupo pentecostalista.

A carta teve sua divulgação sob inteira res ponsabilidade da própria revista em cuja apresen tação se destaca a seguinte frase: "uma mulher, que era membro ativo do partido comunista da União Soviética, desprezava os crentes e vivia no pecado, morreu, foi ao hades e ressuscitou convertida contando sua experiência e pregando o evangelho".

Transcrevo sem qualquer comentário porque o seu teor já se constitui expressivo comentário:

Fui atéia. Desprezava a Deus e perseguia os que seguiam a Cristo. Vivia no pecado e fui membro ativo do Partido Comunista.

Em 1965 tive câncer no estômago. Sofri durante três anos, mas tinha a esperança de ficar curada. Entretanto a doença progrediu sem que a Medicina pudesse dominá-la. Fiquei muito fraca, pio rando cada vez mais. Os médicos decidiram operar-me e, no momento em que cortaram meu ventre, a morte chegou, imediatamente vi-me entre eles, ao lado do meu corpo, olhando a enfermidade. O estô mago e os intestinos tinham tumores cancerosos. E eu pensava: "Por que somos duas? Estou em pé e ao mesmo tempo deitada". Neste momento o médico retirou os intestinos que continham um estranho lí quido e disse: "Ela não tinha condições de viver. Era um verdadeiro milagre que estivesse viva ate hoje". Recolocaram os intestinos no lugar, costu raram o ventre de qualquer maneira e decidiram entregar o corpo para a pratica dos estudantes de Medicina.

Levaram meu corpo para o necrotério e o co briram com um lençol. Mais tarde vi meu irmão com meu filho André, que, chorando, dizia: "Mamãe, por que morreste? Sou tão pequeno, com que vou viver?" Eu o abraçava e beijava, porém ele não se dava conta. Depois vi que me encontrava em casa e meus familiares repartiam minhas coisas com irritação e maldizendo uns aos outros.

Observei como os demônios corriam em torno deles anotando tudo o que diziam. Em seguida con templei espantada todas as minhas ações desde a infância. Comecei a sentir-me voando e subindo. Fiquei perplexa porque sabia que não me encontra va num avião e que estava só. Uma força invisível me sustentava e eu subia cada vez mais alto. Quando voava entre as nuvens uma luz resplandecente me atingiu e então caí sobre um grande lençol. Ao longe vi árvores de folhas rosadas e belas casi nhas, porem nenhuma pessoa havia ali.

Não muito longe avistei uma mulher alta, de andar suave. Ao seu lado caminhava um jovem com o rosto escondido nas mãos e chorando amargamente. Suplicava algo a ela. Pensei que era seu filho e intimamente condenei esta mulher por sua falta de misericórdia, pois ela não dava ouvidos ao jovem. Quando ela se aproximou quis perguntar-lhe onde eu estava, mas o rapaz caiu aos seus pés adorando-a, chorando e rogando por algo. Não consegui en tender o que ela dizia a ele.

De repente eles olharam para cima e pergun taram: "Senhor, onde a poremos?" Tremi de medo e foi aí que compreendi que estava morta e que meu corpo estava na Terra. Lembrei-me de que tinha muitos pecados e que devia prestar contas. Quando vivia na Terra não acreditava que existisse alma. Comecei a chorar com amargura e uma voz vinda do alto disse a mulher: "Deixa-a voltar à Terra, pa ra junto de seu pai, que e caridoso. Ha muito chegou sua oração rogando que mostrasse a ela o lugar que merecia. Tirei-a da face da Terra por sua vida pecaminosa e por se colocar contra Deus. Eu a tirei sem que ela se arrependesse".

NO INFERNO - Imediatamente apareci no hades. Rodearam-me serpentes e vermes com aguilhoes espetando-me o corpo. A dor era insuportável. Eu gritava em alta voz mas ninguém me acudia. Meu ali mento eram vermes mortos e decompostos-gusanos. Com gritos perguntava: "Como posso comer estes vermes?" Mas a minha mente chegou esta frase: "gusanos serão tua cama e gusanos te cobrirão", Ts. 14:11. E uma voz me falou: "Tu nunca jejuaste". Neste momento pensei em Cristo e clamei por sua misericórdia. Ele me disse: "Tu vivias na Terra e não me reconhecias, não querias me reconhecer e eu não te reconheço aqui. Lembra-te de que matavas teus filhos antes de nascerem e aos outros dizias que eles tinham filhos como sapos e que tu os evitavas. Em lugar de fartura enviei-te doença para que te arrependesse, mas ate o fim me desprezaste. Não me reconheceste Ia, mas aqui começarás a colher o que plantaste".

Depois uma serpente começou a rodear-me e ou vi um ruído. Então vi como numa visão a igreja de nossa cidade e o pastor que sempre menosprezara. Uma voz me perguntou: "Quem é?" "Nosso pastor", respondi. "E como tu ali o chamavas de zangão?" Quando disse isto comecei a rogar-lhe: "Perdoa-me, Senhor, deixa-me voltar a Terra, pois lá deixei um filho pequeno". Então ele me disse: "Tu tens compaixão dele e Eu tenho misericórdia de todas as pessoas e desejo que se arrependam. Brevemente virei julgar a todos os que habitam na Terra". Neste instante apareceu o mesmo lenço sob meus pés e perguntei: "E aqui o Paraíso?" e uma voz respon deu: "Para os pecadores a Terra é o Paraíso".

Apareci novamente no lugar de tormentos e foi mais terrível do que da primeira vez. Eu es tava no meio do fogo; a volta estava muito escuro, o que me deixou assustadíssima. Os demônios vieram e diziam: "Tu chegaste até aqui, amiga. Tu nos escutaste e serviste muito bem". Estremeci, lembrando-me dos meus pecados. Dos demônios voa vam chispas de fogo que penetravam em meus cabe los e senti muitas dores. Ouvia-se o gemido dos pecadores; todos pálidos e magros e de olhos esbugalhados, clamando com voz terrível: "... beber... beber... água". Eles me disseram: "Tu vi veste na Terra e não amavas a Deus, mas o desprezavas como nós e com fornicários andavas e nunca arrependes-te. Todo o tipo de pecados cometes-te e por is so terás sofrimentos aqui. Porém os pecadores que li se arrependeram, recebem os estrangeiros e ajudaram os pobres, estão no Paraíso".

Eu estava cada vez mais impaciente quando uma luz surgiu e todos caíram com o rosto no chão e começaram a suplicar, não suportando o sofrimento porque não havia uma gota sequer de água. Mas uma voz contestou a todos: "Na Terra todos sabem des te sofrimento, porém não crêem e nem sequer que rem ouvir, e Eu não posso contrariar os mandamen tos de meu Pai". Neste momento uma voz chegou aos meus ouvidos, dizendo: "Deixe-a voltar a Terra".

A RESSURREIÇÃO - Tudo desapareceu e voei sem rumo fixo. Não sei de que maneira apareci na cidade de Barnauli, no hospital, e depois no necroté rio. A porta estava fechada, mas eu passei tran qüilamente. Olhei meu corpo que estava deitado com a cabeça e os braços pendentes. Num momento entrei no corpo e senti frio. Neste mesmo instan te trouxeram um homem morto. Ao acender a luz me viram deitada e tremendo de frio. Então todos gritaram de medo. Voltaram depois e levaram-me ao hospital. Muitos médicos e enfermeiras ficaram a me olhar, e disseram: "É preciso aquecer seu cor po com lâmpadas". Quando fizeram isto abri os olhos e falei. Todos ficaram assombrados com mi nha ressurreição e no outro dia já pude comer. Aos médicos eu disse: "Sentem-se e lhes contarei sobre o outro mundo, onde estive". Eles me ouvi ram atentamente e no fim eu lhes disse que se não se arrependessem aqui na Terra seu alimento seria todo o tipo de vermes e escorpiões mortos. Fica ram pálidos ao ouvir isto e muitos se interessa ram pelo meu caso.

Não sentia nenhuma dor em meu corpo. Muita gente me procurou ate que a polícia teve que intervir. Os médicos não compreendiam como a doença tinha desaparecido. Levaram-me a mesa de operação para uma revisão e disseram: "Por que operaram uma pessoa completamente sã?". O médico que havia feito a operação ficou muito envergonhado, comen tando: "Como pude enganar-me? Tudo estava decom posto pela infecção e agora tudo esta limpo e a região afetada renovada como a de uma criança".

Perguntei a um deles: "Que diz deste caso?" Ele respondeu: "Nada tenho que pensar. Você renasceu do Todo Poderoso". Então respondi: "Se vocês crêem nisto, então devem renascer, deixando sua vida de pecados".

Agora tenho 47 anos. Prego a Jesus Cristo e sua próxima vinda porque Ele me disse isto. Ainda me procuram pessoas de vários lugares e a todos testifico de Cristo, aconselhando-os a se arrependerem e receberem ao Senhor como seu único e suficiente Salvador.

Impossível omitir dois ou três comentários.

Além de fantasiosa a carta é falsa. Não digo falsa apenas em sua origem. Falsa no seu conteúdo.

Começa por aí! Nem aparece o nome da autora. Menciona apenas um isolado André desacompanhado do nome de família. Falta, outrossim, referência a nomes dos médicos. Enfim, um relato destituído de qualquer base ou comprovação de sua veracidade.

O fato em si é pura ficção. E descamba para as regiões espiritistas. Aquela estória de o espírito ficar por aí a rodear e a rondar o corpo inerte...

A patacoada se restringiria ao gênero do conto e da anedota se não afetasse diretamente ensi nos evidentes da Palavra de Deus.

As Escrituras Sagradas jamais sugerem a per manência do espírito após a morte ao redor do corpo a espreitar as reações dos circunstantes.

E onde já se viu uma revista dita evangélica supor a possibilidade da conversão no inferno? A saída de alguém de lá?

O inferno é definitivo. Ninguém de lá pode sair. A condenação do réprobo é eterna. Impossí vel ao condenado no inferno escapar dela por meio da regeneração. Impossível até, com a ponta do dedo umedecida, refrescar-lhe a língua.

A história do rico e Lázaro, relatada por Jesus, apresenta conclusões definitivas e inquestionáveis. Se "aos homens esta ordenado morrerem uma vez" (Hb. 9:27a), de semelhante forma um grande e intransponível abismo impede a passagem do estado de perdição eterna para a salvação. As palavras são de Jesus Cristo: "... esta posto um grande abismo entre nos e vós" (os condenados no infer no) , "de sorte que os que quisessem passar daqui para vos não poderiam, nem tão pouco os de lá passar para cá" (Lc. 16:26).

Seguindo-se o juízo a morte (Hb. 9:27b), ne nhuma esperança mais resta em favor do réprobo.

Os pentecostalistas por fundamentarem sua religião em extravagante experiências de fundo neuropata ou de cunho francamente mentiroso, desprezam por completo as Sagradas Escrituras ou colo cam-nas em plana inferior. E como resultado caem nesses absurdos inadmissíveis entre pessoas evangélicas.

E vá alguém atrás dessa gente a procurar a "segunda benção" ou o "batismo no Espírito Santo". E vá alguém seguir-lhe os passos na pretensão de um aprofundamento na vida espiritual...


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Fonte: Católicos Carismáticos e Pentecostais Católicos, Edições Caminho de Damasco, 2ª edição, Sâo Paulo, 1992, págs. 38-44 com o título “Um Primor de Página Pentecostalista”.


Postado por: Anderson Queiroz

domingo, 12 de setembro de 2010

Poligamia







A Poligamia no grego significa muitos matrimônios, isto é, uma união reprodutiva entre mais de dois seres de uma mesma espécie. No reino animal, a poligamia se refere à relação onde os animais mantêm mais de um vínculo sexual no período de reprodução. Nos humanos, a poligamia é o casamento entre mais de duas pessoas. Os casos mais típicos são a poliginia, em que um homem é casado com várias mulheres, e a poliandria (grego: poly- muitos, andros- homem), que é um fato muito interesante, pois entende-se de uniões em que uma só mulher é ligada a dois ou mais maridos ao mesmo tempo. É o oposto da poliginia, forma de poligamia em que um homem possui duas ou mais esposas. Não deve confundir-se com o amantismo (relacionamento extra conjugal com outra pessoa), que é também comum nas sociedades.

Aspectos históricos

A poligamia já foi regra nos grupos humanos durante a história, práticado pela sociedades primitivas como algo comum. A poligamia foi amplamente usada, tendo como principal causa a grande diferença numérica entre homens e mulheres ocasionada pelas guerras. Atualmente mesmo em países onde esta é uma prática legal está caindo em desuso, sendo amplamente usada somente em áreas de conflitos. A questão sempre esteve também no centro dos debates religiosos.

No Islã, por outro lado, a poligamia ainda é uma prática utilizada influenciada pela religião mulçumana (o próprio profeta Maomé teve 16 mulheres como esposa ao mesmo tempo). Hoje, a poligamia continua a ser adotada por alguns países influenciados pela religião muçulmana e em processo de adoção em outros países. O costume é regulamentado pelo Alcorão que tolera a poligamia e permite um máximo de 4 esposas .Se vós temeis não serdes capazes de conviver justamente com os órfãos, casai com mulheres de sua escolha, 2 ou 3 ou 4 vezes; mas se temerdes que não sereis capazes de conviver justamente com elas, então casai somente com uma” Alcorão (4:13).

Outra seita a adotar esta prática é Igreja dos Santos dos Últimos Dias, fundada por Joseph Smith. como podemos pesebe a poligamia faz parte da historia da humanidade desde de muito tempo.

Depois de termos analisado o singnificado da palavra e sua historia, é importante sabermos agora o que a biblia nos diz a respeito desse assunto: Deus condena a poligamia?

Dificilmente um cristão negaria essa afirmação. Mas se isso é verdade, então por que Deus permitiu que Salomão tivesse setecentas mulheres e trezentas concubinas, segundo consta em 1 Reis 11.3? A resposta é: Esta poligamia praticada não significa dizer que a Palavra de Deus a apoia. Antes de tudo, temos que entender que a Bíblia também é histórica e, logo, a poligamia retratada era uma questão cultural, fazendo parte dos costumes locais.

“Ter muitas mulheres” significava poder econômico. Mostrava a capacidade do homem de sustentar uma casa com muitas amantes. Hoje, tais poderes se medem pelo dinheiro mesmo!

Os patriarcas e os reis bíblicos adotaram este costume, e não podem ser censurados por isto, porque simplesmente estavam inseridos em um quadro cultural totalmente diferente do atual.

A monogamia é o padrão de Deus para os homens. Isto está claro nos seguintes fatos: Desde o princípio Deus estabeleceu este padrão ao criar o relacionamento monogâmico de um homem com uma mulher, Adão e Eva (Gn 1:27; 2:21-25). Esta ficou sendo a prática geral da raça humana (Gn 4:1), seguindo o exemplo estabelecido por Deus, até que o pecado a interrompeu (Gn 4:23). A Lei de Moisés claramente ordena: “Tampouco para si multiplicará mulheres” (Dt 17:17).

A poligamia nunca foi estabelecida por Deus para nenhum povo, sob circunstância alguma. De fato, a Bíblia revela que Deus puniu severamente aqueles que a praticaram, como se pode ver pelo seguinte:

1- A primeira referência à poligamia ocorreu no contexto de uma sociedade pecadora em rebelião contra Deus, na qual o assassino “Lameque tomou para si duas esposas” (GN 4:19,23).

2- Deus repetidamente advertiu os polígamos quanto às consequências de seus atos: “para que o seu coração se não desvie” de Deus (Dt 17:17; cf. 1 Rs 11:2).

3- Deus nunca ordenou a poligamia, como também o divórcio, ele somente a permitiu por causa da dureza do coração do homem (Dt 24:1; Mt 19:8).

4- Todo praticante da poligamia na Bíblia, incluindo Davi e Salomão (1 Crônicas 14:3), pagou um alto preço por seu pecado.

5- Deus odeia a poligamia, assim como o divórcio, porque ela destrói o seu ideal para a família (cf. Ml 2:16).

Também, na época dos juízes e dos reis, a monogamia era o estado de vida mais comum. Mas não haviam somente pessoas com alto poder econômico naquele tempo, a família também era representada como uma comunidade monogâmica. (Pr 5,15-20)(Ecl 9,9)(Ecl 9,9)

No novo testamento, Jesus em várias passagens deixou claro que a monogamia é o estado conjugal que Deus quer desde a criação e que todo desvio é simplesmente obra do mal.

“3.Os fariseus vieram perguntar-lhe para pô-lo à prova: É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo? Quais? Jesus respondeu: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? 6. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu. 7. Disseram-lhe eles: Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la? 8. Jesus respondeu-lhes: É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim.9. Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério.”(Mt 19,3-9). Em resumo, a monogamia é ensinada na Bíblia de várias maneiras: pelo exemplo precedente, já que Deus deu ao primeiro homem apenas uma mulhe; pela proporção, já que as quantidades de homens e mulheres que Deus traz ao mundo são praticamente iguais; por preceito, já que tanto o AT como o NT a ordenam (veja os versículos acima); pela punição, já que Deus puniu aqueles que violaram o seu padrão (1 Rs 11:2).

Fonte de Pesquisa: Bíblia, perguntas que o povo faz; Frei Mauro Strabeli, edt. Paulus, pg.45 e 46.Fonte: GEISLER, Norman L e HOWE, Thomas. Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia. Traduzido por Milton Azevedo Andrade. São Paulo: Mundo Cristão, 1999. P. 191,1


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postado por :miguel silva