
Como estamos de volta, iniciarei com uma tradução sobre o tema do título da postagem. Será o Naturalismo uma visão coerente consigo? Será que suas bases são sustentáveis? Se aplicássemos ao Naturalismo seus pressupostos, poderia ele permanecer? O artigo mostrará que o Naturalismo é auto-contraditório. Não deixem de ler e postar seus comentários. Sejam bem-vindo de volta.
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por L. Russ Bush III (Filósofo da Religião, Apologista, Escritor, Professor e Pastor) - Southeastern Baptist Theological Seminary in Wake Forest, N.C.
A palavra “natureza” geralmente se refere ao mundo físico em sua condição normal. Se algo é “natural”, isto significa que não foi modificado pela ação humana (inteligência). Muitos de nós amamos a “natureza”, o ar puro, o mundo das florestas e rios e montanhas e prados.
No entanto, ao acrescentar o sufixo “ismo” temos um significado diferente relacionado. “Naturalismo” é a crença de que, em última análise, a natureza é tudo que existe, e que a “natureza” é essencialmente inalterada por qualquer outra coisa a não ser ela própria. Em outras palavras, a própria natureza é considerada a realidade última.A natureza é dinâmica e ativa, mas de acordo com a cosmovisão conhecida como “naturalismo”, nada existe além da natureza que tenha influência causal ou aja sobre a natureza. Se existe ou não Deus, ele não tem influência ou ação sobre a natureza. Alguém pode sugerir ou pensar que a natureza por si mesma possa ser um ser criativo. O Naturalismo afirma que a vida na terra surgiu de substâncias naturais por seleção natural para fins naturais. Não existe realidade que possa ser adequadamente chamada de sobrenatural. Realidades espirituais, de acordo com o naturalismo, são ilusões ou, senão, são simplesmente complexos ou realidades naturais incomuns.
Desde o século dezoito, uma filosofia materialista vem ganhando influência no mundo ocidental. Anteriormente, a maioria das pessoas no Ocidente acreditava que o mundo era uma criação divina; mas o pensamento naturalista gradualmente desafiou esta visão e procurou substituí-la, primeiro com métodos naturalistas e, em seguida, com uma filosofia naturalista mais abrangente.
Antes do surgimento do naturalismo como uma cosmovisão proeminente (ou tendência abrangente), a maioria dos ocidentais cria que Deus havia criado o mundo e era responsável por sua forma e por sua existência. Entendia-se que Deus estava sustentando todas as coisas pela palavra de seu poder, pois no princípio Deus tinha criado todas as coisas. Uma vez que Deus era um ser vivo (N.T – auto-existente), era lógico esperar a vida no mundo, porque a vida vem da vida. O naturalismo do século vinte construiu-se sobre a idéia de que o universo (e todas as coisas nele, incluindo a vida em si) veio a ser o que é por causa de uma flutuação quântica natural (ou por outros meios estritamente naturais) e desenvolveu-se por processo natural desde seu estado original natural até o estado atual natural. A vida surgiu da não-vida.

Assim, a “cosmovisão” naturalística é a crença geral de que a natureza é tudo que existe. Deus não a projetou. Inteligência foi resultado, não a causa do desenvolvimento do mundo. A natureza formou a si mesma por processos estritamente naturais. Esta afirmação tem várias implicações.
Na terra parece existir uma série de diferente personalidades conscientes. O naturalismo, por definição, diz que a personalidade surgiu (evoluiu) do não-pessoal, de que era apenas matéria e energia. Não existe nada no universo naturalístico que seja essencialmente pessoal.
Não só a personalidade tem surgido do não-pessoal, como também, supostamente, surgiu espontaneamente, sem direção ou orientação de qualquer fonte pessoal. Isto parece violar a lei natural da causa e efeito. Energia se dissipa. Complexidades mudam por simplificação.
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O mesmo acontece com a vida! Os naturalistas admitem que existe vida (geralmente eles estão vivos). Mas para manter seu naturalismo, eles argumentam que a natureza espontaneamente e sem sentido ou causa externa produziu vida a partir da não-vida. A falta de prova e a alta improbabilidade deste t

Isto também significa que em algum estágio de desenvolvimento, os estados mentais surgiram a partir de precursores absolutamente não-racionais. O pensamento racional foi e é, para o naturalista, simplesmente um complexo de interações químicas naturais. A razão nunca foi planejada por um processo natural e não-inteligente, pois intencionalidade é uma característica racional. Assim, intenção ou propósito não poderia existir até que a razão passasse a existir, mas o naturalismo nega que a razão existiu no começo. A razão evolui apenas no final do processo. Antes do aparecimento da razão, aquilo só poderia ser caracterizado por não-razão.
Isto nos leva, finalmente, a uma compreensão importante. A própria razão, na cosmovisão naturalista, não é nada mais do que resultado natural e aleatório de uma mudança aleatoriamente particular pouco original da matéria. A razão não é realmente um processo avaliativo independente que possa criticar a si mesma. A razão é apenas o que a química permite através da auto-configuração e auto-organização, e a formação da lógica, racionalidade e linguagem gramatical é simplesmente uma mudança resultado de um processo não-planejado que não tem relação necessária com a verdade ou o significado. Toda verdade seria meramente uma qualificação pragmática de um conjunto de ideias. Nenhuam verdade intrínseca existe, e, ainda assim, o naturalista afirma que o próprio naturalismo é verdadeiro. Mas como poderia escapar da afirmação de que a conclusão é inevitavelmente cética? Nada pode ser conhecido pela certeza de ser objetivamente verdadeira, pois não existe nenhuma norma a não ser o padrão químico que esteja ocorrendo em alguém naquele momento. Por que a razão seria confiável? Como o naturalista poderia conhecer a verdade? A resposta é: ele não pode.
Assim, o naturalismo falha por não ser capaz de sustentar sua pretensão de ve

O naturalismo afirma ser a melhor e mais científica maneira de encontrar a verdade, mas é um caso extremo de raciocínio circular que esqueceu suas raízes objetivas no conhecimento do mundo que está na revelação divina (“No Princípio Deus criou os céus e a terra”). Apenas no Teísmo temos uma causa pessoal, viva e inteligente. Apenas o Teísmo tem uma explicação suficiente da vida no mundo. Deus é um Ser Necessário, mas é exatamente isto que o naturalismo nega. Portanto, [no naturalismo], a razão está perdida; a verdade está perdida; o conhecimento está perdido; o significado está perdido.
O naturalismo nega seu próprio sucesso.
Leitura Recomendada
L. Russ Bush, The Advancement: Keeping the Faith in an Evolutionary Age. Nashville: Broadman & Holman, 2003.
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