Para alguns isto pode parecer muito óbvio, para um bom grupo isto não faz sentido nenhum, para outros ainda, isto é óbvio, mas daí por em prática parece ser algo impossível. Este texto tem por intenção responder esta pergunta aos três grupos, visando uma proposta sadia e não utópica do que está proposto na Escritura. Para começar algumas coisas precisam ser estabelecidas. Não, é a resposta para o sexo fora do casamento. Isto não faz sentido algum para os propósitos nos quais ele foi estabelecido. Em Gênesis 2:24 encontramos assim: Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne. A conjunção portanto liga a oração anterior com esta. Mas o que dizia a oração anterior? Vejamos:
Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Gn 2:20-23.
Adão precisava de uma mulher que fosse compatível com ele, o termo em hebraico para idônea é negued que significa literalmente alguém que está na frente ou em contrapartida seria o oposto, em termos mais atuais a cara metade. Apesar de ter dado nome a todos os animais, ele não achou quem obedecesse aos parâmetros dele mesmo. O homem era um animal diferente de todos os outros. Mas antes de continuarmos a leitura devemos observar o advérbio assim no início do versículo indica novamente que algo anterior foi dito que merece ser considerado antes. Vejamos:
Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea. Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais o campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome. Gn 2:16-19.
Antes de dizer que o homem precisa de uma ajudadora, Deus deu ordem ao homem, deu trabalho ao homem. Ora, não faria sentido Deus dar uma ajudadora para Adão se Adão não tivesse no que ser ajudado. Desta maneira, entendemos que para Adão ter Eva como esposa ele antes, tinha um trabalho ou uma obrigação, que através dela retirava o seu sustento e obedecia a Deus através disto. Deus também deu a ele um lar, o Jardim do Édem. E também tinha Adão maturidade para tal, já conhecia a vontade de Deus a respeito da árvore do bem e do mal e também sobre as ordens de cuidar do jardim, inclusive dando nome a todos os animais. Só depois disto é que deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne. Para ficar mais fácil os pontos são estes:
a) Obrigação rentável, na qual a mulher possa ajudá-lo.
b) Lar, se o homem vai deixar seu pai e sua mãe para onde vai?
c) Maturidade, é preciso entender os propósitos de Deus para o casamento e para a vida cristã, antes de sair de casa.
Só depois disto tudo é que eles se tornarão uma só carne, que na linguagem de Paulo significa a relação sexual, observe:
Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois serão uma só carne. I Co 8:16.
Desta feita, não há como negar que o propósito divino para o sexo é o casamento monogâmico. Isto fará sentido e responder as indagações dos dois primeiros grupos a cima citados, mas o terceiro não estará satisfeito. Porque eles sabem de tudo isto, mas não conseguem levar isto às últimas consequências. Acredito que expostas as consequências do sexo fora do casamento bons argumentos poderão ser formados para a abstinência. Necessário, no entanto, que se estabeleça um fato: Somente cristãos estarão dispostos a obedecer a Deus e assim, procurar abster-se da fornicação. E foi exatamente a eles que Paulo falou na primeira carta aos coríntios. Assim, gostaria de listar aquilo que acredito ser consequências do sexo fora do casamento:
1. Gravidez indesejada – Esta conseqüência é uma das mais citadas e, portanto, tem um peso pequeno. Com os métodos anti-conceptivos, este argumento perde muito o peso. Porém, ainda serve de lembrete diante de tantos casos onde os métodos falharam, ou em casos que a “vontade” foi maior que razão e nem se pensou nisto. Assim, temos um casal que não está preparado para ter um filho e tendo que resolver este “problema”, em alguns casos a opção é ainda pior: aborto, que é assassinato.
2. Doenças sexualmente transmissíveis – É outro argumento com peso duvido em nossos dias. Com a propaganda contra a AIDS através do uso da camisinha, muitas pessoas pensam estar seguras com isto. É obviamente comprovado que a abstinência é a melhor forma de se prevenir estas doenças. Por melhor que os métodos sejam não dão a mesma garantia.
3. Problemas emocionais – Não são poucos os casos de dependência emocional por conta do sexo. Pessoas se tornam escravas de outras por uma dependência que se inicia na prática sexual. Algumas negam, ou tem vergonha, ou mesmo nem percebem, mas os casos são inúmeros. Pessoas que negam toda a sua dignidade por conta desta dependência. Alguns fazem comparação inclusive com a dependência das drogas. Isto tem peso muito grande, pois a prática sexual exige uma entrega, uma intimidade, e não são poucos que se sentem depressivos, instáveis, e várias outras doenças emocionais por conta da vida sexual ativa.
4. Leva outros “tipos” de práticas sexuais – Assim como uma droga, alguns desejam “pegar mais pesado” e ter relações de outras maneiras. Isto pode levar ao homossexualismo, a orgia, swing, pedofilia, zoofilia e vários outros exemplos de práticas sexuais não normais. Isto acontece porque a distorção do uso do sexo, que deveria ser no casamento, perde o seu significado divino, deixando seu significa estritamente do prazer pelo prazer. E assim, qualquer “modalidade” de sexo vale contanto que seja prazerosa.
5. Leva ao inferno – Esta sem dúvida é a argumentação mais forte. O desejo maior do cristão deve ser obedecer ao Senhor. Servi-lo com zelo e amor. Se as práticas sexuais constantes não fazem o “cristão” sentir arrependimento e buscar mudar esta pessoa não deve ser chamada de cristã. O Espírito Santo age e constrange a mudança. Às vezes se utiliza de alguém para acompanhar e aconselhar fazendo o a pessoa cair em si. Ou pode fazer sobre ela mesma. Porém, se isto não acontece, o inferno será o destino final deste.
Assim como Paulo disse, este pecado é contra o corpo, e como vimos, as respostas do corpo são diversas. O sexo criado por Deus foi feito para o prazer e procriação, e deve ser feito entre pessoas casadas que estejam preparadas para todas as consequências do sexo e que cumpram aqueles pontos listados em Gênesis. É preciso, no entanto, lembrar que esta mudança não ocorre de uma hora para outra. Um casal de namorados que vive numa vida sexual ativa, terá que se esforçar para conseguir para com as práticas. E talvez eles perguntem: - e como devemos fazer para parar? Eu respondo: - comecem parando. Que tal não ficarem sozinhos? Que tal quando os pensamentos começarem a ser muito “fantasiosos” tomar um sorvete num lugar bem movimentado? Fugir da aparência do mal é sem sombra de dúvidas o maior remédio para este caso. Isto inclui as pessoas que tem uma vida sexual ativa mesmo que não estejam namorando, ou mesmo aqueles que são viciados na pornografia ou na masturbação. É importante dizer que o termo prostituição é uma tradução do termo porneia que tem um significa bem mais amplo. Devemos sempre lembrar da Orare et labutare, a oração acompanhada da ação é o melhor remédio. O Espírito Santo nos ajudará com as tentações, para que possamos suportá-las.
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